Aventuras e pressões das farmacêuticas
Há laboratórios farmacêuticos cujos delegados já visitaram o mesmo médico mais de 30 vezes, desde o início do ano, denunciou na semana passada o Sinquifa/CGTP, lembrando que alertou para as consequências que decorreriam da publicação apressada, em Outubro de 1997, de uma circular sobre as condições de acesso da indústria farmacêutica aos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde – resposta que, segundo o sindicato, apenas visou calar os media e acalmar as inquietações suscitadas na opinião pública pelo escândalo que então veio a lume.
A Circular 7/GAB/DG estipula, por exemplo, que os delegados de informação podem visitar um médico apenas 4 vezes por ano e que, em caso algum, a visita ocorrerá num serviço de urgência ou de atendimento permanente. A resposta da indústria, revela o sindicato, foi a criação fictícia de empresas para aumentar a «visitação»; o número destas empresas-apêndices chega a atingir seis, em alguns casos.
O Sinquifa afirma saber de empresas que estipulam ciclos de visitação de 45 dias e exigem dos delegados que visitem 3 vezes no mesmo ciclo. Uma firma farmacêutica pode conseguir que o limite das 4 visitas anuais seja atingido apenas numa quinzena. Todos os dias, um médico no SAP é alvo de 15 ou 20 delegados e há laboratórios que já impuseram aos seus delegados a semana de trabalho de sete dias, alargando o período para visitas a médicos.
O empenhamento dos laboratórios é complementado pelo estímulo de «uma agressividade bacoca quanto baste», da qual fazem parte «propostas de compromisso bem explicitadas» e «tentativas de aliciamento».
«Já que estamos numa de vale-tudo, por que é que alguns aventureiros não hão-de também tentar o seu golpe», pergunta o Sinquifa, acrescentando que «o negócio dos remédios é apetitoso» e «o Ministério ajuda». Para o sindicato, o cerne do problema continua a residir na falta das necessárias medidas que garantam «um mínimo de transparência» no relacionamento da indústria com a classe médica e dignifiquem a relação entre o médico e o delegado de informação.
A Circular 7/GAB/DG estipula, por exemplo, que os delegados de informação podem visitar um médico apenas 4 vezes por ano e que, em caso algum, a visita ocorrerá num serviço de urgência ou de atendimento permanente. A resposta da indústria, revela o sindicato, foi a criação fictícia de empresas para aumentar a «visitação»; o número destas empresas-apêndices chega a atingir seis, em alguns casos.
O Sinquifa afirma saber de empresas que estipulam ciclos de visitação de 45 dias e exigem dos delegados que visitem 3 vezes no mesmo ciclo. Uma firma farmacêutica pode conseguir que o limite das 4 visitas anuais seja atingido apenas numa quinzena. Todos os dias, um médico no SAP é alvo de 15 ou 20 delegados e há laboratórios que já impuseram aos seus delegados a semana de trabalho de sete dias, alargando o período para visitas a médicos.
O empenhamento dos laboratórios é complementado pelo estímulo de «uma agressividade bacoca quanto baste», da qual fazem parte «propostas de compromisso bem explicitadas» e «tentativas de aliciamento».
«Já que estamos numa de vale-tudo, por que é que alguns aventureiros não hão-de também tentar o seu golpe», pergunta o Sinquifa, acrescentando que «o negócio dos remédios é apetitoso» e «o Ministério ajuda». Para o sindicato, o cerne do problema continua a residir na falta das necessárias medidas que garantam «um mínimo de transparência» no relacionamento da indústria com a classe médica e dignifiquem a relação entre o médico e o delegado de informação.