Grandes livros

Sábado é dia dos livros na Festa. Entre as 15h00 e as 23h00, na Festa do Livro, decorrem três lançamentos: Cartas da Clandestinidade, de José Magro, Diálogo com a História Sindical: Hotelaria, de Américo Nunes, e 85 Momentos de Vida e Luta do PCP. Realizam-se ainda seis apresentações: Clara Ketkin e a Luta das Mulheres; Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal; Tempo das Giestas, de José Casanova; Romance do 25 de Abril, de João Pedro Méssender; Resistentes, de Manuel Pedro; e Jornalistas: do Ofício à Profissão, de Fernando Correia e Carla Baptista.

85 Momentos de Vida e Luta do PCP

85 Momentos de Vida e Luta do PCP será apresentado às 15h45, por Rui Mota e José Casanova. A obra, editada pelas Edições Avante!, baseia-se na exposição comemorativa do 85.º aniversário do Partido patente no Pavilhão Central da Festa do Avante! do ano passado. A recolha de textos e imagens feita na altura está agora em papel e ao dispor de todos.
Em foco estão alguns dos mais importantes e exaltantes momentos e processos protagonizados pelos comunistas ao longo dos seus 85 anos de luta. O primeiro é naturalmente a sua fundação, em Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa. O último momento aludido é a morte de Álvaro Cunhal e o seu funeral, em que participaram milhares de pessoas, numa homenagem emocionante a um dos mais importantes dirigentes do PCP.
Entre os dois, encontramos acontecimentos como a fundação do jornal Avante!, as greves de 18 de Janeiro de 1934, a Revolta dos Marinheiros, a reorganização de 1940-41, o assassinato de dirigentes comunistas pela ditadura, a luta contra as burlas eleitorais durante o fascismo, as fugas colectivas das prisões de Peniche e de Caxias, a contestação à guerra colonial, a missão da Rádio Portugal Livre, a conquista das 8 horas de trabalho diário, o 25 de Abril e o processo revolucionário que se seguiu, a Festa do Avante!, a reforma agrária e as greves gerais. Os 85 acontecimentos são evocados através de pequenos textos e de imagens ilustrativas.
Como se lê na Introdução, estes momentos «são também inseparáveis da luta dos trabalhadores e do povo português. Para quem queira olhar com rigor e sem preconceitos para este Partido, aqui fica a proposta de uma viagem pelas fascinantes páginas que os comunistas inscreveram na história do nosso país».
«Sendo esta recolha um contributo para uma leitura da história do Partido, procura simultaneamente fornecer um conjunto de dados que ajudem à compreensão do projecto e do ideal comunistas, pelos quais o PCP continuará a lutar», refere o texto.

Cartas da Clandestinidade

A Editorial Avante! lança, às 15h00, Cartas da Clandestinidade, de José Magro, um dos mais destacados dirigentes do PCP. A obra reúne 24 cartas escritas em 1973, no Hospital-Prisão de S. João de Deus, em Caxias, e referem-se à sua experiência como funcionário clandestino do Partido, durante três décadas, desde 1945.
O livro é apresentado por José Casanova, autor da Introdução, onde refere que as epístolas, narradas na primeira pessoa, «fornecem-nos um conjunto de preciosas informações sobre a vida e a actividade do Partido e assumem relevante importância histórica, na medida em que constituem significativos contributos para a história do PCP e do seu papel na resistência à ditadura fascista de Salazar e Caetano».
«Nas Cartas da Clandestinidade, tomamos contacto com a situação no País e no Partido a partir de meados da década de 40 – anos decisivos no processo de construção do PCP, com a sua identidade específica, e na tomada de medidas organizativas e de defesa da organização, tudo procurando assegurar a eficaz intervenção revolucionária, o aumento da influência social e política, a salvaguarda possível face à cerrada perseguição e repressão que lhe era movida pelo regime fascista. Na ligação constante à classe operária e aos restantes trabalhadores, na definição de justas orientações políticas concretas adequadas a cada situação concreta, na disciplina partidária assumida, estão os caminhos de fortalecimento do Partido e da sua intervenção – e no reforço da organização, obviamente, muito em especial da organização nas empresas e locais de trabalho, questão que José Magro considera essencial para o Partido da classe operária, um Partido “que não olha apenas ao dia de hoje”», afirma Casanova na Introdução.
«Estas Cartas da Clandestinidade trazem-nos notícias de um tempo, felizmente passado, que convocou inteligências, convicções, disponibilidades, resistências, coragens... José Magro foi um dos que responderam presente a esse desafio. Presente a tempo inteiro e com a inteira disponibilidade que caracterizava a postura dos revolucionários profissionais. Também com a alegria de lutar, essa alegria nascida da consciência da importância e da necessidade da luta, e dos ideais geradores dessa consciência – os ideais comunistas», declara Casanova.
José Magro é autor de Cartas da Prisão e do livro de poesia Torre Cinzenta.

Diálogo com a História Sindical: Hotelaria

Diálogo com a História Sindical: Hotelaria. De Criados Domésticos a Trabalhadores Assalariados, de Américo Nunes, aborda as principais etapas da história do movimento sindical português, a constituição de associações na hotelaria, a sua linha ideológica, as alterações organizativas e de orientação política.
A obra – apresentada no sábado, às 21h30, por Leonel Nunes e pelo autor – assinala as lutas e reivindicações dos trabalhadores em cada época, elementos dos contextos sociopolíticos, as vitórias, as derrotas e os resultados obtidos no que diz respeito aos direitos alcançados e à melhoria das condições de trabalho e de vida. «Fica provado que vale a pena lutar», lê-se na Introdução.
«Os protagonistas da história da organização e da luta sindical, os verdadeiros heróis, são a grande massa dos operários e dos trabalhadores, constituídos num grande colectivo, integrado por milhares de dirigentes, delegados e activistas sindicais que, irmanados e solidários, prosseguem objectivos comuns de luta e a concretizam no dia-a-dia, nos seus locais de trabalho e nas ruas», afirma o autor.





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