Irlanda do Norte

Tropas britânicas cessam operações

O exército britânico terminou oficialmente, ontem, quarta-feira, a sua campanha na Irlanda do Norte, embora mantenha no território a actual guarnição de cinco mil homens, pronta a intervir em caso de «desordem pública extrema» e para desactivação de engenhos explosivos.
O acantonamento do contingente militar, previsto nos acordos de «Sexta-feira Santa», assinados em 1998, ocorre dois meses após a formação de um governo partilhado por unionistas e republicanos, e implica a transferência para a polícia norte-irlandesa de todas as funções de segurança.
Os primeiros destacamentos militares britânicos chegaram ao Ulster ainda em 1969 para fazer face aos distúrbios causados pela ofensiva unionista contra a população católica nacionalista.
Contudo, a presença das tropas britânicas no Ulster acabaria por ficar associada à brutal repressão da comunidade católica, em cuja memória estão gravados massacres como o de Bloody Sunday. Nesse domingo, dia 30 de Janeiro de 1972, o exército disparou contra uma manifestação de nacionalistas, matando 13 pessoas.
O fim das operações militares britânicas foi assinalado por parte dos unionistas com uma declaração de homenagem aos soldados que cumpriram missão no território, em especial, aos que «morreram em serviço».
Em sentido contrário, os republicanos do Sinn Fein, celebraram o acontecimento, salientando que «a ocupação britânica dos seis condados foi uma praga para as comunidades ao longo de quase 40 anos». Ao recordarem os abusos cometidos pelos militares, os republicanos vêem como um passo positivo o acantonamento das tropas que, de ora em diante, ali ficam «sem missão específica».


Mais artigos de: Europa

Otegi apela ao diálogo

O dirigente da esquerda independentista basca, Arnaldo Otegi, preso desde 8 de Junho pelas autoridades espanholas, considera que «não há alternativa ao processo de paz» como solução para o conflito político no Pais Basco.Em entrevista publicada no domingo, 29, pelo jornal Gara, Otegi interpreta a sua súbita prisão como...

Uma política marítima europeia?

A presidência portuguesa do Conselho da UE, exercida pelo Governo PS, tem como objectivo que o Conselho Europeu, a realizar em Dezembro, adopte «conclusões claras» quanto à criação de uma «política marítima europeia», que garanta «uma abordagem integrada» e defina os seus «mecanismos de governação». E, para assegurar a...

Villepin acusado

O anterior primeiro-ministro francês, Dominique Villepin, foi formalmente acusado de envolvimento no caso «Clearstream» com a intenção de desacreditar várias personalidades francesas, entre elas o actual presidente, Nicolas Sarkozy.

O destino da privatização

Os caminhos-de-ferro alemães irão ser parcialmente privatizados conforme o projecto aprovado, dia 24, pelo governo de coligação entre conservadores e sociais-democratas.