PCP manifesta preocupações
A eurodeputada Ilda Figueiredo manifestou a preocupação dos comunistas portugueses quanto à reforma do sector vitivinícola da UE e garantiu que o PCP vai intervir e mobilizar os produtores na defesa daquela cultura.
É preciso defender a variedade e qualidade dos vinhos nacionais
Depois de ouvir a proposta da responsável pela pasta da Agricultura e Desenvolvimento Rural na Comissão Europeia, a dinamarquesa Mariann Fischer Boel, Ilda Figueiredo considerou que «apesar de alguns recuos relativamente às suas posições do ano passado, [a comissária] mantém linhas de intervenção e propostas muito negativas, designadamente: pôr fim aos apoios a qualquer tipo de destilação, incluindo a destilação de álcool de boca; introduzir a vinha no sistema de pagamento único; apoiar o arranque voluntário de 200 mil hectares de vinha; pôr fim aos direitos de plantação a partir de 2013».
Em conferência de imprensa promovida pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), quarta-feira, dia 4 de Julho, em Bruxelas, a parlamentar comunista referiu que as inquietações suscitadas têm em conta «a importância da cultura da vinha e as tradições das práticas enológicas que fazem dos vinhos da Europa os melhores do mundo» e a «enorme variedade de vinhos de grande qualidade» existentes no nosso país, riqueza que, sublinhou, «é preciso salvaguardar».
Para Ilda Figueiredo, o caminho a seguir, para além da apresentação de propostas próprias no próximo debate parlamentar sobre a matéria, passa pela veemente denúncia das «consequências de tais propostas, seja quanto à ameaça que paira sobre os pequenos e médios vitivinicultores portugueses, seja para as Adegas Cooperativas e seus associados, seja para a defesa da qualidade e diversidade de castas e das denominações de origem e geográficas que temos, seja para o próprio vinho do Porto».
Neste sentido, é urgente auscultar os «vitivinicultores portugueses e as suas organizações, insistindo nas alterações que é preciso fazer a esta reforma do sector, para defender a cultura da vinha e os nossos vitivinicultores», acrescentou.
Outro aspecto que motiva reflexão e esclarecimento é o facto do projecto Fischer Boel não concretizar critérios na formação e utilização dos fundos destinados a cada país, concluiu Ilda Figueiredo.
Pequenos produtores prejudicados
Posição idêntica à da eurodeputada do Partido foi expressa pelos eleitos da Grécia e Itália integrados no GUE/NGL.
No encontro com a comunicação social, Diamanto Manolakou sublinhou que a política europeia neste âmbito já custou à Grécia cerca de 30 por cento da sua produção e que, a vingar a actual orientação, «a qualidade vai ser colocada em causa e as importações vão aumentar, arredando do mercado os pequenos e médios produtores e proporcionando a formação de cartéis no sector».
O italiano Vincenzo Aita lembrou ainda que a Europa domina o mercado mundial do vinho com uma quota de aproximadamente 60 por cento e que se a proposta da Comissão for por diante mais de 70 mil postos de trabalho encontram-se ameaçados.
Em conferência de imprensa promovida pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), quarta-feira, dia 4 de Julho, em Bruxelas, a parlamentar comunista referiu que as inquietações suscitadas têm em conta «a importância da cultura da vinha e as tradições das práticas enológicas que fazem dos vinhos da Europa os melhores do mundo» e a «enorme variedade de vinhos de grande qualidade» existentes no nosso país, riqueza que, sublinhou, «é preciso salvaguardar».
Para Ilda Figueiredo, o caminho a seguir, para além da apresentação de propostas próprias no próximo debate parlamentar sobre a matéria, passa pela veemente denúncia das «consequências de tais propostas, seja quanto à ameaça que paira sobre os pequenos e médios vitivinicultores portugueses, seja para as Adegas Cooperativas e seus associados, seja para a defesa da qualidade e diversidade de castas e das denominações de origem e geográficas que temos, seja para o próprio vinho do Porto».
Neste sentido, é urgente auscultar os «vitivinicultores portugueses e as suas organizações, insistindo nas alterações que é preciso fazer a esta reforma do sector, para defender a cultura da vinha e os nossos vitivinicultores», acrescentou.
Outro aspecto que motiva reflexão e esclarecimento é o facto do projecto Fischer Boel não concretizar critérios na formação e utilização dos fundos destinados a cada país, concluiu Ilda Figueiredo.
Pequenos produtores prejudicados
Posição idêntica à da eurodeputada do Partido foi expressa pelos eleitos da Grécia e Itália integrados no GUE/NGL.
No encontro com a comunicação social, Diamanto Manolakou sublinhou que a política europeia neste âmbito já custou à Grécia cerca de 30 por cento da sua produção e que, a vingar a actual orientação, «a qualidade vai ser colocada em causa e as importações vão aumentar, arredando do mercado os pequenos e médios produtores e proporcionando a formação de cartéis no sector».
O italiano Vincenzo Aita lembrou ainda que a Europa domina o mercado mundial do vinho com uma quota de aproximadamente 60 por cento e que se a proposta da Comissão for por diante mais de 70 mil postos de trabalho encontram-se ameaçados.