O País está menos justo!
O secretário-geral do PCP defendeu, no domingo, num piquenique/comício em Vale de Cambra, a realização de um referendo nacional sobre o tratado constitucional europeu, pressupondo o seu conhecimento e debate pelos portugueses, para que «não votem de cruz».
O tratado europeu deve ser sujeito a um referendo nacional
Muitas dezenas de militantes do distrito de Aveiro, presentes no Parque de Lazer do Codal, onde um grupo musical pôs os mais descontraídos a dançar, chegado o momento do comício ouviram atentamente João Frazão, membro da Comissão Política, e Jerónimo de Sousa que, segundo a Agência Lusa, teme que o referendo ao tratado europeu não passe de mais uma promessa do PS a ir «para a gaveta». É que o novo tratado, alertou, «embora não sendo a constituição europeia que alguns pretendiam», mantém «elementos de perda de soberania».
Mas o governo pretende também usar a Presidência Portuguesa da União Europeia «como biombo para esconder os problemas do País», acusou o secretário-geral do PCP, em vez de aproveitá-la para «potenciar» a sua resolução, com a revisão, por exemplo, do Estatuto do Banco Central Europeu que, com as suas «posições leoninas» e o seu «carácter ditatorial», impõe o sucessivo aumento das taxas de juro «que asfixiam a vida das empresas e das famílias».
Já no dia 20 de Junho, à saída à saída de uma reunião com o primeiro-ministro para preparar a presidência portuguesa da União Europeia, que se inicia a 1 de Julho, Jerónimo de Sousa, ainda de acordo com a Agência Lusa, considerara haver «mais vida para além do tratado», manifestando então «inquietação» com o facto de o Governo considerar a questão do tratado europeu uma «prioridade» da presidência. Ora, em sua opinião, esta devia era debruçar-se sobre «as grandes questões sociais», como sejam o desemprego, a precariedade laboral e «os garrotes do Pacto de Estabilidade e Crescimento».
Por fim, num balanço económico e social a dois anos de governo PS, Jerónimo de Sousa considerou que o País «está mais inseguro, menos justo e menos democrático», na medida em que Governo «onde tocou, estragou!»: seja no direito ao trabalho, onde quer incluir o despedimento sumário «com o nome da flexigurança»; na função pública; na segurança social (com a desvalorização das pensões e o aumento da idade da reforma); na educação ou mesmo na saúde, que «está a transformar num negócio».
Durante o convívio, que decorreu num ambiente de grande fraternidade e alegria, era visível a preocupação dos participantes com a situação política e social que se vive. Como visível era também o espírito de luta que os anima.
Mas o governo pretende também usar a Presidência Portuguesa da União Europeia «como biombo para esconder os problemas do País», acusou o secretário-geral do PCP, em vez de aproveitá-la para «potenciar» a sua resolução, com a revisão, por exemplo, do Estatuto do Banco Central Europeu que, com as suas «posições leoninas» e o seu «carácter ditatorial», impõe o sucessivo aumento das taxas de juro «que asfixiam a vida das empresas e das famílias».
Já no dia 20 de Junho, à saída à saída de uma reunião com o primeiro-ministro para preparar a presidência portuguesa da União Europeia, que se inicia a 1 de Julho, Jerónimo de Sousa, ainda de acordo com a Agência Lusa, considerara haver «mais vida para além do tratado», manifestando então «inquietação» com o facto de o Governo considerar a questão do tratado europeu uma «prioridade» da presidência. Ora, em sua opinião, esta devia era debruçar-se sobre «as grandes questões sociais», como sejam o desemprego, a precariedade laboral e «os garrotes do Pacto de Estabilidade e Crescimento».
Por fim, num balanço económico e social a dois anos de governo PS, Jerónimo de Sousa considerou que o País «está mais inseguro, menos justo e menos democrático», na medida em que Governo «onde tocou, estragou!»: seja no direito ao trabalho, onde quer incluir o despedimento sumário «com o nome da flexigurança»; na função pública; na segurança social (com a desvalorização das pensões e o aumento da idade da reforma); na educação ou mesmo na saúde, que «está a transformar num negócio».
Durante o convívio, que decorreu num ambiente de grande fraternidade e alegria, era visível a preocupação dos participantes com a situação política e social que se vive. Como visível era também o espírito de luta que os anima.