Riscos sérios de retrocesso
Crescem as preocupações sobre o futuro da intervenção precoce na infância em Portugal (zero aos seis anos). A actuação do Governo, a par de algumas notícias, levantam legítimas dúvidas sobre as intenções existentes quanto ao modelo, ao financiamento e à coordenação nesta importante área.
Com existência em cerca de 200 concelhos, as equipas multidisciplinares de intervenção precoce desenvolvem um importante trabalho de proximidade, actuando junto das famílias em áreas como a saúde, educação e acção social. O objectivo é promover o bem-estar da criança e tentar reduzir atrasos no seu desenvolvimento.
O que está por esclarecer é se o Governo quer que esta intervenção precoce abranja a generalidade das crianças em risco ou limite apenas o seu campo de actuação às crianças com deficiência classificada.
Formulada pelo deputado comunista Jorge Machado no decurso do debate de uma petição sobre o tema, a questão ficou sem uma resposta clara do Governo, o que faz adensar os receios. É que aquela segunda hipótese, a confirmar-se, representaria «um retrocesso de mais de 20 anos».
Seria esta a consequência se o Governo optasse por reduzir a intervenção precoce dos zero aos 35 meses, transferindo para a educação pré-escolar a satisfação das necessidades dessas crianças. Ora a verdade é que não só o pré-escolar não dá resposta a todas as crianças como o próprio conceito de intervenção precoce tem um sentido muito mais amplo, abrangendo todo o contexto familiar.
Por isso o parlamentar do PCP acusou o Governo de utilizar o conceito de escola inclusiva «para fugir às suas responsabilidades».
Com existência em cerca de 200 concelhos, as equipas multidisciplinares de intervenção precoce desenvolvem um importante trabalho de proximidade, actuando junto das famílias em áreas como a saúde, educação e acção social. O objectivo é promover o bem-estar da criança e tentar reduzir atrasos no seu desenvolvimento.
O que está por esclarecer é se o Governo quer que esta intervenção precoce abranja a generalidade das crianças em risco ou limite apenas o seu campo de actuação às crianças com deficiência classificada.
Formulada pelo deputado comunista Jorge Machado no decurso do debate de uma petição sobre o tema, a questão ficou sem uma resposta clara do Governo, o que faz adensar os receios. É que aquela segunda hipótese, a confirmar-se, representaria «um retrocesso de mais de 20 anos».
Seria esta a consequência se o Governo optasse por reduzir a intervenção precoce dos zero aos 35 meses, transferindo para a educação pré-escolar a satisfação das necessidades dessas crianças. Ora a verdade é que não só o pré-escolar não dá resposta a todas as crianças como o próprio conceito de intervenção precoce tem um sentido muito mais amplo, abrangendo todo o contexto familiar.
Por isso o parlamentar do PCP acusou o Governo de utilizar o conceito de escola inclusiva «para fugir às suas responsabilidades».