Checos contestam radar americano
Milhares de pessoas manifestaram-se no sábado, 2, no centro em Praga, República Checa, contra os planos norte-americanos de instalar um radar de rastreio no território do país, integrado no projecto de ampliação do escudo antimíssíl.
A acção, segundo os organizadores, contou com mais de dois mil manifestantes, que empunharam cartazes onde se lia: «Não queremos ocupantes norte-americanos nem o seu radar», «Não às bases norte-americanas na República Checa», «Ponham o radar no castelo» (residência oficial do presidente checo).
Citado pela agência France Press, o presidente da Câmara de Jince, localidade que deveria acolher o equipamento militar, exigiu a realização de um referendo nacional, antes de o governo dar uma resposta aos EUA.
No dia do protesto, as populações das localidades vizinhas de Hvozdany, Tyne e Zajecov, nos arredores do área militar de Brdy, foram chamadas a pronunciar-se sobre a matéria.
Seguindo o exemplo de outros aglomerados populacionais da região, as consultas traduziram-se numa clara rejeição do projecto militar. «O resultado ultrapassou as nossas expectativas. Temos o compromisso de fazer todo o possível para que o radar não seja instalado aqui», declarou à AFP o edil de Zajecov, Josef Hruby.
Todavia estas iniciativas locais não vinculam juridicamente o governo checo, cujo primeiro-ministro, tem vindo a manifestar o seu apoio à instalação pretendida por Washington.
Mirek Topolanek argumenta que a base «faz parte do desenvolvimento do país depois da retirada dos últimos destacamentos soviéticos em 1991». «Devemos ser elementos activos na política de segurança», afirmou o primeiro-ministro, adiantando que uma decisão sobre o assunto só deverá ser tomada pelo parlamento no início do próximo ano.
As sondagens realizadas indicam que pelo menos 60 por cento dos checos opõem-se à instalação do sistema que, para além do sofisticado radar, prevê a montagem de uma dezena de rampas de mísseis de intercepção na vizinha Polónia.
Contestação aumenta
Os protestos contra os planos militares dos EUA iniciaram-se há várias semanas na República Checa, incorporando figuras de vários quadrantes políticos. No passado dia 26 de Maio, cerca de cinco mil pessoas desfilaram nas ruas de Praga (na foto), exigindo um referendo e a demissão do governo de Topolanek, integrado por conservadores, democratas-cristãos e verdes.
Não obstante, vários deputados social-democratas participaram na acção dinamizada pelo Movimento pela Paz Checo, destacando-se, entre eles, o actual presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Jan Kavan.
Mais de 110 mil assinaturas já tinham sido recolhidas na altura contra o plano de Washington.
Outra manifestação estava prevista para segunda-feira, 4, data em que o presidente norte-americano, George W. Bush, iniciou uma visita de três dias à República Checa, centrada sobre a questão do «escudo antimíssil».
A acção, segundo os organizadores, contou com mais de dois mil manifestantes, que empunharam cartazes onde se lia: «Não queremos ocupantes norte-americanos nem o seu radar», «Não às bases norte-americanas na República Checa», «Ponham o radar no castelo» (residência oficial do presidente checo).
Citado pela agência France Press, o presidente da Câmara de Jince, localidade que deveria acolher o equipamento militar, exigiu a realização de um referendo nacional, antes de o governo dar uma resposta aos EUA.
No dia do protesto, as populações das localidades vizinhas de Hvozdany, Tyne e Zajecov, nos arredores do área militar de Brdy, foram chamadas a pronunciar-se sobre a matéria.
Seguindo o exemplo de outros aglomerados populacionais da região, as consultas traduziram-se numa clara rejeição do projecto militar. «O resultado ultrapassou as nossas expectativas. Temos o compromisso de fazer todo o possível para que o radar não seja instalado aqui», declarou à AFP o edil de Zajecov, Josef Hruby.
Todavia estas iniciativas locais não vinculam juridicamente o governo checo, cujo primeiro-ministro, tem vindo a manifestar o seu apoio à instalação pretendida por Washington.
Mirek Topolanek argumenta que a base «faz parte do desenvolvimento do país depois da retirada dos últimos destacamentos soviéticos em 1991». «Devemos ser elementos activos na política de segurança», afirmou o primeiro-ministro, adiantando que uma decisão sobre o assunto só deverá ser tomada pelo parlamento no início do próximo ano.
As sondagens realizadas indicam que pelo menos 60 por cento dos checos opõem-se à instalação do sistema que, para além do sofisticado radar, prevê a montagem de uma dezena de rampas de mísseis de intercepção na vizinha Polónia.
Contestação aumenta
Os protestos contra os planos militares dos EUA iniciaram-se há várias semanas na República Checa, incorporando figuras de vários quadrantes políticos. No passado dia 26 de Maio, cerca de cinco mil pessoas desfilaram nas ruas de Praga (na foto), exigindo um referendo e a demissão do governo de Topolanek, integrado por conservadores, democratas-cristãos e verdes.
Não obstante, vários deputados social-democratas participaram na acção dinamizada pelo Movimento pela Paz Checo, destacando-se, entre eles, o actual presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Jan Kavan.
Mais de 110 mil assinaturas já tinham sido recolhidas na altura contra o plano de Washington.
Outra manifestação estava prevista para segunda-feira, 4, data em que o presidente norte-americano, George W. Bush, iniciou uma visita de três dias à República Checa, centrada sobre a questão do «escudo antimíssil».