Mais fortes para a luta
Os congressos da Fequimetal e da FSTIEP, reunidos em Tentúgal, no dia 18, sob o lema comum «Juntos somos mais fortes», decidiram fundir as duas federações da CGTP-IN, constituindo a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas.
A grave ofensiva contra os trabalhadores exige uma resposta ainda mais firme
A mobilização para a greve geral e o reforço orgânico para as lutas futuras dos trabalhadores foram as principais preocupações expressas no encontro nacional de delegados dos sindicatos da Fiequimetal, a primeira iniciativa da nova federação, que, de tarde, reuniu os mais de 300 participantes nos congressos, e na qual interveio o secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva.
Os congressos de fusão das duas federações inserem-se na reestruturação sindical decidida pela CGTP-IN e que, neste caso, teve como momentos decisivos os anteriores congressos da FSTIEP (em Fevereiro de 2006) e da Fequimetal (Maio de 2005), a partir dos quais foram dados importantes passos no estreitamento da cooperação e na construção da estrutura sectorial única.
Nos sectores de actividade abrangidos pela Fiequimetal, a reestruturação (que tem passado também pela fusão de alguns sindicatos) procura responder a alterações significativas no aparelho produtivo nacional, atingido por deslocalizações de multinacionais, encerramento de importantes unidades ou diminuição do emprego em várias empresas. Estas mudanças têm reflexos nas condições de trabalho, com o grande patronato e o poder político a intensificarem a ofensiva contra os direitos sociais e sindicais. Na fundamentação da proposta de fusão, as direcções das duas federações explicaram aos delegados que a constituição de uma grande federação sindical na indústria «é uma resposta orgânica a esta necessidade objectiva de fortalecer a organização, para melhor prosseguir a luta por uma sociedade mais justa e solidária».
Encerrados os congressos, que decorreram em duas salas vizinhas, na Quinta do Outeiro, durante a manhã, os mais de 300 participantes juntaram-se na primeira iniciativa da Fiequimetal. O encontro nacional de delegados dos onze sindicatos da nova federação, reunido durante a tarde, em ambiente de unidade, alegria e determinação, serviu sobretudo para, festejando a união de forças, cimentar o trabalho de preparação da greve geral, que se projectará nas lutas futuras.
Isso mesmo se reflecte na primeira deliberação da Fiequimetal. Na saudação aos trabalhadores, aprovada por unanimidade neste encontro, valoriza-se a luta e a resistência, que conseguiram garantir que «os direitos dos nossos contratos colectivos e AE continuam em vigor, muitos dos piores objectivos do patronato e do Governo foram travados e muitos êxitos têm sido alcançados». Alertando que «não podemos descansar», o encontro apela à continuação da luta, aderindo à greve geral, no dia 30, e mobilizando para as concentrações que a CGTP-IN marcou para 5 de Julho, em Guimarães, e 19 de Outubro, em Lisboa, coincidentes com a presença em Portugal dos ministros do Trabalho e dos chefes de Estado europeus, «responsáveis pelo ataque aos direitos sociais na Europa».
Objectivos imediatos e de sempre
Na resolução do encontro nacional da Fiequimetal, aprovada por unanimidade, são apontados os objectivos para a acção sindical imediata, nomeadamente:
– defender a contratação colectiva e dinamizar a acção reivindicativa nas empresas, por melhores salários e condições de trabalho;
resistir à ofensiva contra os direitos, combater a precariedade, derrotar a «flexigurança»;
reclamar uma efectiva política de desenvolvimento industrial;
combater os despedimentos, defender a estabilidade e a qualidade do emprego;
reforçar a organização de base e prosseguir a reestruturação sindical;
desenvolver a cooperação e a solidariedade a nível internacional.
Confirmada «a actualidade e a complementaridade dos programas de acção aprovados nos congressos das anteriores federações», os delegados assumiram que as orientações constantes naqueles documentos se mantêm em vigor até à realização do 1.º Congresso da Fiequimetal (no dia 30 de Novembro deste ano).
A par dos objectivos imediatos, «a acção a desenvolver nos locais de trabalho terá sempre em vista a elevação da consciência de classe e sindical dos trabalhadores e das trabalhadoras, tendo presente que só a luta de massas, desenvolvida de forma articulada entre todos os sectores, poderá travar a violenta ofensiva que o Governo e o grande capital estão a desenvolver contra os direitos sociais e laborais», declara-se na resolução.
Os congressos de fusão das duas federações inserem-se na reestruturação sindical decidida pela CGTP-IN e que, neste caso, teve como momentos decisivos os anteriores congressos da FSTIEP (em Fevereiro de 2006) e da Fequimetal (Maio de 2005), a partir dos quais foram dados importantes passos no estreitamento da cooperação e na construção da estrutura sectorial única.
Nos sectores de actividade abrangidos pela Fiequimetal, a reestruturação (que tem passado também pela fusão de alguns sindicatos) procura responder a alterações significativas no aparelho produtivo nacional, atingido por deslocalizações de multinacionais, encerramento de importantes unidades ou diminuição do emprego em várias empresas. Estas mudanças têm reflexos nas condições de trabalho, com o grande patronato e o poder político a intensificarem a ofensiva contra os direitos sociais e sindicais. Na fundamentação da proposta de fusão, as direcções das duas federações explicaram aos delegados que a constituição de uma grande federação sindical na indústria «é uma resposta orgânica a esta necessidade objectiva de fortalecer a organização, para melhor prosseguir a luta por uma sociedade mais justa e solidária».
Encerrados os congressos, que decorreram em duas salas vizinhas, na Quinta do Outeiro, durante a manhã, os mais de 300 participantes juntaram-se na primeira iniciativa da Fiequimetal. O encontro nacional de delegados dos onze sindicatos da nova federação, reunido durante a tarde, em ambiente de unidade, alegria e determinação, serviu sobretudo para, festejando a união de forças, cimentar o trabalho de preparação da greve geral, que se projectará nas lutas futuras.
Isso mesmo se reflecte na primeira deliberação da Fiequimetal. Na saudação aos trabalhadores, aprovada por unanimidade neste encontro, valoriza-se a luta e a resistência, que conseguiram garantir que «os direitos dos nossos contratos colectivos e AE continuam em vigor, muitos dos piores objectivos do patronato e do Governo foram travados e muitos êxitos têm sido alcançados». Alertando que «não podemos descansar», o encontro apela à continuação da luta, aderindo à greve geral, no dia 30, e mobilizando para as concentrações que a CGTP-IN marcou para 5 de Julho, em Guimarães, e 19 de Outubro, em Lisboa, coincidentes com a presença em Portugal dos ministros do Trabalho e dos chefes de Estado europeus, «responsáveis pelo ataque aos direitos sociais na Europa».
Objectivos imediatos e de sempre
Na resolução do encontro nacional da Fiequimetal, aprovada por unanimidade, são apontados os objectivos para a acção sindical imediata, nomeadamente:
– defender a contratação colectiva e dinamizar a acção reivindicativa nas empresas, por melhores salários e condições de trabalho;
resistir à ofensiva contra os direitos, combater a precariedade, derrotar a «flexigurança»;
reclamar uma efectiva política de desenvolvimento industrial;
combater os despedimentos, defender a estabilidade e a qualidade do emprego;
reforçar a organização de base e prosseguir a reestruturação sindical;
desenvolver a cooperação e a solidariedade a nível internacional.
Confirmada «a actualidade e a complementaridade dos programas de acção aprovados nos congressos das anteriores federações», os delegados assumiram que as orientações constantes naqueles documentos se mantêm em vigor até à realização do 1.º Congresso da Fiequimetal (no dia 30 de Novembro deste ano).
A par dos objectivos imediatos, «a acção a desenvolver nos locais de trabalho terá sempre em vista a elevação da consciência de classe e sindical dos trabalhadores e das trabalhadoras, tendo presente que só a luta de massas, desenvolvida de forma articulada entre todos os sectores, poderá travar a violenta ofensiva que o Governo e o grande capital estão a desenvolver contra os direitos sociais e laborais», declara-se na resolução.