Um projecto de esquerda para Lisboa
Mais de uma centena de pessoas participou, anteontem, na apresentação pública dos candidatos da CDU à Câmara Municipal de Lisboa e das principais linhas programáticas de campanha.
A CDU tem a experiência e o conhecimento da realidade das pessoas
As cadeiras colocadas naquela sala (Hotel Sofitel) não chegaram para tamanha afluência de pessoas que, com a sua comparência, quiseram participar na apresentação pública dos 36 candidatos da CDU.
Por volta das 18 horas, já com a sala a abarrotar de gente, chegou Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP. Foi aí que se verificou a primeira manifestação de confiança num bom resultado eleitoral, que se traduziu numa estrondosa salva de palmas. «CDU», «CDU», «CDU», entoavam os apoiantes da única coligação (PCP, «Os Verdes» e ID) que irá concorrer, no próximo dia 15 de Julho, ao Executivo autárquico lisboeta.
Seguiu-se, pela voz de Heloísa Apolónia, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», a apresentação dos candidatos da CDU à Câmara de Lisboa.
«Estão aqui os companheiros e camaradas que convosco querem trabalhar. Podemos, com toda a convicção afirmar: temos a CDU de que Lisboa precisa, a CDU como força alternativa», afirmou, depois, Ruben de Carvalho.
Numa intervenção marcada por fortes críticas ao PSD e CDS-PP, «dedicadamente apoiadas em muitas circunstâncias pelo PS e pelo BE», o cabeça-de-lista da CDU lamentou, visto que se avizinham eleições intercalares e não antecipadas, o facto de as eleições se realizarem exclusivamente para o executivo camarário e não para a Assembleia Municipal, onde quem «conduziu a Câmara ao colapso mantém maioria absoluta».
Reafirmando que serão necessárias, para os próximos dois anos, medidas de emergência, «se integradas numa visão ampla, sustentada e rigorosa de uma política abrangente no tempo e no espaço, que corresponda a um projecto de cidade justa e viável», Ruben de Carvalho lembrou que essas mesmas medidas não deverão servir «para fornecer cobertura a medidas impopulares, desnecessárias e injustas do ponto de vista de classe».
Trabalho e competência
Relativamente ao momento presente e aos partidos que vão disputar estas eleições, Ruben de Carvalho lembrou que o PCP e a CDU não tiveram qualquer necessidade de dar «vassouradas» nas suas listas à Câmara.
«Temos a nossa casa, todos os cantinhos dela, impecavelmente limpos, cuidados, sem teias de aranha, os armários arrumados e neles não se descortinam esqueletos», ironizou, lembrando que o mesmo não se passa com as outras candidaturas, «sabendo, de resto, todos nós, como o PS e o PSD são, eles que ao longo de décadas têm sempre e sucessivamente estado no poder, especialmente hábeis a sacudirem a água do capote e a assobiarem displicentemente para o ar, como quem nada sabe do que aconteceu antes deles».
Mas, continuou, «se temos o orgulho de podermos afirmar que os nossos candidatos trazem ao trabalho municipal não apenas a honestidade, o trabalho e a competência impoluta de décadas e décadas, podemos acrescentar que trazem outra valia igualmente importante: a experiência, o conhecimento das realidades e dos problemas».
É por isso que a CDU não considera o seu programa de 2005 uma coisa do passado. Bem pelo contrário, «ele era, ele foi e ele continua a ser um programa de futuro».
«E é por ser um programa de futuro que, confrontando-o com os erros e desleixos destes seis anos de política de direita, nele encontramos, com a consciência de quem olha para o futuro, as medidas urgentes que no presente possam garantir a cidade justa, fraterna, desenvolvida e solidária pela qual nos comprometemos face aos lisboetas», assegurou o cabeça-de-lista da CDU.
Compromissos de trabalho
• Sanear as finanças municipais e devolver a credibilidade à Câmara Municipal de Lisboa;
• Reestruturar os Serviços e Empresas Municipais, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da cidade;
• Planear a cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas;
• Ordenar e responder com urgência aos problemas do espaço público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas);
• Avançar decididamente com a reabilitação urbana, utilizando o parque habitacional municipal para trazer mais jovens a morar em Lisboa;
• Definir uma política integrada para os bairros municipais que responda aos problemas das suas populações e integre esses bairros na vida da cidade;
• Definir com o Governo um plano de renovação do parque escolar;
• Ter uma política ambiental activa, seja na preservação de Monsanto, corredor ecológico e estrutura verde da cidade, seja no tratamento de esgotos ou na qualidade da água e no cumprimento da Lei do Ruído;
• Definir, em conjunto com criadores, agentes culturais e Movimento Associativo, uma política cultural e uma política desportiva que devolvam a Lisboa o papel que a cidade já teve;
• Retomar políticas de envolvimento da juventude na vida da cidade;
• Desenvolver políticas de descentralização e colaboração com as freguesias, questão fundamental para dar resposta aos problemas da cidade.
Rita Magrinho
Confiança numa lista com provas dadas
Rita Magrinho, segunda candidata da lista, apelou ao voto na CDU, «condição indispensável à concretização de um projecto de esquerda para Lisboa».
«A CDU tem em Lisboa um património de intervenção autárquica ao serviço da cidade e da sua população: património marcado pela gestão positiva na Câmara nos anos 90, pela oposição a Abecassis e, mais recentemente, ao descalabro dos últimos seis anos», afirmou, acrescentando que «é com este património que propomos aos lisboetas uma lista composta por muitos candidatos já conhecidos porque, ao contrário de outras forças políticas, podemos orgulhar-nos do trabalho realizado pelos nossos eleitos neste mandato».
Rita Magrinho salientou ainda que a lista apresentada integra «mulheres e homens experientes em diferentes áreas e com profundo conhecimento da cidade pela sua participação autárquica na Câmara e em muitas freguesias lisboetas, em associações de moradores, associações ambientalistas, sindicais, de deficientes e em colectividades de cultura e recreio, entre outras».
Candidatos da CDU
A alternativa para Lisboa
• Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva
• Rita da Conceição Carraça Magrinho,
• Manuel Batista Figueiredo
• Carlos Fernando Moreira de Carvalho
• Inês Cristina Quintas Zuber
• Carlos Artur Ferreira Moura
• Arménio Horácio Alves Carlos
• Cláudia Alexandra de Sousa • Catarino Madeira
• Joaquim António Canelhas Granadeiro
• José Armando Tavares de Morais e Castro
• Paula Cristina Marques Granja
• Paulo Alexandre da Silva Quaresma
• Tiago Mota Saraiva
• Beatriz Nogueira Matias
• José Vitor Santos Cavaco
• José das Neves Godinho
• Catarina Machado Morais de Oliveira
• António Augusto Pereira
• Humberto Fernando Simões dos Santos
• Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro
• Manuel Alberto da Silva Verdugo
• Bruno Filipe Esteves Medina Rolo
• Rita Rato Araújo Fonseca
• Vítor Manuel Alves Agostinho
• Alexandra Maria Pinto Rodrigues da Cruz Correia
• João Ricardo Gonçalves de Jesus Mendes
• Emília Cristina Antunes Serra
• José Manuel Osório
• Maria Celeste Antunes Soeiro
• Ricardo Carvalho Varela
• Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca
• José João Duarte Pacheco
• Ana Bela da Fonseca Pereira Dinis
• Silvia Maria Ferreira Sepúlveda
• Bernardino Barbas Pires
• Vitor Manuel de Carvalho Neves
Por volta das 18 horas, já com a sala a abarrotar de gente, chegou Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP. Foi aí que se verificou a primeira manifestação de confiança num bom resultado eleitoral, que se traduziu numa estrondosa salva de palmas. «CDU», «CDU», «CDU», entoavam os apoiantes da única coligação (PCP, «Os Verdes» e ID) que irá concorrer, no próximo dia 15 de Julho, ao Executivo autárquico lisboeta.
Seguiu-se, pela voz de Heloísa Apolónia, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», a apresentação dos candidatos da CDU à Câmara de Lisboa.
«Estão aqui os companheiros e camaradas que convosco querem trabalhar. Podemos, com toda a convicção afirmar: temos a CDU de que Lisboa precisa, a CDU como força alternativa», afirmou, depois, Ruben de Carvalho.
Numa intervenção marcada por fortes críticas ao PSD e CDS-PP, «dedicadamente apoiadas em muitas circunstâncias pelo PS e pelo BE», o cabeça-de-lista da CDU lamentou, visto que se avizinham eleições intercalares e não antecipadas, o facto de as eleições se realizarem exclusivamente para o executivo camarário e não para a Assembleia Municipal, onde quem «conduziu a Câmara ao colapso mantém maioria absoluta».
Reafirmando que serão necessárias, para os próximos dois anos, medidas de emergência, «se integradas numa visão ampla, sustentada e rigorosa de uma política abrangente no tempo e no espaço, que corresponda a um projecto de cidade justa e viável», Ruben de Carvalho lembrou que essas mesmas medidas não deverão servir «para fornecer cobertura a medidas impopulares, desnecessárias e injustas do ponto de vista de classe».
Trabalho e competência
Relativamente ao momento presente e aos partidos que vão disputar estas eleições, Ruben de Carvalho lembrou que o PCP e a CDU não tiveram qualquer necessidade de dar «vassouradas» nas suas listas à Câmara.
«Temos a nossa casa, todos os cantinhos dela, impecavelmente limpos, cuidados, sem teias de aranha, os armários arrumados e neles não se descortinam esqueletos», ironizou, lembrando que o mesmo não se passa com as outras candidaturas, «sabendo, de resto, todos nós, como o PS e o PSD são, eles que ao longo de décadas têm sempre e sucessivamente estado no poder, especialmente hábeis a sacudirem a água do capote e a assobiarem displicentemente para o ar, como quem nada sabe do que aconteceu antes deles».
Mas, continuou, «se temos o orgulho de podermos afirmar que os nossos candidatos trazem ao trabalho municipal não apenas a honestidade, o trabalho e a competência impoluta de décadas e décadas, podemos acrescentar que trazem outra valia igualmente importante: a experiência, o conhecimento das realidades e dos problemas».
É por isso que a CDU não considera o seu programa de 2005 uma coisa do passado. Bem pelo contrário, «ele era, ele foi e ele continua a ser um programa de futuro».
«E é por ser um programa de futuro que, confrontando-o com os erros e desleixos destes seis anos de política de direita, nele encontramos, com a consciência de quem olha para o futuro, as medidas urgentes que no presente possam garantir a cidade justa, fraterna, desenvolvida e solidária pela qual nos comprometemos face aos lisboetas», assegurou o cabeça-de-lista da CDU.
Compromissos de trabalho
• Sanear as finanças municipais e devolver a credibilidade à Câmara Municipal de Lisboa;
• Reestruturar os Serviços e Empresas Municipais, motivando os trabalhadores, simplificando circuitos burocráticos, colocando a máquina municipal ao serviço da cidade;
• Planear a cidade, avançando com a revisão do Plano Director Municipal, e travar os negócios e urbanizações feitas ao abrigo das alterações simplificadas;
• Ordenar e responder com urgência aos problemas do espaço público (calçadas, jardins, iluminação, barreiras arquitectónicas);
• Avançar decididamente com a reabilitação urbana, utilizando o parque habitacional municipal para trazer mais jovens a morar em Lisboa;
• Definir uma política integrada para os bairros municipais que responda aos problemas das suas populações e integre esses bairros na vida da cidade;
• Definir com o Governo um plano de renovação do parque escolar;
• Ter uma política ambiental activa, seja na preservação de Monsanto, corredor ecológico e estrutura verde da cidade, seja no tratamento de esgotos ou na qualidade da água e no cumprimento da Lei do Ruído;
• Definir, em conjunto com criadores, agentes culturais e Movimento Associativo, uma política cultural e uma política desportiva que devolvam a Lisboa o papel que a cidade já teve;
• Retomar políticas de envolvimento da juventude na vida da cidade;
• Desenvolver políticas de descentralização e colaboração com as freguesias, questão fundamental para dar resposta aos problemas da cidade.
Rita Magrinho
Confiança numa lista com provas dadas
Rita Magrinho, segunda candidata da lista, apelou ao voto na CDU, «condição indispensável à concretização de um projecto de esquerda para Lisboa».
«A CDU tem em Lisboa um património de intervenção autárquica ao serviço da cidade e da sua população: património marcado pela gestão positiva na Câmara nos anos 90, pela oposição a Abecassis e, mais recentemente, ao descalabro dos últimos seis anos», afirmou, acrescentando que «é com este património que propomos aos lisboetas uma lista composta por muitos candidatos já conhecidos porque, ao contrário de outras forças políticas, podemos orgulhar-nos do trabalho realizado pelos nossos eleitos neste mandato».
Rita Magrinho salientou ainda que a lista apresentada integra «mulheres e homens experientes em diferentes áreas e com profundo conhecimento da cidade pela sua participação autárquica na Câmara e em muitas freguesias lisboetas, em associações de moradores, associações ambientalistas, sindicais, de deficientes e em colectividades de cultura e recreio, entre outras».
Candidatos da CDU
A alternativa para Lisboa
• Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva
• Rita da Conceição Carraça Magrinho,
• Manuel Batista Figueiredo
• Carlos Fernando Moreira de Carvalho
• Inês Cristina Quintas Zuber
• Carlos Artur Ferreira Moura
• Arménio Horácio Alves Carlos
• Cláudia Alexandra de Sousa • Catarino Madeira
• Joaquim António Canelhas Granadeiro
• José Armando Tavares de Morais e Castro
• Paula Cristina Marques Granja
• Paulo Alexandre da Silva Quaresma
• Tiago Mota Saraiva
• Beatriz Nogueira Matias
• José Vitor Santos Cavaco
• José das Neves Godinho
• Catarina Machado Morais de Oliveira
• António Augusto Pereira
• Humberto Fernando Simões dos Santos
• Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro
• Manuel Alberto da Silva Verdugo
• Bruno Filipe Esteves Medina Rolo
• Rita Rato Araújo Fonseca
• Vítor Manuel Alves Agostinho
• Alexandra Maria Pinto Rodrigues da Cruz Correia
• João Ricardo Gonçalves de Jesus Mendes
• Emília Cristina Antunes Serra
• José Manuel Osório
• Maria Celeste Antunes Soeiro
• Ricardo Carvalho Varela
• Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca
• José João Duarte Pacheco
• Ana Bela da Fonseca Pereira Dinis
• Silvia Maria Ferreira Sepúlveda
• Bernardino Barbas Pires
• Vitor Manuel de Carvalho Neves