Tratamentos sob ameaça
Os doentes com esclerose múltipla que estão a ser acompanhados no Hospital de Santa Maria podem muito em breve ficar sem tratamento. Se nada for feito em contrário, perante e esgotamento do stock existente, será aquela a consequência da decisão de deixar de adquirir a terapêutica que tem sido prescrita a um grande número de doentes com aquela doença.
A informação sobre esta grave situação chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do PCP, levando o deputado Bernardino Soares a indagar junto do Governo se confirma tal notícia que na prática significa privar as pessoas que sofrem de esclerose múltipla de um tratamento considerado indispensável e até insubstituível em certos casos.
No requerimento por si dirigido ao Ministério da Saúde sobre o assunto, onde é reproduzido o teor de uma informação chegada às mãos do líder comunista, e que este reputa de «séria e merecedora de crédito», pode ler-se que no Hospital «existem instruções para substituir esse tratamento por outro em todos os doentes, mesmo naqueles que se encontram compensados, mesmo nos que já experimentaram o outro produto e se deram mal».
E o documento dado a conhecer ao Grupo comunista acrescenta: «Trata-se de substância próximas mas não exactamente iguais e a medida representa, por critérios economicistas, um corte na liberdade de prescrição dos especialistas e uma redução das terapêuticas disponíveis para uma doença crónica potencialmente incapacitante».
Assinalado é ainda o facto de os gastos com o tratamento hospitalar em medicamentos destes doentes, cerca de 5000 em todo o País (uma boa parte deles seguida em Santa Maria), representar «uma gota no oceano comparativamente com outras doenças muito mais frequentes ou com tratamentos muito mais caros».
É este conjunto de factos que leva Bernardino Soares a perguntar ao Governo quais as razões que «justificam ou poderão vir a justificar a substituição de um por outro tratamento», querendo saber, nomeadamente, se são considerações de ordem financeira, bem como, por outro lado, quais as vantagens obtidas com tal substituição.
A informação sobre esta grave situação chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do PCP, levando o deputado Bernardino Soares a indagar junto do Governo se confirma tal notícia que na prática significa privar as pessoas que sofrem de esclerose múltipla de um tratamento considerado indispensável e até insubstituível em certos casos.
No requerimento por si dirigido ao Ministério da Saúde sobre o assunto, onde é reproduzido o teor de uma informação chegada às mãos do líder comunista, e que este reputa de «séria e merecedora de crédito», pode ler-se que no Hospital «existem instruções para substituir esse tratamento por outro em todos os doentes, mesmo naqueles que se encontram compensados, mesmo nos que já experimentaram o outro produto e se deram mal».
E o documento dado a conhecer ao Grupo comunista acrescenta: «Trata-se de substância próximas mas não exactamente iguais e a medida representa, por critérios economicistas, um corte na liberdade de prescrição dos especialistas e uma redução das terapêuticas disponíveis para uma doença crónica potencialmente incapacitante».
Assinalado é ainda o facto de os gastos com o tratamento hospitalar em medicamentos destes doentes, cerca de 5000 em todo o País (uma boa parte deles seguida em Santa Maria), representar «uma gota no oceano comparativamente com outras doenças muito mais frequentes ou com tratamentos muito mais caros».
É este conjunto de factos que leva Bernardino Soares a perguntar ao Governo quais as razões que «justificam ou poderão vir a justificar a substituição de um por outro tratamento», querendo saber, nomeadamente, se são considerações de ordem financeira, bem como, por outro lado, quais as vantagens obtidas com tal substituição.