Mudança de clima
A confiança dos empresários está em alta, revelam os dados divulgados dia 3 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta de uma subida no mês passado para os 0,9 pontos do «clima de confiança». Já no respeitante aos consumidores, de acordo com a mesma fonte, regista-se o inverso: o índice de (des)confiança recuou de 31,4 pontos negativos em Fevereiro para 33,2 pontos negativos em Março. É o terceiro mês consecutivo que se regista esta quebra de confiança dos consumidores.
Face a esta oposição de opiniões, e tendo em conta que o indicador do «clima» mede a confiança dos empresários no sector da indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços, para além obviamente da dos consumidores, cabe perguntar o que estará a suceder no País, onde os que detêm as rédeas da economia – seja directamente ou por interposto Governo – têm motivos para estar satisfeitos, enquanto os que produzem a riqueza, através do seu trabalho, vêem o presente e o futuro cada vez mais negro.
A resposta, para quem ainda tenha dúvidas após as impressionantes manifestações de 2 e 28 de Março realizadas em Lisboa, foi dada na passada sexta-feira pelo Conselho Nacional da CGTP, que aprovou por unanimidade levar a cabo uma acção nacional de luta em 30 de Maio, apelando aos seus sindicatos que promovam a marcação de greves em todos os sectores de actividade.
Trata-se, segundo os dirigentes sindicais, de «mostrar ao Governo que deve mudar a sua política económica e social» e ao patronato que «não pode continuar a apostar na precariedade e na desregulamentação laboral».
Trata-se, para quem tenha olhos para ver e ouvidos para ouvir, de reafirmar as vezes que for preciso e das formas que se entender necessárias, que o desenvolvimento e o progresso de um país não se constróem com a destruição de direitos laborais e sociais, com o aumento do desemprego e da segurança no trabalho, com a pobreza e a marginalização de sectores cada vez mais amplos da sociedade, com o agravamento das desigualdades e da crescente injustiça na distribuição da riqueza.
Trata-se, afinal, de dar a devida resposta à política de direita de um governo dito socialista.
Para perceber a diferença de opiniões resultantes dos dados do INE, bastava que nos inquéritos sobre o estado de alma do País se incluísse a pergunta certa para perceber que o «clima» não é de confiança, é de luta.
Face a esta oposição de opiniões, e tendo em conta que o indicador do «clima» mede a confiança dos empresários no sector da indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços, para além obviamente da dos consumidores, cabe perguntar o que estará a suceder no País, onde os que detêm as rédeas da economia – seja directamente ou por interposto Governo – têm motivos para estar satisfeitos, enquanto os que produzem a riqueza, através do seu trabalho, vêem o presente e o futuro cada vez mais negro.
A resposta, para quem ainda tenha dúvidas após as impressionantes manifestações de 2 e 28 de Março realizadas em Lisboa, foi dada na passada sexta-feira pelo Conselho Nacional da CGTP, que aprovou por unanimidade levar a cabo uma acção nacional de luta em 30 de Maio, apelando aos seus sindicatos que promovam a marcação de greves em todos os sectores de actividade.
Trata-se, segundo os dirigentes sindicais, de «mostrar ao Governo que deve mudar a sua política económica e social» e ao patronato que «não pode continuar a apostar na precariedade e na desregulamentação laboral».
Trata-se, para quem tenha olhos para ver e ouvidos para ouvir, de reafirmar as vezes que for preciso e das formas que se entender necessárias, que o desenvolvimento e o progresso de um país não se constróem com a destruição de direitos laborais e sociais, com o aumento do desemprego e da segurança no trabalho, com a pobreza e a marginalização de sectores cada vez mais amplos da sociedade, com o agravamento das desigualdades e da crescente injustiça na distribuição da riqueza.
Trata-se, afinal, de dar a devida resposta à política de direita de um governo dito socialista.
Para perceber a diferença de opiniões resultantes dos dados do INE, bastava que nos inquéritos sobre o estado de alma do País se incluísse a pergunta certa para perceber que o «clima» não é de confiança, é de luta.