Vivinho Dacosta
Fernando Dacosta – que aqui há uns tempos produziu a estrondosa revelação de que foi Salazar quem mandou os guardas de Peniche deixarem fugir Álvaro Cunhal – volta à carga. Desta vez, o buliçoso admirador de Salazar – escolhendo O Diabo para verter os seus disparates provocatórios - atira-se à URAP, acusando-a de autora da «maior manifestação de anti-História e anti-Cultura que viu nos últimos tempos» e de ser «um grupo extremamente reaccionário com total intolerância». Tudo isto a propósito da iniciativa levada a cabo pela URAP, em Santa Comba Dão, protestando contra a criação de um museu elogiativo do ditador Salazar.
Para justificar a sua defesa do museu, Dacosta recorre ao exemplo da Alemanha que «reconstruiu os seus grandes campos de concentração» - fingindo que não sabe que essa reconstrução dos campos de concentração nazis não foi feita para louvar a existência desses espaços de terror e de crime, mas, precisamente, para os condenar e para que tais situações nunca mais se repitam.
Dacosta não nos diz se foi a Santa Comba Dão ou se limitou a sua intrépida militância salazarista a bolsar os seus vómitos para o Diabo. Uma coisa é certa: se foi a Santa Comba Dão, há-de ter alinhado com os que, fazendo a saudação nazi e dando vivas a Salazar, ameaçavam os antifascistas presentes e exigiam a construção de um museu elogiativo do ditador fascista. Onde ele não esteve, de certeza, foi ao lado dos membros da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses – que, aliás, o deixam, segundo diz, «francamente enojado».
Dacosta não quer perceber, ele bem saberá porquê (e nós também) que uma coisa é um museu de Salazar apresentando o ditador fascista como um herói nacional – coisa que a URAP, muito justamente, rejeita, e Dacosta, significativamente, aplaude; e outra coisa seria um museu de Salazar apresentado como o ditador que foi, responsável por 48 anos de terror fascista, pelas prisões, pelas torturas, pelos assassinatos de dezenas de milhares de portugueses – coisa que a URAP, muito justamente, aplaude e que Dacosta, significativamente, rejeita.
Para justificar a sua defesa do museu, Dacosta recorre ao exemplo da Alemanha que «reconstruiu os seus grandes campos de concentração» - fingindo que não sabe que essa reconstrução dos campos de concentração nazis não foi feita para louvar a existência desses espaços de terror e de crime, mas, precisamente, para os condenar e para que tais situações nunca mais se repitam.
Dacosta não nos diz se foi a Santa Comba Dão ou se limitou a sua intrépida militância salazarista a bolsar os seus vómitos para o Diabo. Uma coisa é certa: se foi a Santa Comba Dão, há-de ter alinhado com os que, fazendo a saudação nazi e dando vivas a Salazar, ameaçavam os antifascistas presentes e exigiam a construção de um museu elogiativo do ditador fascista. Onde ele não esteve, de certeza, foi ao lado dos membros da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses – que, aliás, o deixam, segundo diz, «francamente enojado».
Dacosta não quer perceber, ele bem saberá porquê (e nós também) que uma coisa é um museu de Salazar apresentando o ditador fascista como um herói nacional – coisa que a URAP, muito justamente, rejeita, e Dacosta, significativamente, aplaude; e outra coisa seria um museu de Salazar apresentado como o ditador que foi, responsável por 48 anos de terror fascista, pelas prisões, pelas torturas, pelos assassinatos de dezenas de milhares de portugueses – coisa que a URAP, muito justamente, aplaude e que Dacosta, significativamente, rejeita.