Divórcio anunciado
O grupo alemão Daimler admite desfazer-se da sua filial norte-americana Chrysler, onde acaba de anunciar a supressão de 13 mil postos de trabalho, ou seja, 16 por cento dos efectivos nos EUA.
A indústria automóvel americana destruiu 790 mil empregos desde 1999
A compra da Chrysler pela Daimler, fabricante dos automóveis Mercedes, em 1998, foi na altura considerada como a «fusão do século». Contudo, apesar de sucessivas reestruturações, que custaram várias dezenas de milhares de empregos, o grupo alemão mostra-se desiludido com os resultados e admite desfazer-se da filial americana.
O patrão do grupo, Dieter Zetsche, declarou, no dia 14, não excluir «nenhuma opção estratégica para a Chrysler», depois de revelar que esta fechou o último exercício com prejuízos na ordem dos 1,1 mil milhões de euros.
A primeira reestruturação da Chrysler ocorreu em 2001, levando ao despedimento de 26 mil trabalhadores. Embora tenha regressado aos lucros em 2004 e 2005, as dificuldades que a indústria automóvel norte-americana atravessa voltaram a reflectir-se negativamente nos negócios da Chrysler.
O aumento do preço dos combustíveis tem provocado a diminuição das vendas dos veículos todo o terreno, devidos aos seus elevados consumos. Esta alteração do mercado, que também tem afectado os dois maiores construtores americanos, a Ford e a General Motors, penalizou mais fortemente a Chrysler, já que, 75 por cento da sua gama são modelos daquele tipo. A solução foi reduzir preços, o que prejudicou a rentabilidade da marca.
Agora, enquanto tenta reorientar-se para a produção de automóveis mais económicos, o grupo vai reduzir as suas capacidades, anunciando assim a eliminação de mais 13 mil postos de trabalho até 2009.
A profunda crise que abala o sector automóvel norte-americano é bem visível na constante redução do número de empregos. Segundo um estudo da empresa Challenger Gray and Chrismas (Le Monde, 15.02), desde 1999 foram destruídos 790 mil postos de trabalho nesta indústria. Só nos últimos dois anos, os construtores e fabricantes de peças e equipamentos extinguiram 285 mil empregos, o que representa 14 por cento do número total de despedimentos verificados no conjunto das actividades económicas do país.
Ao contrário da Chrysler, a Mercedes tem apresentado resultados positivos, em especial no sector dos veículos pesados, cuja rentabilidade ultrapassou os dois mil milhões de euros em 2006, ou seja, quase o dobro das perdas da filial americana. Contudo, ninguém espera que a marca germânica se mostre generosa e cubra os prejuízos do seu parceiro americano.
O patrão do grupo, Dieter Zetsche, declarou, no dia 14, não excluir «nenhuma opção estratégica para a Chrysler», depois de revelar que esta fechou o último exercício com prejuízos na ordem dos 1,1 mil milhões de euros.
A primeira reestruturação da Chrysler ocorreu em 2001, levando ao despedimento de 26 mil trabalhadores. Embora tenha regressado aos lucros em 2004 e 2005, as dificuldades que a indústria automóvel norte-americana atravessa voltaram a reflectir-se negativamente nos negócios da Chrysler.
O aumento do preço dos combustíveis tem provocado a diminuição das vendas dos veículos todo o terreno, devidos aos seus elevados consumos. Esta alteração do mercado, que também tem afectado os dois maiores construtores americanos, a Ford e a General Motors, penalizou mais fortemente a Chrysler, já que, 75 por cento da sua gama são modelos daquele tipo. A solução foi reduzir preços, o que prejudicou a rentabilidade da marca.
Agora, enquanto tenta reorientar-se para a produção de automóveis mais económicos, o grupo vai reduzir as suas capacidades, anunciando assim a eliminação de mais 13 mil postos de trabalho até 2009.
A profunda crise que abala o sector automóvel norte-americano é bem visível na constante redução do número de empregos. Segundo um estudo da empresa Challenger Gray and Chrismas (Le Monde, 15.02), desde 1999 foram destruídos 790 mil postos de trabalho nesta indústria. Só nos últimos dois anos, os construtores e fabricantes de peças e equipamentos extinguiram 285 mil empregos, o que representa 14 por cento do número total de despedimentos verificados no conjunto das actividades económicas do país.
Ao contrário da Chrysler, a Mercedes tem apresentado resultados positivos, em especial no sector dos veículos pesados, cuja rentabilidade ultrapassou os dois mil milhões de euros em 2006, ou seja, quase o dobro das perdas da filial americana. Contudo, ninguém espera que a marca germânica se mostre generosa e cubra os prejuízos do seu parceiro americano.