Hartz condenado a prisão
O ex-director de pessoal da Volkswagen, Peter Hartz, foi condenado, na sexta-feira, 26, a dois anos de prisão com pena suspensa e multa de 576 mil euros por 44 delitos de desvio de fundos e suborno de membros da comissão de trabalhadores.
A sentença do Tribunal de Braunschweig foi condicionada por um acordo alcançado no dia 11 entre a defesa e o Ministério Público, no qual o arguido aceitou assumir certas responsabilidades em troca da retirada de acusações relacionadas com o pagamento de serviços de prostitutas com dinheiro da empresa.
Hartz, em declaração lida pelo seu advogado, Egon Mueller, admitiu então ter pago quase dois milhões de euros ao ex-presidente da comissão de trabalhadores da VW, Klaus Volkert, «para o comprar» e assim obter o aval da comissão de trabalhadores para reduzir, em meados da década de 1990, a semana laboral para quatro dias, com redução salários, para fazer face à quebra da produção nas linhas de Wolfsburgo.
Embora 13 pessoas tenham sido implicadas no processo, apenas Hartz foi até agora apresentado a julgamento. Ouvido pelo tribunal, Ferdinand Piech, actual presidente executivo da Volkswagen (à época, um dos responsáveis máximos do grupo), afirmou que nunca se envolveu naquele tipo de assuntos, versão que Hartz corroborou, garantindo que houve apenas uma conversa entre ele e Piech, o qual lhe terá dito para «dar todas as condições» a Volkert, sem entrar em pormenores.
A verdade é que, após a condenação, o construtor automóvel tem condições para exigir a Hartz os dois milhões de euros que este reconheceu ter desviado indevidamente. Contudo, nada indica que tal venha a acontecer. De facto, a assunção solitária da culpa mais parece um «auto-sacrifício» de Peter Hartz para livrar de responsabilidades outros altos executivos da Volkswagen e evitar novos escândalos.
Todavia, o caso ainda não está encerrado. O Ministério Público de Braunschweig abriu recentemente um novo inquérito contra o deputado social-democrata Hans-Juergen Uhl, ex-dirigente sindical da VW, sob suspeita de ter beneficiado de «compensações» ilícitas, designadamente «viagens de prazer» ao Brasil e também a Lisboa.
A sentença do Tribunal de Braunschweig foi condicionada por um acordo alcançado no dia 11 entre a defesa e o Ministério Público, no qual o arguido aceitou assumir certas responsabilidades em troca da retirada de acusações relacionadas com o pagamento de serviços de prostitutas com dinheiro da empresa.
Hartz, em declaração lida pelo seu advogado, Egon Mueller, admitiu então ter pago quase dois milhões de euros ao ex-presidente da comissão de trabalhadores da VW, Klaus Volkert, «para o comprar» e assim obter o aval da comissão de trabalhadores para reduzir, em meados da década de 1990, a semana laboral para quatro dias, com redução salários, para fazer face à quebra da produção nas linhas de Wolfsburgo.
Embora 13 pessoas tenham sido implicadas no processo, apenas Hartz foi até agora apresentado a julgamento. Ouvido pelo tribunal, Ferdinand Piech, actual presidente executivo da Volkswagen (à época, um dos responsáveis máximos do grupo), afirmou que nunca se envolveu naquele tipo de assuntos, versão que Hartz corroborou, garantindo que houve apenas uma conversa entre ele e Piech, o qual lhe terá dito para «dar todas as condições» a Volkert, sem entrar em pormenores.
A verdade é que, após a condenação, o construtor automóvel tem condições para exigir a Hartz os dois milhões de euros que este reconheceu ter desviado indevidamente. Contudo, nada indica que tal venha a acontecer. De facto, a assunção solitária da culpa mais parece um «auto-sacrifício» de Peter Hartz para livrar de responsabilidades outros altos executivos da Volkswagen e evitar novos escândalos.
Todavia, o caso ainda não está encerrado. O Ministério Público de Braunschweig abriu recentemente um novo inquérito contra o deputado social-democrata Hans-Juergen Uhl, ex-dirigente sindical da VW, sob suspeita de ter beneficiado de «compensações» ilícitas, designadamente «viagens de prazer» ao Brasil e também a Lisboa.