PE minimiza riscos
A comissão da Agricultura do Parlamento Europeu adoptou um relatório que branqueia os riscos dos organismos geneticamente modificados (OGM) em benefício dos interesses das multinacionais do sector.
A aprovação do relatório é uma cedência às multinacionais
O documento, aprovado por 22 votos a favor e 15 contra e seis abstenções, «dá voz aos interesses das grandes multinacionais da agroquímica e da biotecnologia» e «minimiza os riscos da libertação de OGM no meio ambiente, quer para biodiversidade quer para a saúde humana», declarou a deputada do PCP, Ilda Figueiredo.
Outro tipo de riscos, acrescentou a deputada comunista, decorrem da possibilidade «de colocar nas mãos de um pequeno número de multinacionais, maioritariamente dos EUA,
o controlo sobre a agricultura e os agricultores, ou seja, o controlo sobre a alimentação».
Apesar de terem rejeitado o documento, os deputados do PCP conseguiram incluir nele duas importantes propostas. A primeira constata «que não existe nenhum mecanismo instalado de detecção e protecção contra transgénicos não autorizados e que a cadeia alimentar pode estar contaminada por outros transgénicos ilegais ainda não detectados, por nem sequer existirem os métodos analíticos necessários para o efeito».
A segunda alteração introduzida no texto visa salvaguardar «o direito de quem produz culturas tradicionais de não ser contaminado por OGM e de quem, enquanto consumidor, tem o direito de optar entre produtos alimentares sem tecnologia OGM e com tecnologia OGM».
Como salienta uma nota de imprensa do grupo dos deputados do PCP no PE, «mais de 70 por cento da população dos estados-membros da União Europeia rejeitam consumir alimentos geneticamente modificados (GM) e muitas regiões e alguns países já se declaram “livres de OGM”».
PCP apela a moratória
Os deputados do PCP lembram ainda que muitos estudos têm questionado os alegados benefícios das culturas GM, nomeadamente no que toca a produtividade agrícola, e demonstrado que «a tecnologia GM apresenta sérios riscos e não é controlável, não sendo possível a coexistência entre culturas GM e culturas convencionais ou biológicas».
Neste quadro, com base no princípio da precaução, a deputada Ilda Figueiredo apelou, na Comissão da Agricultura, a uma moratória sobre o uso de OGM na agricultura e nos alimentos, valorizando as «zonas livres de OGM» como um passo para garantir o direito dos agricultores a produzirem culturas convencionais e biológicas e dos consumidores a uma alimentação sem OGM.
Entretanto, os deputados salientam que esta posição não significa «uma rejeição da biotecnologia, o seu desenvolvimento e a sua aplicação para fins benéficos, através da investigação pública», garantindo-se que «o princípio do benefício das populações» se sobrepõe ao objectivo do «lucro das grandes multinacionais».
Outro tipo de riscos, acrescentou a deputada comunista, decorrem da possibilidade «de colocar nas mãos de um pequeno número de multinacionais, maioritariamente dos EUA,
o controlo sobre a agricultura e os agricultores, ou seja, o controlo sobre a alimentação».
Apesar de terem rejeitado o documento, os deputados do PCP conseguiram incluir nele duas importantes propostas. A primeira constata «que não existe nenhum mecanismo instalado de detecção e protecção contra transgénicos não autorizados e que a cadeia alimentar pode estar contaminada por outros transgénicos ilegais ainda não detectados, por nem sequer existirem os métodos analíticos necessários para o efeito».
A segunda alteração introduzida no texto visa salvaguardar «o direito de quem produz culturas tradicionais de não ser contaminado por OGM e de quem, enquanto consumidor, tem o direito de optar entre produtos alimentares sem tecnologia OGM e com tecnologia OGM».
Como salienta uma nota de imprensa do grupo dos deputados do PCP no PE, «mais de 70 por cento da população dos estados-membros da União Europeia rejeitam consumir alimentos geneticamente modificados (GM) e muitas regiões e alguns países já se declaram “livres de OGM”».
PCP apela a moratória
Os deputados do PCP lembram ainda que muitos estudos têm questionado os alegados benefícios das culturas GM, nomeadamente no que toca a produtividade agrícola, e demonstrado que «a tecnologia GM apresenta sérios riscos e não é controlável, não sendo possível a coexistência entre culturas GM e culturas convencionais ou biológicas».
Neste quadro, com base no princípio da precaução, a deputada Ilda Figueiredo apelou, na Comissão da Agricultura, a uma moratória sobre o uso de OGM na agricultura e nos alimentos, valorizando as «zonas livres de OGM» como um passo para garantir o direito dos agricultores a produzirem culturas convencionais e biológicas e dos consumidores a uma alimentação sem OGM.
Entretanto, os deputados salientam que esta posição não significa «uma rejeição da biotecnologia, o seu desenvolvimento e a sua aplicação para fins benéficos, através da investigação pública», garantindo-se que «o princípio do benefício das populações» se sobrepõe ao objectivo do «lucro das grandes multinacionais».