Uma jornada heróica
A Direcção da Organização Regional de Leiria e a Comissão Concelhia da Marinha Grande do PCP inauguraram, no sábado, dia 20, uma exposição evocativa da revolta operária de 18 de Janeiro de 1934.
João Dias Coelho, da Comissão Política, presente na iniciativa, lembrou os tempos em que se deu a revolta: «havia poucos, mas violentos anos, em que o fascismo havia triunfado. O aparelho repressivo do Estado fascista ao serviço do patronato desenvolvia intensa actividade, reprimindo, retirando direitos, prendendo, torturando, assassinando».
Confrontados com o processo de fascização dos sindicatos, os trabalhadores vidreiros e a sua organização de classe, «cuja unidade e formação fora erguida a pulso com um destacado papel do PCP», destacou João Dias Coelho, desenvolveram intensas lutas.
Nessa altura, realçou, existia na Marinha Grande uma forte organização sindical e uma estrutura local do PCP coesa e profundamente ligada aos trabalhadores. Estes factores determinaram em larga medida que os operários vidreiros e o povo «ousassem tentar, sob a direcção do Partido, tomar nas suas mãos a construção de um futuro de progresso e justiça social». «Tomaram os postos chave, ocuparam a vila, tornaram-se, ainda que só por algumas horas, donos dos seus destinos», destacou João Dias Coelho.
Para o dirigente do PCP, a derrota sofrida a 18 de Janeiro de 1934 não põe em causa nem apaga o que esta revolta representou. Tal como aconteceu com a Comuna de Paris de 1871, «foi do amargo da derrota que o movimento operário revolucionário extraiu as lições para melhorar a sua organização e elevar a sua capacidade de luta».
Na iniciativa tomou também da palavra Joaquim Gomes, que se encontrava preso no momento da revolta por ter participado numa luta de aprendizes na Marinha Grande. O histórico dirigente comunista lembrou que foi neste momento que pôde tomar «conhecimento concreto do que seriam capazes os carrascos e criminosos da polícia política de Salazar. Com efeito, por várias vezes, assistimos à partida de camaradas para interrogatórios que, no seu regresso, só os conseguíamos reconhecer pelas roupas que vestiam, dadas as deformações físicas com que saíam dos interrogatórios».
Confrontados com o processo de fascização dos sindicatos, os trabalhadores vidreiros e a sua organização de classe, «cuja unidade e formação fora erguida a pulso com um destacado papel do PCP», destacou João Dias Coelho, desenvolveram intensas lutas.
Nessa altura, realçou, existia na Marinha Grande uma forte organização sindical e uma estrutura local do PCP coesa e profundamente ligada aos trabalhadores. Estes factores determinaram em larga medida que os operários vidreiros e o povo «ousassem tentar, sob a direcção do Partido, tomar nas suas mãos a construção de um futuro de progresso e justiça social». «Tomaram os postos chave, ocuparam a vila, tornaram-se, ainda que só por algumas horas, donos dos seus destinos», destacou João Dias Coelho.
Para o dirigente do PCP, a derrota sofrida a 18 de Janeiro de 1934 não põe em causa nem apaga o que esta revolta representou. Tal como aconteceu com a Comuna de Paris de 1871, «foi do amargo da derrota que o movimento operário revolucionário extraiu as lições para melhorar a sua organização e elevar a sua capacidade de luta».
Na iniciativa tomou também da palavra Joaquim Gomes, que se encontrava preso no momento da revolta por ter participado numa luta de aprendizes na Marinha Grande. O histórico dirigente comunista lembrou que foi neste momento que pôde tomar «conhecimento concreto do que seriam capazes os carrascos e criminosos da polícia política de Salazar. Com efeito, por várias vezes, assistimos à partida de camaradas para interrogatórios que, no seu regresso, só os conseguíamos reconhecer pelas roupas que vestiam, dadas as deformações físicas com que saíam dos interrogatórios».