Alinhar com falsidades
SAÚDE: Interpelação do PCP ao Governo - 7
Estava o presidente da bancada comunista a desenvolver a sua linha de raciocínio em torno da necessidade de uma outra política para o medicamento, dando exemplos concretos de medidas que poderiam inclusivamente garantir uma assinalável poupança, quando, sem que ninguém o esperasse – e a propósito de custos - acusou o ministro da saúde, Correia de Campos, de estar objectivamente a dar trunfos e a convergir com posições dos defensores da campanha do "Não"» no referendo sobre a despenalização do aborto.
«Temos que assinalar que o ministro da Saúde, julgo que para vergonha do seu próprio partido, funciona como um aliado objectivo da campanha do 'não' à despenalização da interrupção voluntária da gravidez», acusou Bernardino Soares, intervindo na fase inicial da interpelação sobre política de Saúde suscitada pelo sua bancada.
Na base da acusação está o facto de o ministro, segundo o deputado do PCP, estar a «alinhar repetidamente as suas declarações sobre custos com a campanha dos que demagogicamente e com falsidade usam esse argumento para defenderem a continuação da prisão das mulheres».
Ao líder da bancada parlamentar comunista não escapou, simultaneamente, que o titular da pasta da Saúde nem uma palavra tenha dito ainda sobre os «custos para a saúde pública» e sobre as «graves consequências para as mulheres do flagelo do aborto clandestino e das complicações com que chegam aos hospitais públicos».
Lamentando esse silêncio de Correia de Campos, que não se defendeu da acusação no decurso do debate, Bernardino Soares insistiu em lembrar, ainda – citando dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) - , que tratar as complicações do aborto clandestino tem um custo cinco vezes superior à interrupção da gravidez feita com segurança em unidades de saúde.
«Valha-nos o Professor Albino Aroso que esclareceu oportunamente que a maioria das interrupções de gravidez podem fazer-se recorrendo a medicamentos, como a pílula RU486, em relação à qual esta Assembleia recomendou em tempo ao Governo, por proposta do PCP, que diligenciasse no sentido da sua disponibilidade em hospitais públicos», afirmou o líder parlamentar comunista, desmontando assim a questão dos alegados custos, outra das falácias em que assenta a campanha dos que não querem ver alterada a lei.
«Temos que assinalar que o ministro da Saúde, julgo que para vergonha do seu próprio partido, funciona como um aliado objectivo da campanha do 'não' à despenalização da interrupção voluntária da gravidez», acusou Bernardino Soares, intervindo na fase inicial da interpelação sobre política de Saúde suscitada pelo sua bancada.
Na base da acusação está o facto de o ministro, segundo o deputado do PCP, estar a «alinhar repetidamente as suas declarações sobre custos com a campanha dos que demagogicamente e com falsidade usam esse argumento para defenderem a continuação da prisão das mulheres».
Ao líder da bancada parlamentar comunista não escapou, simultaneamente, que o titular da pasta da Saúde nem uma palavra tenha dito ainda sobre os «custos para a saúde pública» e sobre as «graves consequências para as mulheres do flagelo do aborto clandestino e das complicações com que chegam aos hospitais públicos».
Lamentando esse silêncio de Correia de Campos, que não se defendeu da acusação no decurso do debate, Bernardino Soares insistiu em lembrar, ainda – citando dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) - , que tratar as complicações do aborto clandestino tem um custo cinco vezes superior à interrupção da gravidez feita com segurança em unidades de saúde.
«Valha-nos o Professor Albino Aroso que esclareceu oportunamente que a maioria das interrupções de gravidez podem fazer-se recorrendo a medicamentos, como a pílula RU486, em relação à qual esta Assembleia recomendou em tempo ao Governo, por proposta do PCP, que diligenciasse no sentido da sua disponibilidade em hospitais públicos», afirmou o líder parlamentar comunista, desmontando assim a questão dos alegados custos, outra das falácias em que assenta a campanha dos que não querem ver alterada a lei.