Em matéria de saúde, as coisas vão de mal a pior. As más notícias sucedem-se. O anúncio de qualquer nova medida é recebido com cepticismo e receio. Dado por certo é já que não há decisão que não se destine a agravar as condições de acesso aos cuidados de saúde. O Governo, que se diz de esquerda, mas que faz o que a direita aplaude, por este caminho – e não falta muito -, não se livra de ficar conhecido como o que mais fez para ser o coveiro do sistema que garante o direito constitucional à saúde dos portugueses.
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O Governo não conseguiu provar que nenhuma das alegadas «reestruturações» na política de saúde, eufemismo com que dá cobertura à sua sanha destruidora, resulta em benefício das populações.
Dos 176 pontos da rede de urgência existentes em 2003, caso se concretizem as medidas anunciadas pelo Governo, o País passará a dispor de 83, ou seja, encerram 93 pontos fixos de urgência.
Ao distanciar cada vez mais as populações das unidades de saúde, como a realidade tem vindo a demonstrar, o resultado dessa opção só pode redundar em prejuízo dos que carecem de cuidados.
Depois da crítica demolidora do PCP ao Governo pela sua política de saúde, já no período regimental de votações, o Parlamento aprovou por unanimidade um projecto de resolução que recomenda a adopção de medidas para a expansão do consumo de genéricos.
O Ministro da Saúde fugiu a importantes questões que lhe foram colocadas pelo PCP. Muito notada, em particular, foi a ausência de qualquer referência sobre o pedido de fiscalização de constitucionalidade das novas taxas moderadoras, em internamento e cirurgia. O governante, em debate anterior, afirmou que iria solicitar...
Estava o presidente da bancada comunista a desenvolver a sua linha de raciocínio em torno da necessidade de uma outra política para o medicamento, dando exemplos concretos de medidas que poderiam inclusivamente garantir uma assinalável poupança, quando, sem que ninguém o esperasse – e a propósito de custos - acusou o...
Outra acusação de que o Ministro foi alvo no decurso da interpelação tem a ver com a sua tentativa de utilizar os profissionais de saúde como bodes expiatórios por todos os males do SNS. Esta é uma linha de ataque que se insere no quadro de uma intensa ofensiva que inclui a destruição das carreiras profissionais e a...