PCP condena intervenção militar norte-americana

Agressão à Somália é «terrorismo de Estado»

O PCP condenou, no passado dia 11, a agressão militar dos Estados Unidos contra a Somália, e expressou solidariedade para com os povos em luta contra o subdesenvolvimento e o neocolonialismo.

«O PCP exige que o governo português condene os ataques»

Para o Secretariado do Comité Central do PCP, esta agressão configura um «inaceitável acto de terrorismo de Estado, que já provocou dezenas de mortes de civis e representa a abertura de uma nova frente de guerra imperialista na região envolvente do Médio Oriente».
O PCP lembra que mais uma vez a administração norte-americana age «em claro desrespeito pelos mais elementares direitos dos povos e do direito internacional». O suposto «combate ao terrorismo» não passa de uma justificação para «intensificar as manobras neocolonialistas na região relacionadas com o controlo das suas riquezas naturais, especialmente do petróleo». O Secretariado do CC do PCP condena ainda a invasão da Somália por tropas etíopes, realizada «com o apoio aberto dos EUA, no quadro da ofensiva norte-americana na região».
Os comunistas não esquecem a «dramática situação humanitária em que se encontram as populações dos dois países africanos envolvidos no conflito e denuncia a responsabilidade histórica das principais potências imperialistas na manutenção de situações de autêntica catástrofe social no continente africano». Em sua opinião, esta situação é propícia à instrumentalização pelas grandes potências – nomeadamente com o conceito de «Estado falhado» – e à eclosão de conflitos militares.
Do Governo português, a direcção do PCP reclama uma tomada de posição firme de «condenação e de exigência do fim imediato dos ataques norte-americanos; de retirada das tropas etíopes da Somália e de defesa de uma solução política que passe, obrigatoriamente, pelo respeito da soberania dos dois países e povos e pelo apoio ao seu desenvolvimento económico e social».
Na nota, os comunistas expressam ainda a sua solidariedade aos povos e às forças progressistas que no continente africano lutam para vencer os flagelos do subdesenvolvimento e do neocolonialismo.


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