Mineiros foram à porta de Sócrates
Representantes sindicais dos mineiros deslocaram-se a São Bento, em Lisboa, na manhã de Natal, a fim de sensibilizar Sócrates para incumprimentos de garantias assumidas pela Eurozinc.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa destacou as consequências negativas para as pequenas empresas do aumento dos custos da energia eléctrica e dos combustíveis. A confirmarem-se os aumentos anunciados das tarifas eléctricas para os consumidores não domé
Em declarações à Lusa, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, Carlos Formoso, afirmou que a acção se destinou a exigir um justo aumento salarial – ganham 500 euros mensais - e a redução dos períodos de trabalho no fundo da mina. O horários em vigor «são ilegais» à luz da Lei, devido às horas em excesso que põem em causa a segurança dos mineiros.
Outra reivindicação central é a exigência do cumprimento dos compromissos assumidos pela Eurozinc, nomeadamente a retoma normal da laboração no próximo ano, uma vez que os mineiros têm passado o ano em trabalhos de manutenção.
Se as reivindicações não forem satisfeitas até dia 6, efectuar-se-á um plenário e está agendada uma greve para 9 de Janeiro.
Não há inspecção
A delegação fez saber que as organizações representativas dos trabalhadores solicitaram a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho, mas um responsável daquele organismo, em Beja, ter-lhes-á respondido que não tinha gente especializada para fiscalizar a situação nas minas de Aljustrel, situação que o dirigente sindical considerou inadmissível.
Além disso, Carlos Formoso salientou que a Lei obriga que a mina tenha duas saídas de emergência, mas a de Aljustrel «apenas tem uma por falta de pessoal necessário para a segunda».
Outra agravante das condições de segurança é que o empreiteiro incumbido dos trabalhos de preparação da mina, a EPOS, tem efectuado detonações quando estão lá dentro trabalhadores, situação que a Lei também proíbe.
Por outro lado, enquanto os 47 mineiros com vínculo à proprietária, Pirites Alentejanas, efectuam trabalhos de manutenção, a EPOS terá contratado trabalhadores que cumprem turnos de dez horas, enquanto os primeiros fazem as oito, que são o máximo admitido por Lei.
«A revolta é muita e a injustiça tremenda», afirmou Carlos Formoso.
A Eurozinc também se comprometeu a investir um mínimo de 600 mil euros anuais para as explorações em Portugal.
Outra reivindicação central é a exigência do cumprimento dos compromissos assumidos pela Eurozinc, nomeadamente a retoma normal da laboração no próximo ano, uma vez que os mineiros têm passado o ano em trabalhos de manutenção.
Se as reivindicações não forem satisfeitas até dia 6, efectuar-se-á um plenário e está agendada uma greve para 9 de Janeiro.
Não há inspecção
A delegação fez saber que as organizações representativas dos trabalhadores solicitaram a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho, mas um responsável daquele organismo, em Beja, ter-lhes-á respondido que não tinha gente especializada para fiscalizar a situação nas minas de Aljustrel, situação que o dirigente sindical considerou inadmissível.
Além disso, Carlos Formoso salientou que a Lei obriga que a mina tenha duas saídas de emergência, mas a de Aljustrel «apenas tem uma por falta de pessoal necessário para a segunda».
Outra agravante das condições de segurança é que o empreiteiro incumbido dos trabalhos de preparação da mina, a EPOS, tem efectuado detonações quando estão lá dentro trabalhadores, situação que a Lei também proíbe.
Por outro lado, enquanto os 47 mineiros com vínculo à proprietária, Pirites Alentejanas, efectuam trabalhos de manutenção, a EPOS terá contratado trabalhadores que cumprem turnos de dez horas, enquanto os primeiros fazem as oito, que são o máximo admitido por Lei.
«A revolta é muita e a injustiça tremenda», afirmou Carlos Formoso.
A Eurozinc também se comprometeu a investir um mínimo de 600 mil euros anuais para as explorações em Portugal.