CDU acusa maioria PSD/CDS-PP

«Um ano de retrocesso para a cidade do Porto»

Decorrido um ano após a tomada de posse dos actuais órgãos autárquicos, os eleitos da CDU do Porto fizeram o balanço da actividade desenvolvida e perspectivaram o futuro.

Liderança da contestação às políticas mais negativas do PSD/CDS-PP

«Arrogância e prepotência inerentes à tentativa de transformação de uma maioria absoluta num poder absoluto», «promoção da concessão/privatização de serviços e equipamentos municipais», «ineficácia na implementação das políticas municipais», «fracasso acentuado na implementação das políticas sociais» e «convergência com as políticas economicistas do Governo que, objectivamente, têm prejudicado o Porto e a sua população», são estes os traços caracterizadores, segundo a CDU, do primeiro ano de mandato de Rui Rio, presidente da autarquia, e da coligação CDS/PP.
Em comunicado emitido no final das Jornadas Autárquicas da CDU do Porto, que se realizou este sábado, os eleitos do PCP valorizaram ainda o seu projecto e o trabalho do seu vereador.
«A CDU manteve, durante este primeiro ano, a liderança da contestação às políticas mais negativas da coligação PSD/CDS-PP, na apresentação de propostas concretas, no levantamento e na denúncia dos problemas com que a cidade a e população se debatem», afirma o documento, dando a conhecer que, com apenas um vereador e quatro deputados municipais, a CDU atendeu no seu gabinete 546 munícipes, elaborou 164 requerimentos, realizou 27 visitas, apresentou 22 propostas de deliberação/moção nos períodos de antes da ordem do dia das reuniões da Câmara e sete moções em apenas cinco reuniões ordinárias da Assembleia Municipal.
Os eleitos da CDU realizaram ainda inúmeras conferências e notas de imprensa sobre problemas cadentes da cidade, distribuíram diversos comunicados, agendaram reuniões extraordinárias da Câmara Municipal e realizaram, em conjunto com os deputados do PCP, eleitos no distrito do Porto, três «Mandatos Abertos» na cidade, abordando temas como a segurança, 3.ª idade, mobilidade, saúde e educação.

Construir a alternativa

Esta actividade não tem qualquer paralelo com a actividade desenvolvida pelas outras forças políticas.
«O PS continua a ter uma intervenção meramente pontual, baseada e limitada a intervenções nos órgãos autárquicos, com contactos meramente esporádicos com as populações, minada pelas divisões internas e entre os vereadores e os deputados municipais e fragilizada pelas semelhanças que, em muitos aspectos, as políticas de Rui Rio têm com as políticas de Sócrates», constatam os eleitos comunistas, acrescentando que o BE, «reduz-se a umas tomadas de posição desgarradas, com fragilidades evidentes ao nível da assunção das próprias responsabilidades».
Esta constatação não impede a CDU de, em torno de questões concretas, defender e trabalhar no sentido da convergência das forças políticas de oposição à coligação PSD/CDS-PP.
«O combate ao Regulamento de Propaganda, a resistência à prepotência da forma como se queria transformar os SMAS em empresa municipal, a contestação à privatização do Rivoli são alguns exemplos de que essa convergência é possível e positiva para a geração de sinergias à contestação das políticas da coligação PSD/CDS-PP», lê-se no documento distribuído aos jornalistas.
Com o objectivo de construir uma alternativa à gestão PSD/CDS-PP a CDU irá realizar, durante o próximo ano, um conjunto de debates temáticos sobre importantes problemas da cidade, convidando para intervir nos mesmos personalidades e instituições de reconhecido mérito. De entre os temas a abordar a política de habitação social, a cultura, os transportes, o associativismo e a segurança.


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