Com fortes razões
Com os motivos próprios de cada sector e empresa e com as razões fortes que são comuns a todos os trabalhadores, o movimento sindical unitário prepara uma grande mobilização para a manifestação nacional de 12 de Outubro.
Por todo o País, as estruturas sindicais preparam uma grande participação de trabalhadores no dia 12
Dezenas de milhares de trabalhadores de todo o País e dos diferentes sectores de actividade são esperados na quinta-feira, dia 12, em Lisboa, para participarem no Protesto Geral, promovido pela CGTP-IN, que coloca à cabeça das reivindicações o combate contra as propostas do Governo, na chamada «reforma» da Segurança Social, que apontam para a redução das pensões e o aumento da idade de reforma.
Nos objectivos desta jornada – referidos no manifesto em ampla distribuição –, a central inclui ainda a exigência de criação de emprego com direitos, a resposta às «reformas» na Administração Pública, o respeito pelo direito à contratação colectiva, um crescimento real dos salários (principalmente os mais baixos, incluindo o salário mínimo). Em síntese, «as lutas dos trabalhadores têm de exigir uma efectiva mudança de políticas», salienta a Inter, que refere este Protesto Geral como sendo «de todos e para obrigar a resolver os problemas de cada um de nós, de cada trabalhador».
A CGTP-IN nota que «há cinco anos seguidos que Portugal se afasta do nível de vida da União Europeia», o que resulta «da política dos sucessivos governos, nas últimas décadas, com ataques sistemáticos aos direitos dos trabalhadores e uma quebra acentuada das políticas sociais». Rejeitando «políticas de retrocesso e de dependência económica», a central reafirma que «há alternativas», com outras políticas, apontadas para «o aumento da produtividade, assente na valorização da escola pública, na qualificação dos trabalhadores e na valorização do trabalho»; políticas que cimentem «o investimento, na produção activa e na reconstrução do tecido produtivo nacional, em serviços públicos de qualidade e numa Administração Pública dignificada e eficiente».
Reclama a CGTP-IN «uma estratégia de desenvolvimento económico e social, com os trabalhadores e os seus sindicatos, motivando a sua participação e empenho na procura de soluções solidárias para o País». Exige ainda «mais emprego e menos precariedade, com valorização da negociação colectiva, com justiça social».
Esclarecer
e mobilizar
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa aponta a situação laboral e social do sector como primeiro motivo para participar no Protesto Geral, e acusa o Governo de favorecer o boicote patronal à contratação colectiva, os congelamentos e as insuficientes actualizações salariais, a falta de pagamento pontual de salários, a redução de postos de trabalho, o encerramento de empresas e a instabilidade laboral – resultando esta da repressão, da precariedade, do endividamento das famílias, com as empresas a tentarem passar por cima dos direitos dos trabalhadores.
Para este sector foi emitido pré-aviso de greve, de forma a melhor permitir a deslocação de trabalhadores a Lisboa. O mesmo está anunciado noutras áreas, como as indústrias eléctricas ou os caminhos-de-ferro.
Plenários de trabalhadores e distribuição de documentos, à porta de empresas ou em locais de maior concentração ou circulação de pessoas, estão entre as formas de esclarecimento e mobilização para a jornada de dia 12. Para a cidade do Porto, por exemplo, a União dos Sindicatos do distrito (que anunciou como objectivo a deslocação de cinco mil pessoas para o Protesto Geral) marcou para a passada sexta-feira uma distribuição a abranger as praças da República, da Batalha, da Liberdade e do Marquês de Pombal, a rotunda da Boavista e as estações de Campanhã, da Trindade e de S. Bento.
Nos objectivos desta jornada – referidos no manifesto em ampla distribuição –, a central inclui ainda a exigência de criação de emprego com direitos, a resposta às «reformas» na Administração Pública, o respeito pelo direito à contratação colectiva, um crescimento real dos salários (principalmente os mais baixos, incluindo o salário mínimo). Em síntese, «as lutas dos trabalhadores têm de exigir uma efectiva mudança de políticas», salienta a Inter, que refere este Protesto Geral como sendo «de todos e para obrigar a resolver os problemas de cada um de nós, de cada trabalhador».
A CGTP-IN nota que «há cinco anos seguidos que Portugal se afasta do nível de vida da União Europeia», o que resulta «da política dos sucessivos governos, nas últimas décadas, com ataques sistemáticos aos direitos dos trabalhadores e uma quebra acentuada das políticas sociais». Rejeitando «políticas de retrocesso e de dependência económica», a central reafirma que «há alternativas», com outras políticas, apontadas para «o aumento da produtividade, assente na valorização da escola pública, na qualificação dos trabalhadores e na valorização do trabalho»; políticas que cimentem «o investimento, na produção activa e na reconstrução do tecido produtivo nacional, em serviços públicos de qualidade e numa Administração Pública dignificada e eficiente».
Reclama a CGTP-IN «uma estratégia de desenvolvimento económico e social, com os trabalhadores e os seus sindicatos, motivando a sua participação e empenho na procura de soluções solidárias para o País». Exige ainda «mais emprego e menos precariedade, com valorização da negociação colectiva, com justiça social».
Esclarecer
e mobilizar
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa aponta a situação laboral e social do sector como primeiro motivo para participar no Protesto Geral, e acusa o Governo de favorecer o boicote patronal à contratação colectiva, os congelamentos e as insuficientes actualizações salariais, a falta de pagamento pontual de salários, a redução de postos de trabalho, o encerramento de empresas e a instabilidade laboral – resultando esta da repressão, da precariedade, do endividamento das famílias, com as empresas a tentarem passar por cima dos direitos dos trabalhadores.
Para este sector foi emitido pré-aviso de greve, de forma a melhor permitir a deslocação de trabalhadores a Lisboa. O mesmo está anunciado noutras áreas, como as indústrias eléctricas ou os caminhos-de-ferro.
Plenários de trabalhadores e distribuição de documentos, à porta de empresas ou em locais de maior concentração ou circulação de pessoas, estão entre as formas de esclarecimento e mobilização para a jornada de dia 12. Para a cidade do Porto, por exemplo, a União dos Sindicatos do distrito (que anunciou como objectivo a deslocação de cinco mil pessoas para o Protesto Geral) marcou para a passada sexta-feira uma distribuição a abranger as praças da República, da Batalha, da Liberdade e do Marquês de Pombal, a rotunda da Boavista e as estações de Campanhã, da Trindade e de S. Bento.