Os Loureiros e outros figurões
Esta semana aconteceram passos na resolução aparente de dois intermináveis folhetins do país futebolístico – o «caso Mateus» e a tomada de posse da nova Direcção da Liga - e que, goste-se ou não, constituem elementos de inevitável actualidade social e política e, em si mesmos, paradigma do estado a que chegou o processo de expropriação capitalista do desporto-futebol e da sua instrumentalização como factor de domínio do poder económico e elemento de alienação e controlo ideológico de massas.
Sobre o «caso Mateus» vale dizer que, mais que o desvario e a «clubite», empurrados por interesses diversos e obscuros, e para além do indulgente «interesse público» no «andamento normal dos campeonatos profissionais», sobra o incontornável problema de que a FIFA, confederação internacional do grande capital para o futebol, chantageou miseravelmente os clubes, a selecção e o que isso implica, e fez prevalecer a norma de que, nesta matéria, o direito irrenunciável de qualquer cidadão ou instituição de recurso aos tribunais, sucumbe perante as decisões da referida associação patronal mundial. E este é um problema relevante que convoca para a afirmação do primado da soberania e da Lei Constitucional.
Sobre a meia rotação de Loureiros na Liga do grande patronato do pontapé na bola, vale dizer que o Loureiro Valentim, que foi 14 anos Presidente e agora sai para a Ass. Geral, deixa a sua marca profunda na instituição e no futebol - a corrupção generalizada dos negócios e da verdade desportiva, a suspeição de todos os crimes económicos (e outros) do Código, tráfico de influências e financiamento partidário oculto, etc. – e que a entrada do Loureiro Hermínio faz temer a continuação da mesma gesta e interesses e seguramente da mesma família política.
J.A.Saraiva, no SOL, identifica o perigo da perda de crédito do futebol, mas a questão é outra, é que o futebol-associativismo desportivo foi tomado de assalto por aventureiros, conforme os métodos criminógenos que Marx estudou n’«O Capital» ao definir a «acumulação original», mas estes rapidamente se tornaram nos figurões da banca e dos grandes interesses, onde a falência dos clubes e a verdade desportiva são incidentes de percurso nos milhões dos negócios das transferências, da televisão por cabo, da publicidade, das apostas, do turismo, etc..
Este Governo, claro, não se quer ver «envolvido nestas coisas», ainda que – coincidência - a abertura do telejornal sobre o «apito dourado» é bem melhor para a «retoma» fictícia que a deslocalização da Jonhson, da Opel...
Sobre o «caso Mateus» vale dizer que, mais que o desvario e a «clubite», empurrados por interesses diversos e obscuros, e para além do indulgente «interesse público» no «andamento normal dos campeonatos profissionais», sobra o incontornável problema de que a FIFA, confederação internacional do grande capital para o futebol, chantageou miseravelmente os clubes, a selecção e o que isso implica, e fez prevalecer a norma de que, nesta matéria, o direito irrenunciável de qualquer cidadão ou instituição de recurso aos tribunais, sucumbe perante as decisões da referida associação patronal mundial. E este é um problema relevante que convoca para a afirmação do primado da soberania e da Lei Constitucional.
Sobre a meia rotação de Loureiros na Liga do grande patronato do pontapé na bola, vale dizer que o Loureiro Valentim, que foi 14 anos Presidente e agora sai para a Ass. Geral, deixa a sua marca profunda na instituição e no futebol - a corrupção generalizada dos negócios e da verdade desportiva, a suspeição de todos os crimes económicos (e outros) do Código, tráfico de influências e financiamento partidário oculto, etc. – e que a entrada do Loureiro Hermínio faz temer a continuação da mesma gesta e interesses e seguramente da mesma família política.
J.A.Saraiva, no SOL, identifica o perigo da perda de crédito do futebol, mas a questão é outra, é que o futebol-associativismo desportivo foi tomado de assalto por aventureiros, conforme os métodos criminógenos que Marx estudou n’«O Capital» ao definir a «acumulação original», mas estes rapidamente se tornaram nos figurões da banca e dos grandes interesses, onde a falência dos clubes e a verdade desportiva são incidentes de percurso nos milhões dos negócios das transferências, da televisão por cabo, da publicidade, das apostas, do turismo, etc..
Este Governo, claro, não se quer ver «envolvido nestas coisas», ainda que – coincidência - a abertura do telejornal sobre o «apito dourado» é bem melhor para a «retoma» fictícia que a deslocalização da Jonhson, da Opel...