«Nem fábrica de precários nem escola de elites. Bolonha não», lia-se numa das faixas que os estudantes da Universidade de Coimbra colocaram junto à Porta Férrea da instituição, numa concentração contra a aplicação do Processo de Bolonha, na quarta-feira da semana passada.
O protesto – aprovado no início da semana pela Assembleia Magna dos estudantes – realizou-se ao mesmo tempo que decorria uma reunião do Senado que debatia a aplicação das alterações na universidade. «É tudo uma vergonha, propinas e Bolonha», gritavam em coro os manifestantes.
«Temos muitas reticências relativamente a Bolonha, porque o processo abre caminho à privatização do ensino superior, com o aumento de propinas no segundo ciclo e o défice de formação no primeiro ciclo», afirmou à agência Lusa João Reis, autor da moção que propôs a concentração.
Estão previstas para Outubro quatro reuniões do Senado de carácter extraordinário para aprovar a reestruturação de 60 cursos de acordo com o Processo de Bolonha. As propostas devem ser entregues até Novembro à Direcção-Geral do Ensino Superior. A Universidade de Coimbra já adaptou as licenciaturas de Psicologia e de Engenharia Informática.