JCP assinala Dia Internacional da Paz

As guerras não são inevitáveis

A JCP assinalou o Dia Internacional da Paz, comemorado a 21 de Setembro, com acções em todo o País. A organização destaca que a paz será o resultado da luta dos povos.

Os mai­ores crimes são pra­ti­cados pelas forças im­pe­ri­a­listas

Várias organizações da JCP mobilizaram-se para elaborar panfletos próprios e distribuírem-nos na rua. Foi o que aconteceu em Lisboa, Coimbra, Algarve, Santarém, Torres Novas, Viseu e Évora. Estas acções passaram por escolas do ensino secundário, universidades, principais ruas e praças das cidades, feiras, centros comerciais e locais de concentração juvenil. Realizou-se ainda um debate em Santarém e outro está agendado para Braga.
«Um mundo em guerra não é uma inevitabilidade», afirma o Secretariado da JCP, em nota de imprensa. «O incremento da violência do imperialismo é expressão das suas fraquezas e contradições insanáveis. Um mundo de paz passa pela superação do capitalismo e pela construção do socialismo», salienta, defendendo que «será a luta dos povos que acabará com as guerras e construirá um mundo de paz».
«A humanidade está hoje confrontada com um mundo mais violento e agressivo. A necessidade do capital e dos governos ao seu serviço garantirem os interesses das grandes multinacionais – nomeadamente os interesses geo-estratégicos e de domínio das principais matérias-primas (alimentando a poderosa e lucrativa indústria de armamento) – tem sido a causa de todas estas guerras e conflitos e promotora de acções destabilizadoras por todo o mundo», analisam os jovens comunistas.
«A situação no Médio Oriente é dramática. O imperialismo norte-americano e israelita é responsável pelo assassinato e fuga de milhares de pessoas e pela destruição de infra-estruturas dos países desta região todos os dias», considera a JCP, fazendo referência às agressões à Palestina e ao Líbano, a desestabilização do Iraque e Afeganistão e a imposição de «democracias» fantoche e as provocações e ameaças à Síria e ao Irão. O objectivo é desestabilizar a região para tornar possível o controlo político sobre ela e sobre as suas riquezas.
O Secretariado acusa as forças imperialistas de confundirem propositadamente «terrorismo com o legítimo direito dos povos à defesa e à resistência». «Procuram aniquilar qualquer forma de resistência dos povos aos seus objectivos de dominação e exploração e destruir as organizações patrióticas, progressistas e comunistas. Este ataque assume diferentes níveis e expressões em cada país, mas tem como vectores comuns o desrespeito pela democracia, pelas liberdades fundamentais dos cidadãos e pelos direitos humanos. Exemplo disto é o ataque desferido às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ao abrigo do combate ao narcotráfico ou a tentativa de ilegalização da Juventude Comunista da República Checa (KSM)», considera.
«Os maiores crimes contra a humanidade foram e são praticados pelas forças imperialistas, por aqueles que dizem agora combater o terrorismo, pelos governos dos EUA e Israel, pela postura conivente dos estados europeus, pela instrumentalização da ONU. É preciso denunciar o uso de armas não convencionais por Israel na agressão contra o Líbano, os campos de tortura norte-americanos, como o de Guantanamo, os voos ilegais da CIA transportando presos raptados de todo o mundo para serem torturados», sustenta a JCP.
«O caminho é, necessariamente, a luta dos povos e a solidariedade internacionalista.
Foi a luta dos povos que impediu o nazi-fascismo de sair vencedor na II Guerra Mundial. É a luta do povo palestiniano, libanês, iraquiano e afegão que impede o imperialismo de impor a sua ordem no Médio Oriente. É a luta e determinação do povo em trilhar o seu caminho livre e independente que permite a existência de países que não se aceitam submeter ao capitalismo e que são um obstáculo às pretensões hegemónicas do imperialismo como R.P.D. Coreia, China, Cuba, Vietname, Laos, e também na Venezuela, Bolívia, entre outros e, por isso, países defensores da paz», salienta o Secretariado.


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