No 50.º aniversário da fundação do partido

Comunistas saúdam PAIGC

Na passagem dos 50 anos da fundação do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o PCP enviou ao comité central do PAIGC uma saudação que a seguir publicamos na íntegra.
«Queridos camaradas,
«Em nome dos comunistas portugueses e certos de interpretar os sentimentos de quantos em Portugal foram e são solidários com a luta libertadora do povo da Guiné-Bissau e dos povos de todas as antigas colónias portuguesas transmitimo-vos, no momento em que celebrais o 50.º aniversário da fundação do PAIGC, as mais calorosas e fraternais saudações. Formulamos também os melhores votos à acção que, em condições particularmente difíceis e complexas, desenvolveis em defesa dos interesses do povo trabalhador guineense, pelo progresso social, a democracia e a soberania nacional da República da Guiné-Bissau.
«Esta é uma data histórica para o povo da Guiné-Bissau que, obrigado a pegar em armas contra o colonialismo explorador e opressor e através de uma luta heróica conduzida pelo PAIGC, afirmou na prática o direito a construir o seu próprio destino. Mas é-o também para o povo português. Como repetidamente afirmou o saudoso Amílcar Cabral, fundador do PAIGC e guia da extraordinária guerra de libertação que conduziu à audaciosa proclamação, em Medina do Boé, da independência da Guiné-Bissau, o povo guineense e o povo português eram aliados na luta contra o colonialismo e o fascismo e, na verdade, a revolução de 25 de Abril de 1974, sendo obra dos trabalhadores e do povo português, é inseparável da luta do povo da Guiné-Bissau e demais povos submetidos ao jugo colonial. Os laços de profunda amizade, cooperação e solidariedade que sempre existiram entre o PCP e o PAIGC, laços internacionalistas de que muito nos orgulhamos, assentam precisamente na identidade fundamental de interesses e aspirações dos nossos povos na luta pelo progresso social e a paz, contra o colonialismo e o imperialismo.
«Nos cinquenta anos passados desde a fundação do PAIGC produziram-se grandes e tumultuosas mudanças na Guiné-Bissau, em Portugal e no mundo. A grandes avanços libertadores em África e no plano mundial sucederam-se grandes recuos e derrotas. Com o desaparecimento da União Soviética, as forças do grande capital e do imperialismo, que nunca se conformaram com a onda de libertação que percorreu todo o continente africano, tornaram-se mais ambiciosas e agressivas. Aprofundaram-se numa escala sem precedentes as injustiças e desigualdades sociais e o fosso entre países ricos e países pobres. As políticas de agressão e guerra imperialistas colocam grandes perigos para toda a Humanidade.
«Por isso consideramos mais necessário do que nunca o desenvolvimento das relações de solidariedade e cooperação entre todas as forças que aspiram a um mundo mais digno, mais pacífico e mais justo. O PCP não só deseja preservar as suas tradicionais relações de profunda amizade com o PAIGC, como quer desenvolve-las e aprofundá-las no interesse dos nossos dois povos e países e da causa universal da paz e da amizade entre todos os povos do mundo.
«Reiterando votos de melhores sucessos ao PAIGC e à sua luta em prol do povo da Guiné-Bissau, enviamo-vos, queridos camaradas, as nossas fraternais saudações.
«Viva o 50º aniversário do PAIGC!
«Viva a amizade entre o PCP e o PAIGC!
«Viva a amizade entre o povo português e o povo guineense!

Lisboa, Setembro de 2006
O Comité Central do Partido Comunista Português»


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