Ciclo de Doha suspenso
As negociações entre os seis principais actores da Organização Mundial do Comércio,
Austrália, Brasil, Estados Unidos, Índia, Japão e União Europeia, o chamado G-6, fracassaram na segunda-feira, 24, e não serão retomadas no final da semana como estava previsto.
O director geral da OMC, Pascal Lamy, recomendou aos 149 países membros da organização a «suspensão das negociações» comerciais do ciclo de Doha, aberto em 2001 na capital do Qatar e cuja conclusão era apontada para antes do final do ano.
Sobre o eventual reinício das negociações, Lamy declarou que tal só acontecerá «quando os países membros estiverem prontos para jogar o jogo». «É claro que a bola está agora do lado deles».
A União Europeia, os Estados Unidos e os países emergentes acusaram-se mutuamente pelo fracasso da reunião. Para o comissário europeu do Comércio, a responsabilidade recai sobre os Estados Unidos, devido à sua recusa de reduzir as subvenções agrícolas. Segundo Peter Mandelson, Washington «preferiu suspender as negociações comerciais nesta fase», atitude que «a União Europeia lamenta profundamente».
Por seu turno, a representante dos EUA, Susan Schwab, afirmou que a sua posição se manteve, exigindo uma maior abertura dos mercados terceiros às exportações agrícolas americanas.
Este argumento foi refutado por Mandelson que lembrou que a UE estava disposta a baixar para metade os direitos aduaneiros neste domínio e retirar parte das exigências no que respeita à protecção de produtos sensíveis.
Fracasso total
Para a ministra delegada do comércio exterior de França, Christine Lagarde, «uma suspensão sine die não está longe de ser um fracasso total». Neste quadro, afirmou, «não há nada a esperar no imediato», devendo os países apostar em «alternativas», ou seja, em «negociações plurilaterais de carácter regional».
Já segundo o ministro brasileiro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim, o fracasso das negociações configura uma situação que é «a mais próxima que podemos ter do desastre». O Brasil lidera um agrupo de países emergentes, o G20, que se tem batido pela redução das subvenções agrícolas e taxas aduaneiras nos países desenvolvidos.
Para além da liberalização do comércio agrícola, a ronda de Doha tem com objectivo a abertura dos mercados industrial e dos serviços.
Austrália, Brasil, Estados Unidos, Índia, Japão e União Europeia, o chamado G-6, fracassaram na segunda-feira, 24, e não serão retomadas no final da semana como estava previsto.
O director geral da OMC, Pascal Lamy, recomendou aos 149 países membros da organização a «suspensão das negociações» comerciais do ciclo de Doha, aberto em 2001 na capital do Qatar e cuja conclusão era apontada para antes do final do ano.
Sobre o eventual reinício das negociações, Lamy declarou que tal só acontecerá «quando os países membros estiverem prontos para jogar o jogo». «É claro que a bola está agora do lado deles».
A União Europeia, os Estados Unidos e os países emergentes acusaram-se mutuamente pelo fracasso da reunião. Para o comissário europeu do Comércio, a responsabilidade recai sobre os Estados Unidos, devido à sua recusa de reduzir as subvenções agrícolas. Segundo Peter Mandelson, Washington «preferiu suspender as negociações comerciais nesta fase», atitude que «a União Europeia lamenta profundamente».
Por seu turno, a representante dos EUA, Susan Schwab, afirmou que a sua posição se manteve, exigindo uma maior abertura dos mercados terceiros às exportações agrícolas americanas.
Este argumento foi refutado por Mandelson que lembrou que a UE estava disposta a baixar para metade os direitos aduaneiros neste domínio e retirar parte das exigências no que respeita à protecção de produtos sensíveis.
Fracasso total
Para a ministra delegada do comércio exterior de França, Christine Lagarde, «uma suspensão sine die não está longe de ser um fracasso total». Neste quadro, afirmou, «não há nada a esperar no imediato», devendo os países apostar em «alternativas», ou seja, em «negociações plurilaterais de carácter regional».
Já segundo o ministro brasileiro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim, o fracasso das negociações configura uma situação que é «a mais próxima que podemos ter do desastre». O Brasil lidera um agrupo de países emergentes, o G20, que se tem batido pela redução das subvenções agrícolas e taxas aduaneiras nos países desenvolvidos.
Para além da liberalização do comércio agrícola, a ronda de Doha tem com objectivo a abertura dos mercados industrial e dos serviços.