FARC buscam caminhos de paz
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia dirigiram uma missiva à União Europeia, em que consideram como «um lamentável erro» a inclusão da organização na lista dos grupos terroristas.
FARC reafirmam objectivo de libertar prisioneiros
A carta, endereçada na passada semana, dia 19, ao presidente em exercício da União Europeia, o finlandês Matti Vanhanem, recorda que a inclusão das FARC na lista do terrorismo, em Junho de 2002, coincidiu com a chegada ao poder na Colômbia de Álvaro Uribe Velez, cujas promessas de «devolver a tranquilidade e segurança» ao povo não se cumpriram.
Raul Reyes, chefe da Comissão Internacional das FARC, recorda que os últimos quatro anos foram «sangrentos», frisando que o seu país «não pode continuar condenado à guerra permanente».
«Aceitamos a solidariedade de governos sem condicionalismos bem chantagens e muito menos listas desqualificantes a pretexto da alegada luta contra o terrorismo».
Uma luta nacional
Recusando a classificação de «terrorista», Reyes afirma que «as FARC são um produto da guerra do Estado contra o nosso povo, mas são também um sujeito incontestável para a saída dialogada do conflito social e armado que hoje se desenvolve na Colômbia, por uma paz duradoura e com justiça social».
O texto, divulgado na Internet pela agência Anncol (www.anncol.org), frisa ainda que a luta política das FARC «é contra a oligarquia colombiana, a causa de todas as desigualdades sociais, económicas e políticas» e que, «fora das nossas fronteiras, a única missão é estabelecer relações diplomáticas com todos os governos do planeta, com os seus partidos políticos e organizações sociais e populares».
«A melhor maneira de ajudar ao objectivo da paz na Colômbia é conhecer os dois rostos do conflito», assinala Raul Reyes, que destaca «o interesse de alguns países da União Europeia em colaborar para a busca de caminhos que conduzam ao intercâmbio de prisioneiros, sistematicamente torpedeado pelo governo de Álvaro Uribe Velez».
Em Dezembro último, a França, Suíça e Espanha propuseram a criação de uma zona desmilitarizada no sudoeste da Colômbia para negociar, sob a supervisão internacional, a troca de prisioneiros de ambas as partes.
As FARC responderam positivamente solicitando que o Governo desmilitarizasse os departamentos de Caquetá e Putumayo, passo que até agora não foi dado.
Na carta à presidência europeia, Raul Reyes reafirma que as FARC persistem no seu propósito de «concretizar a libertação dos prisioneiros».
Raul Reyes, chefe da Comissão Internacional das FARC, recorda que os últimos quatro anos foram «sangrentos», frisando que o seu país «não pode continuar condenado à guerra permanente».
«Aceitamos a solidariedade de governos sem condicionalismos bem chantagens e muito menos listas desqualificantes a pretexto da alegada luta contra o terrorismo».
Uma luta nacional
Recusando a classificação de «terrorista», Reyes afirma que «as FARC são um produto da guerra do Estado contra o nosso povo, mas são também um sujeito incontestável para a saída dialogada do conflito social e armado que hoje se desenvolve na Colômbia, por uma paz duradoura e com justiça social».
O texto, divulgado na Internet pela agência Anncol (www.anncol.org), frisa ainda que a luta política das FARC «é contra a oligarquia colombiana, a causa de todas as desigualdades sociais, económicas e políticas» e que, «fora das nossas fronteiras, a única missão é estabelecer relações diplomáticas com todos os governos do planeta, com os seus partidos políticos e organizações sociais e populares».
«A melhor maneira de ajudar ao objectivo da paz na Colômbia é conhecer os dois rostos do conflito», assinala Raul Reyes, que destaca «o interesse de alguns países da União Europeia em colaborar para a busca de caminhos que conduzam ao intercâmbio de prisioneiros, sistematicamente torpedeado pelo governo de Álvaro Uribe Velez».
Em Dezembro último, a França, Suíça e Espanha propuseram a criação de uma zona desmilitarizada no sudoeste da Colômbia para negociar, sob a supervisão internacional, a troca de prisioneiros de ambas as partes.
As FARC responderam positivamente solicitando que o Governo desmilitarizasse os departamentos de Caquetá e Putumayo, passo que até agora não foi dado.
Na carta à presidência europeia, Raul Reyes reafirma que as FARC persistem no seu propósito de «concretizar a libertação dos prisioneiros».