Calar a discordância
O regulamento municipal sobre informação política, recentemente aprovado pela maioria de direita na Assembleia Municipal do Porto, tem como objectivo «calar todas as forças sociais que se opõem à política de direita», denunciou ao Avante! Belmiro Magalhães, membro da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP.
Dossier OFENSIVA CONTRA AS LIBERDADES
Invocando razões de ordem estética, o regulamento municipal (já aprovado mas que ainda não entrou em vigor, já que não foi ainda publicado em Diário da República) prevê a proibição de afixação de propaganda nas ruas da cidade. Ao mesmo tempo, nada diz acerca das estruturas próprias da autarquia, «na qual PSD e PP se auto-elogiam», acusou.
Porém, há já mais de dois anos que os serviços da Câmara Municipal do Porto retiram as estruturas de propaganda do Partido. Também os sindicatos e, mais recentemente, a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril viram a sua propaganda retirada pelos serviços. Para Belmiro Magalhães, as autarquias não têm sequer a capacidade para legislar acerca das formas e locais para a afixação de informação política.
O dirigente do PCP recordou o parecer da Comissão Nacional de Eleições, solicitado pelos comunistas, que considera o regulamento inconstitucional. Também o acórdão do Tribunal Constitucional sobre um regulamento análogo aprovado pelo Governo Regional da Madeira votava pela sua ilegalidade, lembrou.
Quando o regulamento entrar em vigor, divulgou Belmiro Magalhães, o PCP apresentará uma providência cautelar para impedir a sua aplicação. Se necessário, «iremos até ao Tribunal Constitucional». Mas a luta não é apenas jurídica e o dirigente regional do PCP lembrou a intensa luta travada na cidade contra o regulamento. O PCP promoveu um cordão humano em torno do edifício da câmara e levou a cabo, em finais do mês passado, a iniciativa «24 horas pela liberdade de expressão», que constou da colocação e defesa de estruturas próprias de propaganda. Para Belmiro Magalhães, esta é uma luta para continuar.
Porém, há já mais de dois anos que os serviços da Câmara Municipal do Porto retiram as estruturas de propaganda do Partido. Também os sindicatos e, mais recentemente, a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril viram a sua propaganda retirada pelos serviços. Para Belmiro Magalhães, as autarquias não têm sequer a capacidade para legislar acerca das formas e locais para a afixação de informação política.
O dirigente do PCP recordou o parecer da Comissão Nacional de Eleições, solicitado pelos comunistas, que considera o regulamento inconstitucional. Também o acórdão do Tribunal Constitucional sobre um regulamento análogo aprovado pelo Governo Regional da Madeira votava pela sua ilegalidade, lembrou.
Quando o regulamento entrar em vigor, divulgou Belmiro Magalhães, o PCP apresentará uma providência cautelar para impedir a sua aplicação. Se necessário, «iremos até ao Tribunal Constitucional». Mas a luta não é apenas jurídica e o dirigente regional do PCP lembrou a intensa luta travada na cidade contra o regulamento. O PCP promoveu um cordão humano em torno do edifício da câmara e levou a cabo, em finais do mês passado, a iniciativa «24 horas pela liberdade de expressão», que constou da colocação e defesa de estruturas próprias de propaganda. Para Belmiro Magalhães, esta é uma luta para continuar.