Combater por um Portugal mais justo
«Portugal precisa, o PCP propõe» esteve em Almada no passado dia 30, no salão da centenária Incrível Almadense. Jerónimo de Sousa apresentou as propostas do Partido para tirar o País da situação em que se encontra.
O futuro dos trabalhadores está na sua própria organização e luta
A noite era de sexta-feira e no concelho decidia-se a freguesia vencedora das marchas populares deste ano. Mas nada disto impediu que, de todo o concelho e de concelhos vizinhos, viesse gente encher por completo o salão daquela colectividade para ouvir as propostas do PCP para tirar Portugal da difícil situação que se encontra. Situação que, reafirmaram os comunistas, tem causas e tem responsáveis. E que tem também soluções.
Segundo o secretário-geral do PCP, esta campanha define a atitude de um partido que não desiste, denuncia situações e apresenta propostas. Para Jerónimo de Sousa, o PCP, «preocupado com o presente e o futuro, apresenta-se para dar resposta aos problemas e apela aos trabalhadores e ao povo dizendo-lhes que o seu futuro está nas suas próprias mãos, na força da sua organização e luta». A plateia concordou e prometeu: «A luta continua!»
Lembrando que «não tarda e está passado um ano e meio de Governo do PS», Jerónimo de Sousa denunciou que nenhum dos problemas do País conheceu qualquer evolução positiva. Pelo contrário, o que temos assistido é à «contínua exigência de sacrifícios para os trabalhadores e o povo sem que daí resulte a mínima contribuição para a solução dos verdadeiros problemas do País». Assim, permanece a destruição do aparelho produtivo nacional e agrava-se o défice da balança comercial, com todas as suas dramáticas consequências.
O secretário-geral do PCP destacou ainda o aumento do desemprego e da precariedade. Em sua opinião, são estes problemas essenciais que «urge resolver para garantir um Portugal mais desenvolvido e mais justo». É este o combate «que estará no centro das nossas preocupações» e da intervenção do Partido, confirmou Jerónimo de Sousa.
O País pode crescer
Tal como a situação do País não resulta de políticas avulsas, também a sua solução «não está dependente apenas desta ou daquela mudança pontual», mas sim da ruptura com a política de direita, destacou o secretário-geral do PCP. Para tal, há que cortar com a política que privilegia o apoio ao capital especulativo e aos seus mecanismos de exploração. É também preciso cortar com o «escandaloso processo de subordinação da economia nacional às necessidades dos grandes interesses».
«Há dias um jornal publicava um estudo das empresas cotadas na bolsa, 17 empresas do índice PSI 20. Os salários nessas 17 empresas não acompanhavam os valores da inflação (2,6 por cento), mas os lucros tiveram um crescimento médio de 56,6 por cento», denunciou o dirigente comunista. Em seguida, repudiou as afirmações do presidente do Banco Central Europeu, o «burocrata e monetarista Sr. Trichet», que «ao serviço do grande capital europeu, vem aconselhar Portugal à política de moderação salarial para garantir a competitividade da economia».
Jerónimo de Sousa avançou: «Não são nem podem ser os objectivos e interesses dos grupos económicos e das multinacionais que devem comandar a economia.» Por outro lado, o desenvolvimento económico deve ter como objectivos a melhoria do nível de vida dos portugueses, o pleno emprego e uma justa e equilibrada repartição da riqueza, defendeu.
Antes, Vítor Barata, do Comité Central e da direcção regional de Setúbal, realçou a importância de defender a Constituição da República, já que enquanto esta existir «está fora de questão ajeitarmos o seu conteúdo à lei da selva que dá pelo nome de globalização». Embora o País não seja dos mais ricos, prosseguiu, «tem potencialidades na área produtiva e gera suficiente riqueza para melhorar as condições de vida da generalidade do povo português. Ou não fosse Portugal o país da União Europeia com o maior fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
Segundo o secretário-geral do PCP, esta campanha define a atitude de um partido que não desiste, denuncia situações e apresenta propostas. Para Jerónimo de Sousa, o PCP, «preocupado com o presente e o futuro, apresenta-se para dar resposta aos problemas e apela aos trabalhadores e ao povo dizendo-lhes que o seu futuro está nas suas próprias mãos, na força da sua organização e luta». A plateia concordou e prometeu: «A luta continua!»
Lembrando que «não tarda e está passado um ano e meio de Governo do PS», Jerónimo de Sousa denunciou que nenhum dos problemas do País conheceu qualquer evolução positiva. Pelo contrário, o que temos assistido é à «contínua exigência de sacrifícios para os trabalhadores e o povo sem que daí resulte a mínima contribuição para a solução dos verdadeiros problemas do País». Assim, permanece a destruição do aparelho produtivo nacional e agrava-se o défice da balança comercial, com todas as suas dramáticas consequências.
O secretário-geral do PCP destacou ainda o aumento do desemprego e da precariedade. Em sua opinião, são estes problemas essenciais que «urge resolver para garantir um Portugal mais desenvolvido e mais justo». É este o combate «que estará no centro das nossas preocupações» e da intervenção do Partido, confirmou Jerónimo de Sousa.
O País pode crescer
Tal como a situação do País não resulta de políticas avulsas, também a sua solução «não está dependente apenas desta ou daquela mudança pontual», mas sim da ruptura com a política de direita, destacou o secretário-geral do PCP. Para tal, há que cortar com a política que privilegia o apoio ao capital especulativo e aos seus mecanismos de exploração. É também preciso cortar com o «escandaloso processo de subordinação da economia nacional às necessidades dos grandes interesses».
«Há dias um jornal publicava um estudo das empresas cotadas na bolsa, 17 empresas do índice PSI 20. Os salários nessas 17 empresas não acompanhavam os valores da inflação (2,6 por cento), mas os lucros tiveram um crescimento médio de 56,6 por cento», denunciou o dirigente comunista. Em seguida, repudiou as afirmações do presidente do Banco Central Europeu, o «burocrata e monetarista Sr. Trichet», que «ao serviço do grande capital europeu, vem aconselhar Portugal à política de moderação salarial para garantir a competitividade da economia».
Jerónimo de Sousa avançou: «Não são nem podem ser os objectivos e interesses dos grupos económicos e das multinacionais que devem comandar a economia.» Por outro lado, o desenvolvimento económico deve ter como objectivos a melhoria do nível de vida dos portugueses, o pleno emprego e uma justa e equilibrada repartição da riqueza, defendeu.
Antes, Vítor Barata, do Comité Central e da direcção regional de Setúbal, realçou a importância de defender a Constituição da República, já que enquanto esta existir «está fora de questão ajeitarmos o seu conteúdo à lei da selva que dá pelo nome de globalização». Embora o País não seja dos mais ricos, prosseguiu, «tem potencialidades na área produtiva e gera suficiente riqueza para melhorar as condições de vida da generalidade do povo português. Ou não fosse Portugal o país da União Europeia com o maior fosso entre os mais ricos e os mais pobres.