O anúncio dos resultados finais das eleições presidenciais realizadas no domingo no México estava previsto para o dia de ontem, depois do presidente do Instituto Federal Eleitoral anunciar na segunda-feira que a contagem rápida não permitia definir um vencedor.
O candidato conservador, Felipe Calderón, afirmou-se vitorioso, mas López Obrador pede uma contagem dos votos. O candidato apoiado pelo Partido da Revolução Democrática (PRD) afirmou só acatar o resultado se for feita uma «revisão de fundo» e se for comprovado que o escrutínio foi «livre» e «limpo».
«Qualquer candidato de qualquer partido tem o direito de revisar os documentos. Isso é o que vamos fazer», declarou Obrador, na segunda-feira. «De hoje até quarta-feira, teremos a oportunidade de obter todos os resultados, de rever o processo detalhadamente», acrescentou. Obrador afirmou ainda que «não houve equidade» nas eleições, lembrando que «nos meios de comunicação foram vistas muito mais mensagens» de Calderón.
«Chegámos à conclusão de que, no pior dos casos, teremos uma vantagem de 500 mil votos, o que equivale a mais de um ponto percentual na eleição», disse um assessores de Obrador.