A importância dos colectivos de base
Intervenção de Paulo Marques
Podemos ter uma organização muito estruturada, onde as tarefas estão bem distribuídas entre os vários camaradas do colectivo, onde no papel tudo parece bem organizado, mas se esse colectivo não intervém na realidade onde está inserido, se não desenvolve actividade, qual a sua razão de existir? Esta deve ser uma preocupação permanente dos nossos colectivos, deve orientar a nossa organização. Porque se por um lado não existe intervenção sem organização, a organização também não faz sentido sem a acção.
Desde o 7.º Congresso realizámos inúmeras iniciativas de âmbito nacional. Estas actividades tiveram a participação de milhares de jovens e contribuíram para o fortalecimento da nossa organização. Para além de terem conseguido potenciar a actividade das organizações regionais, estas iniciativas foram elas próprias importantes pelo seu âmbito, fortalecendo o carácter nacional da nossa organização.
Todas estas iniciativas são possíveis porque na JCP a palavra militância tem um valor central e porque mesmo nas situações mais exigentes o nosso colectivo consegue ir buscar forças onde elas quase não existem, porque a força das nossas convicções supera as dificuldades.
O nosso Congresso é uma demonstração dessa força, iniciativa ímpar na nossa organização, representa a capacidade de iniciativa da JCP, a força dos seus militantes. Superando distâncias, dificuldades específicas de cada local, construímos este congresso de que nos podemos orgulhar.
Se as iniciativas nacionais têm uma grande importância, a capacidade de iniciativa dos colectivos de base é decisiva. São os colectivos de base que estão intimamente ligados à realidade, mais em contacto com os problemas concretos que os jovens sentem. Dos camaradas que são delegados no nosso congresso e dos convidados que militam na nossa organização, quem ainda não se apercebeu que quando realizamos actividades sobre questões e problemas que se sentem num plano mais local a nossa capacidade de atracção é significativamente maior? Se numa determinada escola, empresa ou terra o colectivo da JCP faz uma iniciativa sobre um problema concreto a receptividade é totalmente diferente. Não podemos estar dependentes do documento nacional, da iniciativa central sobre este ou aquele tema.
Diversificar
Importante também é onde realizamos as iniciativas. Se por exemplo um determinado colectivo de escola organiza um debate, realizá-lo na escola ou no centro de trabalho, tem uma diferença bastante grande. Desenvolver a actividade da JCP nos locais onde os jovens estão, onde vivem, é sem dúvida uma forma de aproximar a JCP à juventude. Não existem dúvidas que muitas iniciativas nos centros de trabalho podem e devem ter um carácter de massas, mas a preocupação de fazer actividades para fora é algo que temos de ter em conta.
A diversidade de iniciativas que fazemos é fundamental. A juventude não é um todo homogéneo, não tem os mesmos gostos, as mesmas formas de viver. A capacidade da JCP para responder a essa heterogeneidade é importante. Temos vindo a desenvolver iniciativas de carácter mais popular e que têm contribuído para melhor conhecermos a realidade e aprofundar a nossa ligação. A realização do torneio nacional de futsal, os concursos de bandas, a organização de bailes, de iniciativas de animação de rua, de participação em festas populares, de murais e de acções deportavas, entre muitas outras, tem ajudado a diversificar a nossa intervenção. Não queremos falar das massas como chavão, porque é no concreto e na prática que se efectiva a nossa ligação a elas.
A regularidade das actividades é fulcral para a afirmação da JCP. Desenvolver iniciativas esporadicamente é totalmente diferente do que aparecer no dia-a-dia. E camaradas, é com grande orgulho que podemos afirmar que estar dia-a-dia ao lado dos jovens é um património só nosso!
Por vezes, quando planificamos o nosso trabalho, surgem camaradas que dizem que esta ou aquela iniciativa não é “digna”, porque já fizemos iniciativas melhores e com melhor preparação. Mas camaradas, se estivermos sempre à espera de fazer uma actividade perfeita, facilmente caímos no imobilismo. A actividade da JCP tem de ser diversificada, à medida das condições de cada momento e de cada situação, mas acima de tudo tem de ser regular, permanente, capaz de dar a resposta necessária a cada novo acontecimento.
Temos muito trabalho pela frente. As dificuldades com que se defronta a juventude são enormes, como espelham as intervenções dos vários camaradas. Mas temos de arregaçar as mangas porque não basta haver injustiças e insatisfação, é necessário que nós tenhamos capacidade para intervir e que a nossa acção seja capaz de atrair as massas ao nosso ideal. A regularidade, o tipo e a vitalidade com que intervimos será sem dúvida um dos factores decisivos para transformar o sonho em vida!
Podemos ter uma organização muito estruturada, onde as tarefas estão bem distribuídas entre os vários camaradas do colectivo, onde no papel tudo parece bem organizado, mas se esse colectivo não intervém na realidade onde está inserido, se não desenvolve actividade, qual a sua razão de existir? Esta deve ser uma preocupação permanente dos nossos colectivos, deve orientar a nossa organização. Porque se por um lado não existe intervenção sem organização, a organização também não faz sentido sem a acção.
Desde o 7.º Congresso realizámos inúmeras iniciativas de âmbito nacional. Estas actividades tiveram a participação de milhares de jovens e contribuíram para o fortalecimento da nossa organização. Para além de terem conseguido potenciar a actividade das organizações regionais, estas iniciativas foram elas próprias importantes pelo seu âmbito, fortalecendo o carácter nacional da nossa organização.
Todas estas iniciativas são possíveis porque na JCP a palavra militância tem um valor central e porque mesmo nas situações mais exigentes o nosso colectivo consegue ir buscar forças onde elas quase não existem, porque a força das nossas convicções supera as dificuldades.
O nosso Congresso é uma demonstração dessa força, iniciativa ímpar na nossa organização, representa a capacidade de iniciativa da JCP, a força dos seus militantes. Superando distâncias, dificuldades específicas de cada local, construímos este congresso de que nos podemos orgulhar.
Se as iniciativas nacionais têm uma grande importância, a capacidade de iniciativa dos colectivos de base é decisiva. São os colectivos de base que estão intimamente ligados à realidade, mais em contacto com os problemas concretos que os jovens sentem. Dos camaradas que são delegados no nosso congresso e dos convidados que militam na nossa organização, quem ainda não se apercebeu que quando realizamos actividades sobre questões e problemas que se sentem num plano mais local a nossa capacidade de atracção é significativamente maior? Se numa determinada escola, empresa ou terra o colectivo da JCP faz uma iniciativa sobre um problema concreto a receptividade é totalmente diferente. Não podemos estar dependentes do documento nacional, da iniciativa central sobre este ou aquele tema.
Diversificar
Importante também é onde realizamos as iniciativas. Se por exemplo um determinado colectivo de escola organiza um debate, realizá-lo na escola ou no centro de trabalho, tem uma diferença bastante grande. Desenvolver a actividade da JCP nos locais onde os jovens estão, onde vivem, é sem dúvida uma forma de aproximar a JCP à juventude. Não existem dúvidas que muitas iniciativas nos centros de trabalho podem e devem ter um carácter de massas, mas a preocupação de fazer actividades para fora é algo que temos de ter em conta.
A diversidade de iniciativas que fazemos é fundamental. A juventude não é um todo homogéneo, não tem os mesmos gostos, as mesmas formas de viver. A capacidade da JCP para responder a essa heterogeneidade é importante. Temos vindo a desenvolver iniciativas de carácter mais popular e que têm contribuído para melhor conhecermos a realidade e aprofundar a nossa ligação. A realização do torneio nacional de futsal, os concursos de bandas, a organização de bailes, de iniciativas de animação de rua, de participação em festas populares, de murais e de acções deportavas, entre muitas outras, tem ajudado a diversificar a nossa intervenção. Não queremos falar das massas como chavão, porque é no concreto e na prática que se efectiva a nossa ligação a elas.
A regularidade das actividades é fulcral para a afirmação da JCP. Desenvolver iniciativas esporadicamente é totalmente diferente do que aparecer no dia-a-dia. E camaradas, é com grande orgulho que podemos afirmar que estar dia-a-dia ao lado dos jovens é um património só nosso!
Por vezes, quando planificamos o nosso trabalho, surgem camaradas que dizem que esta ou aquela iniciativa não é “digna”, porque já fizemos iniciativas melhores e com melhor preparação. Mas camaradas, se estivermos sempre à espera de fazer uma actividade perfeita, facilmente caímos no imobilismo. A actividade da JCP tem de ser diversificada, à medida das condições de cada momento e de cada situação, mas acima de tudo tem de ser regular, permanente, capaz de dar a resposta necessária a cada novo acontecimento.
Temos muito trabalho pela frente. As dificuldades com que se defronta a juventude são enormes, como espelham as intervenções dos vários camaradas. Mas temos de arregaçar as mangas porque não basta haver injustiças e insatisfação, é necessário que nós tenhamos capacidade para intervir e que a nossa acção seja capaz de atrair as massas ao nosso ideal. A regularidade, o tipo e a vitalidade com que intervimos será sem dúvida um dos factores decisivos para transformar o sonho em vida!