Dois casos investigados

Polícia britânica admite erros em operações antiterroristas

Houve erros na operação que levou 250 agentes a entrar em casa de dois irmãos suspeitos de terrorismo recentemente em Londres, reconhecem as autoridades britânicas.

Os irmãos foram interrogados durante uma semana pelas autoridades

A Scotland Yard admitiu a existência de erros na operação antiterrorista em Londres do dia 2, quando cerca de 250 agentes entraram na casa dos irmãos Mohamed Abdul Kahar, de 23 anos, e Abul Koyair, de 20, em busca de material de fabricação de armas químicas. Durante a operação Koyair foi ferido no ombro em circunstâncias ainda não clarificadas.
De acordo com a edição de domingo do semanário The Observer, o MI5, o serviço secreto interno britânico, tinha levantado sérias dúvidas sobre a existência do material na casa e transmitiu-as várias horas antes da operação ao coordenador da actividade de segurança.
Os irmãos, de origem bengali, foram interrogados durante uma semana na prisão de alta segurança de Paddington Green, em Londres.
Entretanto, a Comissão Independente de Reclamações da Polícia (IPCC) analisou também o assassinato do imigrante brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia de Londres com sete tiros na cabeça em Julho do ano passado. Segundo o News of the World, quando os agentes dispararam a direcção da polícia já conhecia a sua inocência. Menezes foi seguido desde a sua casa até à rede de metro.

Prioridades erradas

A guerra apresentada como anti-terrorista pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos aumenta as acções violentas e desvia a atenção de problemas globais com maiores riscos para o planeta, defende o Oxford Research Group, instituição inglesa independente de análise política.
O relatório do grupo – desenvolvido durante 18 meses e apresentado no início da semana – ilustra a sua tese com o facto de a guerra do Iraque já ter entrado no seu quarto ano e de o conflito no Afeganistão estar no sexto ano e a situação nestes países ser cada vez mais instável e violenta.
O Oxford Research Group defende que os governos devem enfrentar as principais causas da insegurança e dar prioridade ao combate à pobreza e ao desenvolvimento de energias renováveis. O relatório aponta como verdadeiras preocupações os recursos naturais, as alterações climáticas, a militarização e a desigualdade comercial entre países ricos e pobres, considerando que estas questões podem conduzir a uma instabilidade mundial, com milhões de perdas de vidas, de uma gravidade incomparável às ameaças do terrorismo.
Para o grupo, se os governos se ocuparem destes problemas previnem um desastre global e combatem as causas do terrorismo.


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