Morreu o mestre Júlio Diniz

Faleceu, na madrugada do passado sábado, o mestre fotógrafo Júlio Diniz. Júlio Diniz nasceu em Almada em 1925. A morte do pai e a necessidade de auxiliar a mãe na educação dos irmãos mais novos levou-o ao laboratório fotográfico Abel Resende, onde laborou como «moço de recados».
A fome e a guerra que grassavam no Portugal do final dos anos 30 afastaram-no, durante três anos, da sua grande paixão, obrigando-o a trabalhar como descarregador de cortiça em Cacilhas, estivador e serralheiro. Algum do dinheiro ganho serviu para comprar a sua primeira câmara e retomar os caminhos da fotografia.
Antes de entrar para a Filmarte, em 1949, Júlio Diniz passou pela equipa de J. C. Alvarez e pelo laboratório Ruiz Lda, onde esteve a convite de Amadeu Ferarri
Na Filmarte, aprofundou os seus conhecimento técnicos e sobre todos os tipos de fotografia, mas a capacidade de captar momentos raros emanava da ligação com o povo, com o seu quotidiano e realidade, e do elevado sentido de justiça e igualdade que sempre o mobilizaram.
Durante uma carreira de mais de 50 anos, Júlio Diniz colaborou com várias publicações, entre as quais O Diário de Lisboa, O Século, República, A Bola, O Diário e o Avante!, ao qual dedicava um carinho e uma atenção especial.
O funeral, que se realizou na segunda-feira, no cemitério dos Olivais, onde o corpo foi cremado, constituiu uma comovente homenagem de familiares, camaradas e amigos. Entre as muitas dezenas de pessoas presentes, sobretudo de Almada, onde residia, encontravam-se membros do PCP, do Avante! e do DEP, com quem Júlio Diniz muitas vezes colaborou ao longo da sua vida de militante comunista.
Foi essa disponibilidade e essa entrega generosa ao ideal libertador que abraçou, que o levava a estar sempre pronto a ajudar, pondo o seu saber e arte ao serviço dos outros, que camaradas e amigos evocaram entre si na hora da despedida.


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