Irão acusa EUA de ingerência
O Irão acusa os EUA de «flagrante ingerência nos assuntos internos iranianos», na sequência do apoio de Washington aos protestos que há uma semana se registam um pouco por todo o país.
A vaga de contestação começou a 10 de Junho, com fortes críticas ao «guia supremo» da revolução islâmica, ayatollah Ali Kamenei, mas também ao governo do presidente Mohammad Khatami e ao parlamento, acusados de após seis anos de poder não terem promovido as prometidas reformas.
Os protestos deram origem a violentos confrontos entre os defensores de reformas e radicais islâmicos. Os incidentes mais graves ocorreram na passada sexta-feira, em Teerão, provocando um morto e dezenas de feridos. Segundo as próprias autoridades, entre quarta-feira e sexta-feira os confrontos fizeram 60 feridos, incluindo 32 membros das forças policiais. A partir daí as autoridades abstiveram-se de intervir, mas o tom das críticas continua a aumentar.
No domingo, 248 personalidades divulgaram um documento em que consideram o «poder absoluto» exercido em nome de Deus uma «heresia» e um atentado «à dignidade humana».
O manifesto defende que «o povo tem o direito de vigiar totalmente a acção dos seus dirigentes, de aconselhá-los, criticá-los, de os demitir ou afastar caso não esteja satisfeito com a sua actuação». E critica abertamente Kamenei ao afirmar que «exercer um poder divino e absoluto a partir da sua posição ou instalar homens em semelhante posição e inspirar o medo às pessoas é uma heresia e uma opressão à dignidade humana».
Na mesma altura, nos EUA, Bush classificava de «positivas» as manifestações contra o governo iraniano, considerando-as um «impulso» para a «libertação» daquele país.
As autoridades de Teerão reagiram acusando os EUA de «exploração oportunista» e «manipuladora» da situação interna do país, bem como de estarem a «pressionar a Agência Internacional de Energia Atómica» para condenar o Irão devido às suas actividades nucleares.
Tal como fez no passado recente em relação ao Iraque, Washington acusa o Irão de tentar obter armas nucleares e de patrocinar o terrorismo, para além de fomentar uma rebelião no Iraque.
A vaga de contestação começou a 10 de Junho, com fortes críticas ao «guia supremo» da revolução islâmica, ayatollah Ali Kamenei, mas também ao governo do presidente Mohammad Khatami e ao parlamento, acusados de após seis anos de poder não terem promovido as prometidas reformas.
Os protestos deram origem a violentos confrontos entre os defensores de reformas e radicais islâmicos. Os incidentes mais graves ocorreram na passada sexta-feira, em Teerão, provocando um morto e dezenas de feridos. Segundo as próprias autoridades, entre quarta-feira e sexta-feira os confrontos fizeram 60 feridos, incluindo 32 membros das forças policiais. A partir daí as autoridades abstiveram-se de intervir, mas o tom das críticas continua a aumentar.
No domingo, 248 personalidades divulgaram um documento em que consideram o «poder absoluto» exercido em nome de Deus uma «heresia» e um atentado «à dignidade humana».
O manifesto defende que «o povo tem o direito de vigiar totalmente a acção dos seus dirigentes, de aconselhá-los, criticá-los, de os demitir ou afastar caso não esteja satisfeito com a sua actuação». E critica abertamente Kamenei ao afirmar que «exercer um poder divino e absoluto a partir da sua posição ou instalar homens em semelhante posição e inspirar o medo às pessoas é uma heresia e uma opressão à dignidade humana».
Na mesma altura, nos EUA, Bush classificava de «positivas» as manifestações contra o governo iraniano, considerando-as um «impulso» para a «libertação» daquele país.
As autoridades de Teerão reagiram acusando os EUA de «exploração oportunista» e «manipuladora» da situação interna do país, bem como de estarem a «pressionar a Agência Internacional de Energia Atómica» para condenar o Irão devido às suas actividades nucleares.
Tal como fez no passado recente em relação ao Iraque, Washington acusa o Irão de tentar obter armas nucleares e de patrocinar o terrorismo, para além de fomentar uma rebelião no Iraque.