Pax imperialista
Três países, três povos, três «criaturas», três ocupações, três guerras em curso
«Nem no tempo de Saddam nos fizeram uma coisa parecida». Palavras de um habitante de Falluja (cidade a 60km Oeste de Bagdah) exteriorizando a sua revolta perante mais uma incursão do exército norte-americano. Quem lê os jornais poderia pensar que no Iraque a guerra terminou, que apenas há operações de «manutenção de paz».
Mas o que se está a passar no Iraque, o que se passou em Falluja no início da semana é guerra! Guerra com os mesmos milhares de soldados (no caso de Falluja 1300), com os mesmo meios aéreos e, pior que tudo, com as mesmas mortes (113 só durante esta recente operação), feridos, presos de guerra e presos políticos.
O que se passa no Iraque é uma guerra de invasão e ocupação, não contra Saddam, não para eliminar armas de destruição massiva, não para acabar com o terrorismo, mas sim para ocupar aquele país e calar aquele povo que debaixo de fogo, preso e amordaçado pela «liberdade» que lhe quiseram impor, na miséria, resiste. Ao mesmo tempo que vê o petróleo esvair-se para fora do seu país; ao mesmo tempo que vê chegar mais soldados e assiste ao hastear da bandeira do «império» nas suas «novas» bases militares; ao mesmo tempo que vê chegarem a Bagdah os «abutres» do cimento ou do petróleo para ganhar milhões, o povo iraquiano faz o que pode, manifesta-se. Assim tem sido em Bagdah, assim foi em Falluja, e assim é em Bassorá onde nem os media ocidentais puderam fugir ao facto de mais de 10.000 pessoas saírem à rua repudiando a ocupação norte-americana. O ocupante, sabendo da revolta contida, usa dos meios mais antigos para calar o povo: do mesmo modo que durante a invasão, no céu, as bombas alternavam com sacos de mantimentos, distribui-se agora produtos médicos, material escolar e brinquedos(!) horas depois de se ter invadido e atacado os lares e o povo de Fajulla. A perfeita técnica do pau e da cenoura em versão CentCom (Centro de comando norte-americano)
A paz, a tão falada e maltratada paz, não existe, é falsa, nunca foi objectivo. Aparentemente, o imperialismo, combateu Saddam, a sua «criatura». Mas a verdade é que não! Com esse pretexto, sofisticadamente e com o apoio dos media, oprime e tenta calar o povo iraquiano e tenta ocupar, num período que o próprio já definiu de «longo», o Iraque. Enfrentará, com certeza, resistências crescentes
Mais para oriente os confrontos entre milícias pro-governamentais e combatentes talibã continuam no país que também «libertado» pelos EUA continua a assistir à ocupação partilhada por várias potências imperialistas com destaque para EUA e Alemanha. No Afeganistão o aparente combate à «criatura» da «inteligência» norte-americana (os Talibã) serviu e serve para perpetuar a ocupação. A liberdade, a tão falada e maltratada liberdade, continua a figurar dos discursos do ocupante ao mesmo tempo que esse mesmo país é governado por senhores não eleitos, a soldo dos ocupantes, e que perpetuam discriminações aberrantes que tanto serviram de bandeira no tempo da invasão.
Voltando ao Golfo, na Palestina, o «road map» para a paz, é decorado com ataques aéreos israelitas contra civis palestinianos a pretexto da eliminação de activistas do Hammas. Israel tenta agora, aparentemente, destruir o Hammas. Também aqui falamos de uma «criatura» da Mossad Israelita, também aqui falamos de um «aparente» combate que pelos contornos recentes que adquire tentará pegar num «road map» que aprofunde e eternize a ocupação israelita.
Três países, três povos, três «criaturas», três ocupações, três guerras em curso. É esta a Pax imperialista que a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo tem que destruir. Fazendo guerra à classe que determina a guerra e a todos os que com ela cooperam, partilham saques e poder(es).
Mas o que se está a passar no Iraque, o que se passou em Falluja no início da semana é guerra! Guerra com os mesmos milhares de soldados (no caso de Falluja 1300), com os mesmo meios aéreos e, pior que tudo, com as mesmas mortes (113 só durante esta recente operação), feridos, presos de guerra e presos políticos.
O que se passa no Iraque é uma guerra de invasão e ocupação, não contra Saddam, não para eliminar armas de destruição massiva, não para acabar com o terrorismo, mas sim para ocupar aquele país e calar aquele povo que debaixo de fogo, preso e amordaçado pela «liberdade» que lhe quiseram impor, na miséria, resiste. Ao mesmo tempo que vê o petróleo esvair-se para fora do seu país; ao mesmo tempo que vê chegar mais soldados e assiste ao hastear da bandeira do «império» nas suas «novas» bases militares; ao mesmo tempo que vê chegarem a Bagdah os «abutres» do cimento ou do petróleo para ganhar milhões, o povo iraquiano faz o que pode, manifesta-se. Assim tem sido em Bagdah, assim foi em Falluja, e assim é em Bassorá onde nem os media ocidentais puderam fugir ao facto de mais de 10.000 pessoas saírem à rua repudiando a ocupação norte-americana. O ocupante, sabendo da revolta contida, usa dos meios mais antigos para calar o povo: do mesmo modo que durante a invasão, no céu, as bombas alternavam com sacos de mantimentos, distribui-se agora produtos médicos, material escolar e brinquedos(!) horas depois de se ter invadido e atacado os lares e o povo de Fajulla. A perfeita técnica do pau e da cenoura em versão CentCom (Centro de comando norte-americano)
A paz, a tão falada e maltratada paz, não existe, é falsa, nunca foi objectivo. Aparentemente, o imperialismo, combateu Saddam, a sua «criatura». Mas a verdade é que não! Com esse pretexto, sofisticadamente e com o apoio dos media, oprime e tenta calar o povo iraquiano e tenta ocupar, num período que o próprio já definiu de «longo», o Iraque. Enfrentará, com certeza, resistências crescentes
Mais para oriente os confrontos entre milícias pro-governamentais e combatentes talibã continuam no país que também «libertado» pelos EUA continua a assistir à ocupação partilhada por várias potências imperialistas com destaque para EUA e Alemanha. No Afeganistão o aparente combate à «criatura» da «inteligência» norte-americana (os Talibã) serviu e serve para perpetuar a ocupação. A liberdade, a tão falada e maltratada liberdade, continua a figurar dos discursos do ocupante ao mesmo tempo que esse mesmo país é governado por senhores não eleitos, a soldo dos ocupantes, e que perpetuam discriminações aberrantes que tanto serviram de bandeira no tempo da invasão.
Voltando ao Golfo, na Palestina, o «road map» para a paz, é decorado com ataques aéreos israelitas contra civis palestinianos a pretexto da eliminação de activistas do Hammas. Israel tenta agora, aparentemente, destruir o Hammas. Também aqui falamos de uma «criatura» da Mossad Israelita, também aqui falamos de um «aparente» combate que pelos contornos recentes que adquire tentará pegar num «road map» que aprofunde e eternize a ocupação israelita.
Três países, três povos, três «criaturas», três ocupações, três guerras em curso. É esta a Pax imperialista que a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo tem que destruir. Fazendo guerra à classe que determina a guerra e a todos os que com ela cooperam, partilham saques e poder(es).