O homem chegou!
Decidido e opinante, Augusto Santos Silva acaba de chegar ao movimento contra a globalização. Os que até aqui sentiram a sua falta, ficam agora descansados: a luta contra a globalização capitalista e as suas consequências, a guerra e o imperialismo acabam com esta adesão, de ganhar um entusiasta, um primor de coerência e consequência nestas coisas do combate ao neoliberalismo.
Augusto Santos Silva está desgostoso e inconsolado. Desgostoso por não ter ficado já agendado um novo Fórum e inconsolado por não ver PS e PSD envolvidos ou empenhados na sua realização. Daqui confessamos que menor não é o nosso desconsolo, não exactamente pela razão do seu, mas por não termos podido ver o homem chegar um pouco mais cedo, a tempo de podermos partilhar o que poderia trazer ao movimento. E sobretudo curiosos por ver explicada, à luz dos objectivos do fórum e da sua carta de princípios que o parecem fascinar, as suas teses e iniciativas enquanto Ministro das Finanças do governo do PS sobre as propostas de orientação da despesa pública, percursoras do programa de estabilidade e crescimento e da obsessiva e cega aplicação do pacto de estabilidade. Ou ainda ansiosos por ver aquele que foi encarregue de coordenar a elaboração do novo «Bilhete de Identidade» socialista, explicar a articulação da ideia que em entrevista ao Público de 28 de Agosto de 2002 formulou no sentido de que «o PS não pode confundir-se com aqueles que, no limite, eliminariam o G7 e só vêem como forma de luta as manifestações de rua contra o “grande capital”» com a importância que parece atribuir a um movimento que se afirma predominantemente contra a globalização neoliberal e as suas políticas.
Confesso, e inesperado, entusiasta de mais Fóruns, o que vivamente parece incomodar Augusto Santos Silva é a presença do PCP e o seu alegado controleirismo e frentismo, a criação artificial de microorganizações que produziríamos para estender a nossa influência. Curioso, mas explicável, que o homem atribua falsamente ao PCP aquilo que por maioria de razão e aproximação à verdade poderia identificar no Bloco de Esquerda. A razão está no texto que construiu. Bastaria a ideia de que «a cultura anti-sistema é profundamente prejudicial ao enraizamento social e à utilidade política dos movimentos» ou ver desfiar um rol de direitos e causas sem sequer se aproximar dos direitos sociais e dos trabalhadores para se ver explicada a razão porque, justamente acrescente-se, vê no PCP quem possa pôr em causa os interesses que representa e fazer perigar a sua sobrevivência.
Augusto Santos Silva está desgostoso e inconsolado. Desgostoso por não ter ficado já agendado um novo Fórum e inconsolado por não ver PS e PSD envolvidos ou empenhados na sua realização. Daqui confessamos que menor não é o nosso desconsolo, não exactamente pela razão do seu, mas por não termos podido ver o homem chegar um pouco mais cedo, a tempo de podermos partilhar o que poderia trazer ao movimento. E sobretudo curiosos por ver explicada, à luz dos objectivos do fórum e da sua carta de princípios que o parecem fascinar, as suas teses e iniciativas enquanto Ministro das Finanças do governo do PS sobre as propostas de orientação da despesa pública, percursoras do programa de estabilidade e crescimento e da obsessiva e cega aplicação do pacto de estabilidade. Ou ainda ansiosos por ver aquele que foi encarregue de coordenar a elaboração do novo «Bilhete de Identidade» socialista, explicar a articulação da ideia que em entrevista ao Público de 28 de Agosto de 2002 formulou no sentido de que «o PS não pode confundir-se com aqueles que, no limite, eliminariam o G7 e só vêem como forma de luta as manifestações de rua contra o “grande capital”» com a importância que parece atribuir a um movimento que se afirma predominantemente contra a globalização neoliberal e as suas políticas.
Confesso, e inesperado, entusiasta de mais Fóruns, o que vivamente parece incomodar Augusto Santos Silva é a presença do PCP e o seu alegado controleirismo e frentismo, a criação artificial de microorganizações que produziríamos para estender a nossa influência. Curioso, mas explicável, que o homem atribua falsamente ao PCP aquilo que por maioria de razão e aproximação à verdade poderia identificar no Bloco de Esquerda. A razão está no texto que construiu. Bastaria a ideia de que «a cultura anti-sistema é profundamente prejudicial ao enraizamento social e à utilidade política dos movimentos» ou ver desfiar um rol de direitos e causas sem sequer se aproximar dos direitos sociais e dos trabalhadores para se ver explicada a razão porque, justamente acrescente-se, vê no PCP quem possa pôr em causa os interesses que representa e fazer perigar a sua sobrevivência.