Precariedade e trabalho sazonal afectam algarvios
O 7.º Encontro Regional do Algarve da JCP realizou-se no domingo, na Escola Secundária de Olhão, com a participação de cerca de 40 jovens. Na iniciativa foi eleita a nova Comissão Regional do Algarve e aprovadas resoluções sobre a situação política e social no Algarve e sobre organização e intervenção.
O trabalho sazonal e a precariedade são os principais problemas dos jovens trabalhadores algarvios. «Os trabalhadores mantêm-se sem qualquer vínculo legal às empresas, num contexto de mera prestação de serviços (recibos verdes), em parte devido à falta de fiscalização por parte das autoridades competentes. O trabalho sazonal nos sectores ligados ao turismo é um dos culpados pelo afastamento dos jovens de actividades tradicionais, como a pesca e a agricultura, devido à não existência de incentivos e investimentos por parte do Estado e a ilusão de em 3 meses poder ter rendimentos elevados», como se lê na resolução política do encontro.
Os jovens comunistas alertam para as estratégias de contratualização nas empresas. A maioria dos contratos são de curta duração e sempre renováveis através do recurso da entidade empregadora a estratégias como «férias não remuneradas», impedindo a passagem aos quadros efectivos como o trabalhador tem direito. Este processo leva os jovens a entrar «num ciclo eterno de precariedade, não podendo assim satisfazer aspirações legítimas como a aquisição de habitação própria, devido à impossibilidade de contrair empréstimos bancários».
Má educação...
Um dos problemas que afectam os estudantes do ensino secundário do Algarve é a falta de condições nas escolas, nomeadamente a ineficaz protecção contra o sol e a luminosidade excessiva nas salas de aula, o que muitas vezes dificulta a visão do está escrito no quadro. Há outras queixas: salas de convívio mal aproveitadas, cadeiras desajustadas à estatura física dos alunos e falta de aquecimento. Muitas das escolas da região foram construídas segundo o modelo nórdico, completamente desajustado ao clima do Algarve.
Os estudantes da Universidade do Algarve também têm problemas com as condições materiais. «Cursos com utilização de laboratórios são prejudicados devido à falta de material, cursos com carácter gráfico e artístico também são prejudicados pela falta de câmaras fotográficas, máquinas de filmar, estiradores, etc., cursos com cariz mais teórico encontram uma grande dificuldade no que toca à qualidade das bibliotecas das escolas/faculdades. Existindo ainda a absurda situação da grande maioria dos alunos do campus da Penha e de Portimão só encontrarem certos livros e manuais na biblioteca central situada no campus de Gambelas», referem os jovens comunistas.
A carência de condições materiais agrava-se no pólo de Portimão da Universidade do Algarve. Grande parte das aulas são leccionadas em pré-fabricados. Apesar disso, prevê-se o aumento das propinas para o valor máximo no próximo ano lectivo.
Os universitários enfrentam ainda um problema específico da região: a falta de transportes. A população de Faro inclui nove mil estudantes e grande parte desloca-se diariamente para Gambelas. «Horários desajustados da realidade e insuficiente número de autocarros e comboios são um entrave à estabilidade dos estudante», comenta a JCP, que refere ainda a escassez de comboios com destino a Lisboa que servem os estudantes deslocados. O último comboio parte às 18h10 e a maior parte das aulas termina às 18h, 18h30 ou 19h.
O trabalho sazonal e a precariedade são os principais problemas dos jovens trabalhadores algarvios. «Os trabalhadores mantêm-se sem qualquer vínculo legal às empresas, num contexto de mera prestação de serviços (recibos verdes), em parte devido à falta de fiscalização por parte das autoridades competentes. O trabalho sazonal nos sectores ligados ao turismo é um dos culpados pelo afastamento dos jovens de actividades tradicionais, como a pesca e a agricultura, devido à não existência de incentivos e investimentos por parte do Estado e a ilusão de em 3 meses poder ter rendimentos elevados», como se lê na resolução política do encontro.
Os jovens comunistas alertam para as estratégias de contratualização nas empresas. A maioria dos contratos são de curta duração e sempre renováveis através do recurso da entidade empregadora a estratégias como «férias não remuneradas», impedindo a passagem aos quadros efectivos como o trabalhador tem direito. Este processo leva os jovens a entrar «num ciclo eterno de precariedade, não podendo assim satisfazer aspirações legítimas como a aquisição de habitação própria, devido à impossibilidade de contrair empréstimos bancários».
Má educação...
Um dos problemas que afectam os estudantes do ensino secundário do Algarve é a falta de condições nas escolas, nomeadamente a ineficaz protecção contra o sol e a luminosidade excessiva nas salas de aula, o que muitas vezes dificulta a visão do está escrito no quadro. Há outras queixas: salas de convívio mal aproveitadas, cadeiras desajustadas à estatura física dos alunos e falta de aquecimento. Muitas das escolas da região foram construídas segundo o modelo nórdico, completamente desajustado ao clima do Algarve.
Os estudantes da Universidade do Algarve também têm problemas com as condições materiais. «Cursos com utilização de laboratórios são prejudicados devido à falta de material, cursos com carácter gráfico e artístico também são prejudicados pela falta de câmaras fotográficas, máquinas de filmar, estiradores, etc., cursos com cariz mais teórico encontram uma grande dificuldade no que toca à qualidade das bibliotecas das escolas/faculdades. Existindo ainda a absurda situação da grande maioria dos alunos do campus da Penha e de Portimão só encontrarem certos livros e manuais na biblioteca central situada no campus de Gambelas», referem os jovens comunistas.
A carência de condições materiais agrava-se no pólo de Portimão da Universidade do Algarve. Grande parte das aulas são leccionadas em pré-fabricados. Apesar disso, prevê-se o aumento das propinas para o valor máximo no próximo ano lectivo.
Os universitários enfrentam ainda um problema específico da região: a falta de transportes. A população de Faro inclui nove mil estudantes e grande parte desloca-se diariamente para Gambelas. «Horários desajustados da realidade e insuficiente número de autocarros e comboios são um entrave à estabilidade dos estudante», comenta a JCP, que refere ainda a escassez de comboios com destino a Lisboa que servem os estudantes deslocados. O último comboio parte às 18h10 e a maior parte das aulas termina às 18h, 18h30 ou 19h.