«Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal»
Mais de 100 instituições do Seixal, entre colectividades, associações de bombeiros, reformados, deficientes, utentes de saúde e autarquias, juntaram-se numa plataforma cívica para reclamar a construção de um hospital público no concelho.
Almada e Sesimbra apoiam a reivindicação do concelho vizinho
A Plataforma «Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal», cujas bases foram aprovadas em Fevereiro numa reunião entre a Câmara, Assembleia Municipal e comissões de utentes de saúde, foi apresentada na passada semana.
A criação do movimento - que expressa uma vontade já manifestada numa petição com 65 mil assinaturas entregue no ano passado no Parlamento e na residência oficial do primeiro-ministro - foi decidida como resposta às conclusões de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, que apontam para a ampliação do Hospital Garcia de Orta, em Almada, em detrimento da construção de uma pequena unidade no Seixal.
Elaborado pela Escola de Gestão do Porto, o estudo sobre prioridades de investimento em novas unidades hospitalares - em consulta pública até dia 27 - privilegia, por razões de custos não especificados, a ampliação do Garcia de Orta com mais 150 camas, embora admita que a unidade, que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, tem difíceis acessos.
Garcia de Orta está sobrelotado
Já há cerca de quatro anos, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) reconhecera a necessidade da construção de um hospital no Seixal para colmatar as deficiências de resposta do Garcia de Orta. Ao contrário do estudo da Escola de Gestão do Porto, a ARSLVT ressalvava que a ampliação do hospital de Almada era mais cara do que a construção de um hospital no Seixal.
Em declarações anteriores, o presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, considerou o estudo «frágil», por apresentar os custos da construção de um hospital no concelho como única desvantagem «sem os fundamentar».
Segundo o autarca comunista, a opção da ampliação do Hospital Garcia de Orta «agrava, de forma desastrosa, a prestação de cuidados de saúde», uma vez que é esperado um «aumento da procura» de utentes e um «agravamento» das dificuldades de acesso.
Os municípios de Almada e Sesimbra apoiam a reivindicação do concelho vizinho.
Utentes realizam cordão humano
Na apresentação pública da plataforma cívica «Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal», foi anunciado a formação de um cordão humano na baia do Seixal para exigir a construção da unidade hospitalar pública.
Em declarações à Lusa, José Sales, das comissões de utentes da saúde do concelho, informou que o cordão humano vai formar-se na Ponte da Fraternidade, na Arrentela, envolvendo a baia do Seixal. José Sales justificou a acção frisando que os utentes «não concordam» com a opção prioritária defendida no estudo pedido pela tutela e pretendem, em alternativa ao «sobrelotado» Garcia de Orta, um hospital no Seixal que sirva a população deste concelho e de Sesimbra.
Dimensionado para um rácio populacional de 150 mil habitantes, o hospital de Almada serve mais do dobro da população estimada. De acordo com a plataforma cívica, existe um terreno do Estado junto ao nó rodoviário do Fogueteiro apropriado para receber um novo equipamento hospitalar.
Para facilitar o acesso e discussão do estudo em consulta pública, a Câmara do Seixal vai disponibilizar gratuitamente até dia 27 postos de ligação à Internet fixos e itinerantes.
A criação do movimento - que expressa uma vontade já manifestada numa petição com 65 mil assinaturas entregue no ano passado no Parlamento e na residência oficial do primeiro-ministro - foi decidida como resposta às conclusões de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde, que apontam para a ampliação do Hospital Garcia de Orta, em Almada, em detrimento da construção de uma pequena unidade no Seixal.
Elaborado pela Escola de Gestão do Porto, o estudo sobre prioridades de investimento em novas unidades hospitalares - em consulta pública até dia 27 - privilegia, por razões de custos não especificados, a ampliação do Garcia de Orta com mais 150 camas, embora admita que a unidade, que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, tem difíceis acessos.
Garcia de Orta está sobrelotado
Já há cerca de quatro anos, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) reconhecera a necessidade da construção de um hospital no Seixal para colmatar as deficiências de resposta do Garcia de Orta. Ao contrário do estudo da Escola de Gestão do Porto, a ARSLVT ressalvava que a ampliação do hospital de Almada era mais cara do que a construção de um hospital no Seixal.
Em declarações anteriores, o presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, considerou o estudo «frágil», por apresentar os custos da construção de um hospital no concelho como única desvantagem «sem os fundamentar».
Segundo o autarca comunista, a opção da ampliação do Hospital Garcia de Orta «agrava, de forma desastrosa, a prestação de cuidados de saúde», uma vez que é esperado um «aumento da procura» de utentes e um «agravamento» das dificuldades de acesso.
Os municípios de Almada e Sesimbra apoiam a reivindicação do concelho vizinho.
Utentes realizam cordão humano
Na apresentação pública da plataforma cívica «Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal», foi anunciado a formação de um cordão humano na baia do Seixal para exigir a construção da unidade hospitalar pública.
Em declarações à Lusa, José Sales, das comissões de utentes da saúde do concelho, informou que o cordão humano vai formar-se na Ponte da Fraternidade, na Arrentela, envolvendo a baia do Seixal. José Sales justificou a acção frisando que os utentes «não concordam» com a opção prioritária defendida no estudo pedido pela tutela e pretendem, em alternativa ao «sobrelotado» Garcia de Orta, um hospital no Seixal que sirva a população deste concelho e de Sesimbra.
Dimensionado para um rácio populacional de 150 mil habitantes, o hospital de Almada serve mais do dobro da população estimada. De acordo com a plataforma cívica, existe um terreno do Estado junto ao nó rodoviário do Fogueteiro apropriado para receber um novo equipamento hospitalar.
Para facilitar o acesso e discussão do estudo em consulta pública, a Câmara do Seixal vai disponibilizar gratuitamente até dia 27 postos de ligação à Internet fixos e itinerantes.