«O mais difícil está por fazer»
Este é o título da entrevista do P.Ministro J.Sócrates ao «Expresso» do passado fim de semana, já em cima do aniversário do Governo que, desditosamente para este povo, se cumpre dia 12. É uma «charla» de resposta aos «balanços» da ocasião e também uma mostra das suas linhas ideológicas para o novo quadro decorrente da posse de Cavaco Silva como PR.
O mais essencial da mensagem que Sócrates quis deixar está nos títulos e nas primeiras respostas – seria aliás difícil favorecer mais o entrevistado, mesmo que o «Expresso» fosse uma simples «folha de paróquia» de apoio ao P.Ministro – o que também não é exactamente o caso.
Ficou-se assim a saber – traduzindo a linguagem «Socrática» - que o Governo vai apertar ainda mais o garrote aos trabalhadores e às populações, vai agravar a destruição dos serviços públicos e funções sociais do Estado, vai persistir nas privatizações e na estagnação da economia, e tudo com o falso e estafado argumento da redução do défice orçamental.
Ficou-se a perceber que Sócrates vê Cavaco PR com grande optimismo e que a «reforma do sistema eleitoral» continua na agenda como biombo mediático e carta viciosa da natureza da própria democracia. E ficou-se a saber que vai insistir na treta da «modernização», na preocupação misericordiosa com os «pobres», no distanciamento farisaico de «algumas perspectivas liberais de redução significativa do Estado Social» e na sem vergonhice de afirmar o objectivo da «igualdade de oportunidades» no encerramento de escolas e serviços de saúde no interior.
Sócrates ainda tem muito do «mais difícil por fazer», cortar os €4000 milhões na despesa do Estado que se propôs e consumar à bruta a política neo-liberal dos grandes interesses – o que aqui e agora as forças que se dizem à sua direita não teriam condições de «fazer» –, e concretizá-lo mesmo em conflito efectivo com uma parte importante da base social do PS, mas com o apoio real da direita dos interesses, a «cooperação estratégica» do PR e a oposição fictícia do PSD.
Sócrates não cumpriu as promessas eleitorais, trocando-as pela «credibilidade» do capital, e de facto já não é um P.Ministro do PS, mas «apenas» um quadro decisivo do bloco de interesses que tem o país a saque.
Para os trabalhadores e o povo também «o mais difícil está por fazer» - transformar a crescente condenação e combate popular, contra estas políticas e este governo, no quadro do seu isolamento e derrota, no caminho de uma ruptura democrática e de esquerda no nosso país.
Estamos, seguramente, no passo certo.
O mais essencial da mensagem que Sócrates quis deixar está nos títulos e nas primeiras respostas – seria aliás difícil favorecer mais o entrevistado, mesmo que o «Expresso» fosse uma simples «folha de paróquia» de apoio ao P.Ministro – o que também não é exactamente o caso.
Ficou-se assim a saber – traduzindo a linguagem «Socrática» - que o Governo vai apertar ainda mais o garrote aos trabalhadores e às populações, vai agravar a destruição dos serviços públicos e funções sociais do Estado, vai persistir nas privatizações e na estagnação da economia, e tudo com o falso e estafado argumento da redução do défice orçamental.
Ficou-se a perceber que Sócrates vê Cavaco PR com grande optimismo e que a «reforma do sistema eleitoral» continua na agenda como biombo mediático e carta viciosa da natureza da própria democracia. E ficou-se a saber que vai insistir na treta da «modernização», na preocupação misericordiosa com os «pobres», no distanciamento farisaico de «algumas perspectivas liberais de redução significativa do Estado Social» e na sem vergonhice de afirmar o objectivo da «igualdade de oportunidades» no encerramento de escolas e serviços de saúde no interior.
Sócrates ainda tem muito do «mais difícil por fazer», cortar os €4000 milhões na despesa do Estado que se propôs e consumar à bruta a política neo-liberal dos grandes interesses – o que aqui e agora as forças que se dizem à sua direita não teriam condições de «fazer» –, e concretizá-lo mesmo em conflito efectivo com uma parte importante da base social do PS, mas com o apoio real da direita dos interesses, a «cooperação estratégica» do PR e a oposição fictícia do PSD.
Sócrates não cumpriu as promessas eleitorais, trocando-as pela «credibilidade» do capital, e de facto já não é um P.Ministro do PS, mas «apenas» um quadro decisivo do bloco de interesses que tem o país a saque.
Para os trabalhadores e o povo também «o mais difícil está por fazer» - transformar a crescente condenação e combate popular, contra estas políticas e este governo, no quadro do seu isolamento e derrota, no caminho de uma ruptura democrática e de esquerda no nosso país.
Estamos, seguramente, no passo certo.