As «almas gémeas» e a «guarda avançada»
A semana passada, em reunião com as Distritais, J.Sócrates, na qualidade de coordenador da Com. Permanente do PS, que, significativamente, pela primeira vez em muitos anos, está nas mãos do Sec.Geral e P.Ministro, terá defendido que a «máquina partidária» seja a «guarda avançada do Governo», numa «atitude proactiva», de defesa das suas medidas e políticas.
Não parece fácil empenhar todo o PS nesse combate, sendo como são as políticas do seu Governo - de serviço ao grande capital - e com o lucro dos 4 maiores bancos a crescer 37% em 2005 à custa do esbulho dos trabalhadores e do povo e da estagnação da economia. Até no PS, há quem ainda recorde esse remoto Junho de 2005, quando J.Coelho jurava: é hora dos sacrifícios «tocarem a todos», «o Governo vai rever alguns benefícios fiscais do sistema financeiro»(!).
E nem que seja só meia verdade o que diz o inefável Prado Coelho – PS encartado e defensor desta política económica, para a qual continua «a não ver alternativa» -, que «o PS é hoje uma triste realidade», «paisagem de crise» e «clube onde os militantes visam sobretudo subir na vida e na nomenclatura», nem assim resulta menos evidente a descrença de tantos socialistas neste Governo.
Por isso Sócrates insiste nas operações de propaganda, como agora no segundo episódio das «novas fronteiras», para a requentada operação de adesivar uns tantos boys e encenar a mistificação da «modernidade». Mas o descrédito não está fácil de descolar.
Nem Manuel Alegre, profissional de cínicos e estafados alibis «de esquerda» para as mais brutais políticas de direita do PS - como agora, com toda a dogmática neoliberal do capitalismo selvagem, em que a direita «pura e dura» se afundaria -, nem o seu «Movimento Prozac», a quem cumpre o desígnio de «mudar» a «abertura à sociedade civil» para esconder o essencial - a política de classe -, nem todos os Vitorinos, nas «novas fronteiras», ou noutra qualquer intrujice, estão em condições de assegurar ao Governo a base de apoio de que carece para continuar por este caminho.
Por isso, cada vez mais, objectivamente, o Governo PS carece que sejam as forças à sua direita a dar sustentação a estas desgraçadas políticas, que seja o bloco central institucional (e inorgânico) – maioria, Governo, Presidente – a respectiva «guarda avançada» e que (na definição do «The Economist») as «almas gémeas» Sócrates e Cavaco se complementem na sua prossecução.
Até que a luta dos trabalhadores e do povo resolva mais este problema.
Não parece fácil empenhar todo o PS nesse combate, sendo como são as políticas do seu Governo - de serviço ao grande capital - e com o lucro dos 4 maiores bancos a crescer 37% em 2005 à custa do esbulho dos trabalhadores e do povo e da estagnação da economia. Até no PS, há quem ainda recorde esse remoto Junho de 2005, quando J.Coelho jurava: é hora dos sacrifícios «tocarem a todos», «o Governo vai rever alguns benefícios fiscais do sistema financeiro»(!).
E nem que seja só meia verdade o que diz o inefável Prado Coelho – PS encartado e defensor desta política económica, para a qual continua «a não ver alternativa» -, que «o PS é hoje uma triste realidade», «paisagem de crise» e «clube onde os militantes visam sobretudo subir na vida e na nomenclatura», nem assim resulta menos evidente a descrença de tantos socialistas neste Governo.
Por isso Sócrates insiste nas operações de propaganda, como agora no segundo episódio das «novas fronteiras», para a requentada operação de adesivar uns tantos boys e encenar a mistificação da «modernidade». Mas o descrédito não está fácil de descolar.
Nem Manuel Alegre, profissional de cínicos e estafados alibis «de esquerda» para as mais brutais políticas de direita do PS - como agora, com toda a dogmática neoliberal do capitalismo selvagem, em que a direita «pura e dura» se afundaria -, nem o seu «Movimento Prozac», a quem cumpre o desígnio de «mudar» a «abertura à sociedade civil» para esconder o essencial - a política de classe -, nem todos os Vitorinos, nas «novas fronteiras», ou noutra qualquer intrujice, estão em condições de assegurar ao Governo a base de apoio de que carece para continuar por este caminho.
Por isso, cada vez mais, objectivamente, o Governo PS carece que sejam as forças à sua direita a dar sustentação a estas desgraçadas políticas, que seja o bloco central institucional (e inorgânico) – maioria, Governo, Presidente – a respectiva «guarda avançada» e que (na definição do «The Economist») as «almas gémeas» Sócrates e Cavaco se complementem na sua prossecução.
Até que a luta dos trabalhadores e do povo resolva mais este problema.