Agentes da CIA procuram-se
A justiça italiana acusou um militar americano de homicídio voluntário e emitiu mandados europeus de captura contra 22 agentes da CIA suspeitos de rapto de um íman egípcio.
Agentes dos EUA sob mandato de captura europeu
O Tribunal de Roma decidiu, na quinta-feira, 22, acusar o soldado americano Mario Lozano de «homicídio voluntário» pela morte, em Março passado, de um agente secreto italiano em Bagdad, durante a operação de resgate da jornalista Giuliana Sgrena.
A justiça italiana obteve a identidade do arguido não graças à colaboração das autoridades americanas, mas através de um processo informático que permitiu ler o nome do militar nas partes censuradas do relatório americano sobre incidente. De resto, o governo dos EUA reagiu à acusação sublinhando que o assunto foi dado como encerrado, após não ter sido possível chegar a acordo com o governo italiano sobre as conclusões do inquérito.
Indiferente à hostilidade de Washington e à passividade do governo de Berlusconi, o Tribunal de Milão emitiu, na sexta-feira, 23, mandados europeus de captura contra 22 agentes da CIA suspeitos de terem participado no rapto de um cidadão egípcio, em Fevereiro de 2003, em território italiano.
Este caso insere-se na série de denúncias sobre detenções ilegais e a existência de prisões secretas utilizadas pelos agentes norte-americanos para interrogar sob tortura prisioneiros.
Anteriormente, aquela instância judicial tinha já emitido mandatos internacionais e solicitado a extradição destes membros da agência de informações norte-americana. Contudo, como ambos os procedimentos exigiam o envolvimento do ministro da Justiça, Roberto Castelli, os magistrados optaram agora pelo mandado europeu de captura, que não necessita da intervenção do governo e, teoricamente, determina a detenção dos visados no momento da sua identificação em solo europeu.
Apesar de estas acções penais terem poucas hipóteses de sucesso, dada a recusa de colaboração por parte das autoridades americanas, a atitude determinada dos magistrados volta a pôr em causa a política de submissão do governo de direita liderado por Silvio Berlusconi, um dos aliados mais fiéis do presidente George W.Bush.
A justiça italiana obteve a identidade do arguido não graças à colaboração das autoridades americanas, mas através de um processo informático que permitiu ler o nome do militar nas partes censuradas do relatório americano sobre incidente. De resto, o governo dos EUA reagiu à acusação sublinhando que o assunto foi dado como encerrado, após não ter sido possível chegar a acordo com o governo italiano sobre as conclusões do inquérito.
Indiferente à hostilidade de Washington e à passividade do governo de Berlusconi, o Tribunal de Milão emitiu, na sexta-feira, 23, mandados europeus de captura contra 22 agentes da CIA suspeitos de terem participado no rapto de um cidadão egípcio, em Fevereiro de 2003, em território italiano.
Este caso insere-se na série de denúncias sobre detenções ilegais e a existência de prisões secretas utilizadas pelos agentes norte-americanos para interrogar sob tortura prisioneiros.
Anteriormente, aquela instância judicial tinha já emitido mandatos internacionais e solicitado a extradição destes membros da agência de informações norte-americana. Contudo, como ambos os procedimentos exigiam o envolvimento do ministro da Justiça, Roberto Castelli, os magistrados optaram agora pelo mandado europeu de captura, que não necessita da intervenção do governo e, teoricamente, determina a detenção dos visados no momento da sua identificação em solo europeu.
Apesar de estas acções penais terem poucas hipóteses de sucesso, dada a recusa de colaboração por parte das autoridades americanas, a atitude determinada dos magistrados volta a pôr em causa a política de submissão do governo de direita liderado por Silvio Berlusconi, um dos aliados mais fiéis do presidente George W.Bush.