Protestos na rua por todo o País
Em Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Guarda e outras localidades, os trabalhadores e os seus representantes manifestaram justo descontentamento e explicaram os motivos por que reclamam uma nova política.
A crítica à política do Governo foi acompanhada do apoio às propostas da Inter
Com uma adesão global de 70 por cento, segundo os sindicatos do sector, a greve nacional de dias 13 e 14 na administração local constituiu «uma condenação clara da actual política governativa de José Sócrates, contra os direitos dos trabalhadores, os salários e os serviços públicos». No comunicado conjunto, que divulgaram ao fim da tarde do último dia de paralisação, o STAL e o STML referem que a luta teve «forte expressão nos sectores da higiene urbana, obras, atendimento e auxiliar, onde de uma forma geral se registaram adesões que variam entre os setenta e os cem por cento» e «fez-se sentir um pouco por todo o País». Entre os sectores com boa adesão à greve os sindicatos indicam ainda serviços administrativos, culturais, de desporto, água, cemitérios, bombeiros e polícia municipal».
Na segunda-feira, dia 12, activistas sindicais distribuíram documentos em zonas industriais de Braga e nas cidades de Viseu, Coimbra, Portalegre e Évora.
No dia 13, em Faro, foi feita na baixa a «devolução das prendas envenenadas do Governo». Plenários sindicais, com deslocação aos governos civis, tiveram lugar em Braga e na Guarda (aqui foi dado particular ênfase à exigência de uma nova política de Saúde).
No dia 14, quarta-feira, cerca de três centenas de trabalhadores concentraram-se na Praça do Quebedo e desfilaram até ao Governo Civil de Setúbal, onde entregaram uma resolução com as posições da CGTP-IN sobre a situação no País e no distrito, na qual se declara que «os sacrifícios pedidos aos trabalhadores não podem deixar de indignar, pela persistência, pelo descaramento, pela injustiça, pela aposta perdida que representam». Nesta acção esteve presente o secretário-geral da CGTP-IN.
No mesmo dia, no Porto, foi «Dia do Desemprego» na Praça da Liberdade. Nos últimos cinco anos, denunciou a União de Sindicatos do distrito, o desemprego registado nos Centros de Emprego do IEFP quase duplicou (de quase 64 mil, em Dezembro de 2000, para mais de 121 mil, no final de Outubro passado).
Junto ao Hospital da CUF, o Sindicato da Hotelaria do Sul promoveu uma vigília, para pressionar a associação patronal da hospitalização privada a negociar o contrato colectivo e actualizar os salários.
Quinta-feira, de tarde, enquanto na baixa de Lisboa decorria uma arruada contra o aumento do custo de vida, por salários justos e uma melhor distribuição da riqueza (relatada nestas páginas), a Praça da Liberdade recebeu a «Tribuna da Indignação», seguida do «Desfile da Indignação» até ao Governo Civil.
De manhã, junto ao Ministério da Defesa, estiveram em vigília activistas sindicais do pessoal civil das Forças Armadas e empresas de defesa, reclamando resposta de Luís Amado. «A saída do ministro Paulo Portas não teve o necessário reflexo na alteração das políticas, continuando por solucionar os principais problemas» do sector e dos seus trabalhadores, protestou o STEFFAs/CGTP-IN.
Junto à Sé do Funchal, a USAM promoveu uma distribuição de folhetos. Distribuições semelhantes ocorreram noutras localidades, em vários distritos e ao longo da semana.
Sexta-feira, com uma adesão global de 80 por cento que, nos hospitais, chegou aos 90 por cento, estiveram em greve os trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados, abrangendo as empresas Eurest, Itau, Ica, Sodexho, Serunion e Gertal. Com uma adesão total no refeitório da Autoeuropa, a concessionária Sodexho insistiu em substituir trabalhadoras ilegalmente e a Autoeuropa impediu a actuação do piquete de greve.
Delegados e dirigentes sindicais dos mármores concentraram-se junto à sede da associação patronal Assimagra, contra a atitude de confronto que esta tomou, no fim de Novembro, quando deu por encerradas as negociações do contrato colectivo.
No sábado de manhã, no Porto, foi distribuído pela USP à população um documento intitulado «Lute e resista». Também durante a manhã, em Aveiro, a União de Sindicatos do distrito levou a cabo uma acção, na Praça Jaime Magalhães Lima, acentuando o contraste entre os magros salários e pensões dos trabalhadores, por um lado, e as pensões douradas e lucros obscenos, por outro. Na «Reclamação» aprovada, endereçada ao PR, ao primeiro-ministro e aos grupos parlamentares, considera-se «uma insensatez, para não dizer um insulto aos trabalhadores, entender como fantasiosa e irrealista a reivindicação do salário mínimo nacional de 500 euros», criticando declarações de José Sócrates.
Na segunda-feira, dia 12, activistas sindicais distribuíram documentos em zonas industriais de Braga e nas cidades de Viseu, Coimbra, Portalegre e Évora.
No dia 13, em Faro, foi feita na baixa a «devolução das prendas envenenadas do Governo». Plenários sindicais, com deslocação aos governos civis, tiveram lugar em Braga e na Guarda (aqui foi dado particular ênfase à exigência de uma nova política de Saúde).
No dia 14, quarta-feira, cerca de três centenas de trabalhadores concentraram-se na Praça do Quebedo e desfilaram até ao Governo Civil de Setúbal, onde entregaram uma resolução com as posições da CGTP-IN sobre a situação no País e no distrito, na qual se declara que «os sacrifícios pedidos aos trabalhadores não podem deixar de indignar, pela persistência, pelo descaramento, pela injustiça, pela aposta perdida que representam». Nesta acção esteve presente o secretário-geral da CGTP-IN.
No mesmo dia, no Porto, foi «Dia do Desemprego» na Praça da Liberdade. Nos últimos cinco anos, denunciou a União de Sindicatos do distrito, o desemprego registado nos Centros de Emprego do IEFP quase duplicou (de quase 64 mil, em Dezembro de 2000, para mais de 121 mil, no final de Outubro passado).
Junto ao Hospital da CUF, o Sindicato da Hotelaria do Sul promoveu uma vigília, para pressionar a associação patronal da hospitalização privada a negociar o contrato colectivo e actualizar os salários.
Quinta-feira, de tarde, enquanto na baixa de Lisboa decorria uma arruada contra o aumento do custo de vida, por salários justos e uma melhor distribuição da riqueza (relatada nestas páginas), a Praça da Liberdade recebeu a «Tribuna da Indignação», seguida do «Desfile da Indignação» até ao Governo Civil.
De manhã, junto ao Ministério da Defesa, estiveram em vigília activistas sindicais do pessoal civil das Forças Armadas e empresas de defesa, reclamando resposta de Luís Amado. «A saída do ministro Paulo Portas não teve o necessário reflexo na alteração das políticas, continuando por solucionar os principais problemas» do sector e dos seus trabalhadores, protestou o STEFFAs/CGTP-IN.
Junto à Sé do Funchal, a USAM promoveu uma distribuição de folhetos. Distribuições semelhantes ocorreram noutras localidades, em vários distritos e ao longo da semana.
Sexta-feira, com uma adesão global de 80 por cento que, nos hospitais, chegou aos 90 por cento, estiveram em greve os trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados, abrangendo as empresas Eurest, Itau, Ica, Sodexho, Serunion e Gertal. Com uma adesão total no refeitório da Autoeuropa, a concessionária Sodexho insistiu em substituir trabalhadoras ilegalmente e a Autoeuropa impediu a actuação do piquete de greve.
Delegados e dirigentes sindicais dos mármores concentraram-se junto à sede da associação patronal Assimagra, contra a atitude de confronto que esta tomou, no fim de Novembro, quando deu por encerradas as negociações do contrato colectivo.
No sábado de manhã, no Porto, foi distribuído pela USP à população um documento intitulado «Lute e resista». Também durante a manhã, em Aveiro, a União de Sindicatos do distrito levou a cabo uma acção, na Praça Jaime Magalhães Lima, acentuando o contraste entre os magros salários e pensões dos trabalhadores, por um lado, e as pensões douradas e lucros obscenos, por outro. Na «Reclamação» aprovada, endereçada ao PR, ao primeiro-ministro e aos grupos parlamentares, considera-se «uma insensatez, para não dizer um insulto aos trabalhadores, entender como fantasiosa e irrealista a reivindicação do salário mínimo nacional de 500 euros», criticando declarações de José Sócrates.