Nobeis em defesa da Venezuela
Os prémios Nobel José Saramago, Adolfo Pérez Esquivel e Nadine Gordimer; e os académicos Noam Chomsky e Salim Lamrani divulgaram a 12 de Dezembro uma declaração, que a seguir se transcreve na íntegra, exigindo o respeito pela soberania da Venezuela.
«Desde a eleição do senhor Hugo Chávez para a presidência da República multiplicaram-se os ataques contra a democracia venezuelana, com flagrantes provas de ingerência por parte dos Estados Unidos.
«Em 11 de Abril de 2002, o presidente Chávez foi vítima de um golpe de Estado promovido pela administração Bush com a cumplicidade dos sectores mais antidemocráticos da sociedade venezuelana. Menos de 48 horas depois, a Junta golpista foi repudiada pela mobilização popular, que exigiu sem descanso e com êxito o regresso do representante legítimo da nação.
«Mas a oposição, não contente com o fracasso do seu putsch, tentou em Dezembro de 2002 sabotar a indústria petrolífera, vital para o bom funcionamento do país, e causou danos colossais na economia venezuelana.
«Em Agosto de 2005, durante um programa de televisão de grande audiência nos EUA, o reverendo ultraconservador Pat Robertson, muito próximo dos ideólogos da Casa Branca, fez um apelo ao assassinato do senhor Hugo Chávez, dirigente da Venezuela, sem por isso ter tido posteriormente qualquer problema com a justiça norte-americana. O seu assassinato «custar-nos-ia muito menos caro do que iniciar uma guerra», afirmou.
«Em Setembro de 2005, o presidente Hugo Chávez denunciou publicamente a existência de vários planos de invasão da Venezuela por parte das forças militares estado-unidenses. Washington não deixa de estigmatizar o líder venezuelano como sendo «uma força negativa» para a segurança do continente americano.
«Em Novembro de 2005, o governo do senhor José Luis Rodríguez Zapatero foi submetido a intensas pressões por parte dos Estados Unidos com o objectivo de levar Espanha a não vender armas à Venezuela. Washington deu provas, com este comportamento, de um manifesto desprezo pelas regras diplomáticas internacionais.
«Durante os últimos seis anos, a oposição venezuelana sofreu onze derrotas eleitorais consecutivas, e isso apesar de todas as campanhas mediáticas que organizou contra o governo legítimo do senhor Hugo Chávez.
«Face a esta queda ininterrupta, a oposição, que perdeu toda a base popular, decidiu boicotar as últimas eleições parlamentares com o objectivo de desacreditar o processo democrático. Pesam sérias suspeitas sobre os Estados Unidos, considerados os promotores desta nova tentativa de desestabilização.
«A oposição venezuelana, em parte financiada por Washington, que nega submeter-se às regras eleitorais, toma assim como refém a democracia. Isto é inaceitável!
«As decisões soberanas do povo venezuelano devem ser respeitadas, pois o futuro da nação não se decide nos gabinetes da Casa Branca, mas sim nas urnas bolivarianas!»
«Em 11 de Abril de 2002, o presidente Chávez foi vítima de um golpe de Estado promovido pela administração Bush com a cumplicidade dos sectores mais antidemocráticos da sociedade venezuelana. Menos de 48 horas depois, a Junta golpista foi repudiada pela mobilização popular, que exigiu sem descanso e com êxito o regresso do representante legítimo da nação.
«Mas a oposição, não contente com o fracasso do seu putsch, tentou em Dezembro de 2002 sabotar a indústria petrolífera, vital para o bom funcionamento do país, e causou danos colossais na economia venezuelana.
«Em Agosto de 2005, durante um programa de televisão de grande audiência nos EUA, o reverendo ultraconservador Pat Robertson, muito próximo dos ideólogos da Casa Branca, fez um apelo ao assassinato do senhor Hugo Chávez, dirigente da Venezuela, sem por isso ter tido posteriormente qualquer problema com a justiça norte-americana. O seu assassinato «custar-nos-ia muito menos caro do que iniciar uma guerra», afirmou.
«Em Setembro de 2005, o presidente Hugo Chávez denunciou publicamente a existência de vários planos de invasão da Venezuela por parte das forças militares estado-unidenses. Washington não deixa de estigmatizar o líder venezuelano como sendo «uma força negativa» para a segurança do continente americano.
«Em Novembro de 2005, o governo do senhor José Luis Rodríguez Zapatero foi submetido a intensas pressões por parte dos Estados Unidos com o objectivo de levar Espanha a não vender armas à Venezuela. Washington deu provas, com este comportamento, de um manifesto desprezo pelas regras diplomáticas internacionais.
«Durante os últimos seis anos, a oposição venezuelana sofreu onze derrotas eleitorais consecutivas, e isso apesar de todas as campanhas mediáticas que organizou contra o governo legítimo do senhor Hugo Chávez.
«Face a esta queda ininterrupta, a oposição, que perdeu toda a base popular, decidiu boicotar as últimas eleições parlamentares com o objectivo de desacreditar o processo democrático. Pesam sérias suspeitas sobre os Estados Unidos, considerados os promotores desta nova tentativa de desestabilização.
«A oposição venezuelana, em parte financiada por Washington, que nega submeter-se às regras eleitorais, toma assim como refém a democracia. Isto é inaceitável!
«As decisões soberanas do povo venezuelano devem ser respeitadas, pois o futuro da nação não se decide nos gabinetes da Casa Branca, mas sim nas urnas bolivarianas!»