Agricultores manifestam-se em Mirandela
Centenas de agricultores manifestaram-se, sexta-feira, em Mirandela, contra a ausência de uma verdadeira estratégia para o sector agrícola, por parte de certos responsáveis regionais e sucessivos governos.
A CNA exige que o Governo honre os seus compromissos, que pague as suas dívidas aos agricultores e associações e aprove os projectos AGRO e AGRIS
«Recentemente, o responsável da DRATM decidiu ser mais um dos protagonistas da nossa praça, ao afirmar que não há crise na agricultura em Trás-os-Montes e que o nível de vida dos agricultores portugueses está bem e recomenda-se. Tal afirmação teve por base a continuada mistificação dos dinheiros que vêm para certos sectores da agricultura, sem que se tenha dado ao cuidado de fazer uma análise mais atenta, quanto aos critérios da sua distribuição e da sua equidade», denunciou, dias antes, em conferência de imprensa, a delegação regional da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) de Vila Real.
Tal responsável disse ainda «ter consciência de que é a imagem da crise que sobressai, mas entende, que isto é uma questão sociológica e cultural». Para a CNA, estas afirmações, revelam, além de tudo, «um desligamento ao agro transmontano e uma postura no mínimo autista».
Entretanto, ao invés do quadro idílico traçado pelos responsáveis de agricultura regionais e nacionais, o que as associações e agricultores constatam e vivem, depois de um período de seca e de incêndios florestais, é uma profunda e inquietante situação, que se traduz numa profunda crise.
Dos mais variados problemas, a CNA destaca «a suspensão do programa AGRIS», «as avultadas dívidas do Estado às organizações da lavoura», «as dificuldades financeiras das adegas cooperativas em escoar a produção de vinho dos seus associados», «a saída de milhares de agricultores do sistema público da Segurança Social», «as ameaças às exportações leiteiras familiares» e «o desligamento das ajudas da produção e o previsível impacto na economia regional hipotecando o futuro de algumas produções estratégicas da região».
Face a isto, os agricultores reclamam e propõem «a inclusão de mais verbas nacionais no Orçamento de Estado, para permitir mais apoios às explorações agrícolas e mundo rural e um sistema de Segurança Social, mais adequado aos pequenos agricultores, sem perda de direitos» e «ajudas ligadas à produção, moduladas e com tectos para os grandes proprietários absentistas e agro-industriais (limites máximos)».
Tal responsável disse ainda «ter consciência de que é a imagem da crise que sobressai, mas entende, que isto é uma questão sociológica e cultural». Para a CNA, estas afirmações, revelam, além de tudo, «um desligamento ao agro transmontano e uma postura no mínimo autista».
Entretanto, ao invés do quadro idílico traçado pelos responsáveis de agricultura regionais e nacionais, o que as associações e agricultores constatam e vivem, depois de um período de seca e de incêndios florestais, é uma profunda e inquietante situação, que se traduz numa profunda crise.
Dos mais variados problemas, a CNA destaca «a suspensão do programa AGRIS», «as avultadas dívidas do Estado às organizações da lavoura», «as dificuldades financeiras das adegas cooperativas em escoar a produção de vinho dos seus associados», «a saída de milhares de agricultores do sistema público da Segurança Social», «as ameaças às exportações leiteiras familiares» e «o desligamento das ajudas da produção e o previsível impacto na economia regional hipotecando o futuro de algumas produções estratégicas da região».
Face a isto, os agricultores reclamam e propõem «a inclusão de mais verbas nacionais no Orçamento de Estado, para permitir mais apoios às explorações agrícolas e mundo rural e um sistema de Segurança Social, mais adequado aos pequenos agricultores, sem perda de direitos» e «ajudas ligadas à produção, moduladas e com tectos para os grandes proprietários absentistas e agro-industriais (limites máximos)».