Por um mundo de paz e justiça social
Reunidos em Havana de 7 a 10 de Novembro, 81 delegados de 22 países condenaram a presença militar dos EUA no mundo e apelaram à mobilização pela paz.
Mais de 700 bases militares dos EUA em todo o mundo
A capital cubana recebeu a II Conferência Internacional Contra as Bases Militares Estrangeiras, iniciativa convocada pelo Movimento Cubano pela Paz e Soberania dos Povos, que se realizou pela primeira vez em 1996.
Para além de terem contabilizado mais de 700 bases militares dos EUA em todo o mundo – número ao qual se devem juntar as congéneres da Grã-Bretanha e França – os participantes discutiram as razões e consequências da sua existência, nomeadamente no que toca à soberania dos povos, à apropriação de recursos naturais comuns, como a água, o petróleo e a biodiversidade, e a ameaça que constituem para movimentos de libertação social e países como a Rússia, a China ou a RPD da Coreia.
No centro do debate estiveram também as inúmeras violações dos direitos humanos praticadas pelos norte-americanos (desde logo em Guantanamo, contra a vontade de Cuba), não só durante as campanhas de agressão militar, como ainda junto das populações vizinhas das referidas bases. A qualidade de vida nessas localidades fica seriamente afectada pelo movimento constante de militares, meios e logística; floresce a prostituição e a imunidade concedida pelos governos dos países de acolhimento às tropas yankees deixa sem castigo crimes cometidos contra os habitantes, entre os quais se contam, não raras vezes, violações sexuais a mulheres, jovens e adolescentes.
Um projecto de dominação global
As ocupações levadas a cabo pelos EUA no Afeganistão e no Iraque não foram esquecidas, mas para os conferencistas tais exemplos estão longe de serem casos isolados.
O projecto global de dominação militar norte-americano contempla, entre outras presenças estratégicas, a ocupação de posições no Japão como instrumento para «o controlo da Ásia e do Pacífico», situação que se repete cada vez com maior frequência noutros pontos do globo onde a «NATO actua como força policial do imperialismo na sua estratégia de cercar a Rússia, a RP da China, e liquidar qualquer possibilidade de insurreição dos povos sobre o disfarce da salvaguarda da democracia, dos direitos humanos e das intervenções humanitárias, e da luta contra o terrorismo», esclareceram.
Na América Latina, planos semelhantes ficam igualmente expressos pela manutenção dos exercícios militares no Paraguai (junto à fronteira com o Brasil e a Argentina, onde se estima que se situa a maior reserva aquífera do mundo), ou pela continuidade da «base de Manta como projecto complementar do Plano Colômbia, que com as bases de Aruba e Curaçau são pontas de lança do projecto agressivo contra a Venezuela bolivariana», denunciam os delegados no documento final da Conferência
Lutar pela paz
Face ao contexto de militarização e guerra imposto pelos EUA, os delegados apelaram à formação de comités nacionais contra a presença de bases nos respectivos países, movimento que, a fortalecer-se, poderá tornar real não só a necessária denúncia desta «política criminal e genocida», como também estabelecer o «dia mundial contra as bases militares e a presença estrangeira».
Como objectivos, foram ainda aprovadas «a luta contra a militarização do espaço cósmico», a continuidade da campanha pela desocupação do Iraque, e a dinamização dos trabalhos para a III Conferência, prevista para o Equador, em 2007.
Para além de terem contabilizado mais de 700 bases militares dos EUA em todo o mundo – número ao qual se devem juntar as congéneres da Grã-Bretanha e França – os participantes discutiram as razões e consequências da sua existência, nomeadamente no que toca à soberania dos povos, à apropriação de recursos naturais comuns, como a água, o petróleo e a biodiversidade, e a ameaça que constituem para movimentos de libertação social e países como a Rússia, a China ou a RPD da Coreia.
No centro do debate estiveram também as inúmeras violações dos direitos humanos praticadas pelos norte-americanos (desde logo em Guantanamo, contra a vontade de Cuba), não só durante as campanhas de agressão militar, como ainda junto das populações vizinhas das referidas bases. A qualidade de vida nessas localidades fica seriamente afectada pelo movimento constante de militares, meios e logística; floresce a prostituição e a imunidade concedida pelos governos dos países de acolhimento às tropas yankees deixa sem castigo crimes cometidos contra os habitantes, entre os quais se contam, não raras vezes, violações sexuais a mulheres, jovens e adolescentes.
Um projecto de dominação global
As ocupações levadas a cabo pelos EUA no Afeganistão e no Iraque não foram esquecidas, mas para os conferencistas tais exemplos estão longe de serem casos isolados.
O projecto global de dominação militar norte-americano contempla, entre outras presenças estratégicas, a ocupação de posições no Japão como instrumento para «o controlo da Ásia e do Pacífico», situação que se repete cada vez com maior frequência noutros pontos do globo onde a «NATO actua como força policial do imperialismo na sua estratégia de cercar a Rússia, a RP da China, e liquidar qualquer possibilidade de insurreição dos povos sobre o disfarce da salvaguarda da democracia, dos direitos humanos e das intervenções humanitárias, e da luta contra o terrorismo», esclareceram.
Na América Latina, planos semelhantes ficam igualmente expressos pela manutenção dos exercícios militares no Paraguai (junto à fronteira com o Brasil e a Argentina, onde se estima que se situa a maior reserva aquífera do mundo), ou pela continuidade da «base de Manta como projecto complementar do Plano Colômbia, que com as bases de Aruba e Curaçau são pontas de lança do projecto agressivo contra a Venezuela bolivariana», denunciam os delegados no documento final da Conferência
Lutar pela paz
Face ao contexto de militarização e guerra imposto pelos EUA, os delegados apelaram à formação de comités nacionais contra a presença de bases nos respectivos países, movimento que, a fortalecer-se, poderá tornar real não só a necessária denúncia desta «política criminal e genocida», como também estabelecer o «dia mundial contra as bases militares e a presença estrangeira».
Como objectivos, foram ainda aprovadas «a luta contra a militarização do espaço cósmico», a continuidade da campanha pela desocupação do Iraque, e a dinamização dos trabalhos para a III Conferência, prevista para o Equador, em 2007.