Na apresentação da Comissão Distrital de Aveiro de Apoio a Jerónimo de Sousa, realizada no dia 14, o mandatário distrital Fausto Neves considera não ser inevitável o rumo político seguido em Portugal. O mandatário afirma mesmo ser uma ruptura com a direcção que o nosso país tem «tomado nas três últimas décadas». Até porque, considera, «não é inevitável a crise para quem trabalha, não é inevitável a capitulação do nosso aparelho produtivo».
Referindo-se ao fosso social existente no País, entre os poucos muito e cada vez mais ricos, e uma grande massa de pessoas a braços com grandes dificuldades, Fausto Neves defendeu o projecto corporizado pela candidatura de Jerónimo de Sousa. Lembrando o papel do PCP e de Jerónimo de Sousa enquanto deputado em defesa dos trabalhadores do distrito, um dos que sofreu de forma mais aguda a destruição do aparelho produtivo, o mandatário destacou que esta candidatura constitui um «espaço político único para todos aqueles que defendem uma ruptura na governação do nosso País, uma oposição à inevitabilidade neo-liberal actual e um garante da marca de Abril».
João Frazão, da Comissão Política do PCP apresentou a comissão de apoio, referindo que é composta por «mais de uma centena de homens e mulheres de todos os concelhos do distrito, que se notabilizam, não por aparecerem nos jornais, mas pela sua intervenção diária em prol dos trabalhadores e do povo». Para o dirigente do PCP, «esta candidatura é uma candidatura a sério; para ir a votos e para ir tão longe quanto o povo português decidir; para ir à segunda volta, seja essa a vontade popular».