Mais votos, para a ruptura necessária
Quantos mais forem os votos em Jerónimo de Sousa mais força terá o «movimento de ruptura com as políticas de direita», afirmou, na Madeira, o candidato comunista.
Leonel Nunes é o mandatário na Região Autónoma da Madeira
«Estamos aqui nesta campanha eleitoral com as mesmas possibilidades e em igualdade de circunstâncias em relação a qualquer outra candidatura, com o objectivo de lutar pelo máximo de apoios e de votos que ninguém tem garantido à partida», afirmou, no Funchal, no passado dia 18, Jerónimo de Sousa. Para o candidato, que falava perante mais de três centenas de apoiantes da sua candidatura, está em curso uma «muito bem planeada campanha com o objectivo de branquear» o passado de governante de Cavaco Silva. Para o candidato comunista, a sua acção governativa pautou-se «por uma política ao serviço dos grandes interesses e da restauração do grande capital económico e financeiro».
Jerónimo de Sousa denuncia que a campanha em curso tem como objectivo «promover Cavaco Silva como o homem providencial, o economista competente, o homem mais capaz de ajudar o País a sair da crise». O candidato comunista rejeita as ideias expressas nesta campanha: «Como se o nosso problema e as nossas dificuldades e a crise que o País atravessa fossem o resultado da falta de economistas competentes no governo e não das desastrosas políticas que ao serviço dos grandes interesses muitos destes economistas competentes aplicaram.»
Para Jerónimo de Sousa, é claro que se Cavaco Silva fosse eleito não seria uma solução para os problemas mas mais um reforço na presidência «ao serviço e na defesa dos grandes interesses». Basta ver os apoios com que conta o candidato da direita nestas eleições, afirma Jerónimo de Sousa, lembrando que nos seus apoiantes declarados e na direcção da sua campanha surgem os «grandes senhores do dinheiro» e os grandes interesses.
Exigência de mudança
Aos restantes candidatos, Jerónimo de Sousa afirmou que não basta afirmarem-se de esquerda, é necessário «que se assumam de facto». Particularmente, desafiou, é necessário que «com clareza digam o que pensam das políticas do actual governo do PS», agora que é conhecido o Orçamento de Estado.
Orçamento que, denuncia o candidato comunista, faz do combate ao défice um pretexto para «carregar ainda mais nas costas dos trabalhadores, dos reformados e do povo em geral o peso das dificuldades, enquanto os grandes interesses, as grandes empresas e capital financeiro vão vivendo à larga, com lucros nunca antes vistos e impostos pagos, quando os pagam, com descontos especiais». Os quatro maiores bancos, acusa, arrecadaram mais 1052 milhões de euros de lucro só neste trimestre «em cima dos 727 milhões de euros» dos primeiros seis meses do ano.
Para Jerónimo de Sousa, as eleições presidenciais de 22 de Janeiro são não só a oportunidade de «travar o passo» à candidatura da direita e dos grupos económicos (que entendem chegada a hora de ajustar contas com o 25 de Abril e com a Constituição) e são também a possibilidade de «afirmar e lutar por um projecto para Portugal mais solidário, mais justo e mais fraterno, um projecto alternativo e de esquerda». O candidato comunista entende ser necessária uma «ruptura democrática e de esquerda com as políticas de direita que são a causa das dificuldades que o País enfrenta». As próximas eleições são, para Jerónimo de Sousa, «uma batalha pela exigência de mudança». E alertou os que esperam desistências ou resignações: «Já deviam de saber pelo nosso passado de luta que deste lado está gente que não desiste, que não se submete nem ao fatalismo nem ao conformismo, que não desanima nos recuos e derrotas.»
Antes do candidato, tomou da palavra Leonel Nunes, mandatário distrital de Jerónimo de Sousa.
Jerónimo de Sousa denuncia que a campanha em curso tem como objectivo «promover Cavaco Silva como o homem providencial, o economista competente, o homem mais capaz de ajudar o País a sair da crise». O candidato comunista rejeita as ideias expressas nesta campanha: «Como se o nosso problema e as nossas dificuldades e a crise que o País atravessa fossem o resultado da falta de economistas competentes no governo e não das desastrosas políticas que ao serviço dos grandes interesses muitos destes economistas competentes aplicaram.»
Para Jerónimo de Sousa, é claro que se Cavaco Silva fosse eleito não seria uma solução para os problemas mas mais um reforço na presidência «ao serviço e na defesa dos grandes interesses». Basta ver os apoios com que conta o candidato da direita nestas eleições, afirma Jerónimo de Sousa, lembrando que nos seus apoiantes declarados e na direcção da sua campanha surgem os «grandes senhores do dinheiro» e os grandes interesses.
Exigência de mudança
Aos restantes candidatos, Jerónimo de Sousa afirmou que não basta afirmarem-se de esquerda, é necessário «que se assumam de facto». Particularmente, desafiou, é necessário que «com clareza digam o que pensam das políticas do actual governo do PS», agora que é conhecido o Orçamento de Estado.
Orçamento que, denuncia o candidato comunista, faz do combate ao défice um pretexto para «carregar ainda mais nas costas dos trabalhadores, dos reformados e do povo em geral o peso das dificuldades, enquanto os grandes interesses, as grandes empresas e capital financeiro vão vivendo à larga, com lucros nunca antes vistos e impostos pagos, quando os pagam, com descontos especiais». Os quatro maiores bancos, acusa, arrecadaram mais 1052 milhões de euros de lucro só neste trimestre «em cima dos 727 milhões de euros» dos primeiros seis meses do ano.
Para Jerónimo de Sousa, as eleições presidenciais de 22 de Janeiro são não só a oportunidade de «travar o passo» à candidatura da direita e dos grupos económicos (que entendem chegada a hora de ajustar contas com o 25 de Abril e com a Constituição) e são também a possibilidade de «afirmar e lutar por um projecto para Portugal mais solidário, mais justo e mais fraterno, um projecto alternativo e de esquerda». O candidato comunista entende ser necessária uma «ruptura democrática e de esquerda com as políticas de direita que são a causa das dificuldades que o País enfrenta». As próximas eleições são, para Jerónimo de Sousa, «uma batalha pela exigência de mudança». E alertou os que esperam desistências ou resignações: «Já deviam de saber pelo nosso passado de luta que deste lado está gente que não desiste, que não se submete nem ao fatalismo nem ao conformismo, que não desanima nos recuos e derrotas.»
Antes do candidato, tomou da palavra Leonel Nunes, mandatário distrital de Jerónimo de Sousa.