Jovens apoiam Jerónimo de Sousa

O candidato das causas da juventude

A candidatura de Jerónimo de Sousa apresentou a sua Comissão Nacional de Jovens Apoiantes, em Lisboa. Porque «é a única que tem um verdadeiro projecto de mudança», como afirmou Vítor Rodrigues.

«Je­ró­nimo é o can­di­dato das causas mais justas da ju­ven­tude»

Com o lema «Contigo isto muda» como fundo, foram apresentados os primeiros 50 apoiantes que constituem a Comissão Nacional de Jovens Apoiantes a Jerónimo de Sousa como candidato à Presidência da República, no Museu República e Resistência, em Lisboa, na tarde de domingo.
O auditório encheu-se de jovens que aplaudiram o secretário-geral do PCP e manifestaram o apoio à sua candidatura. Vítor Rodrigues, dirigente da JCP, afirmou que «a candidatura do PCP apresenta a convergência dos mais justos interesses de vastos sectores democráticos, é a única que tem um verdadeiro projecto de mudança. Um presidente da República pode e deve representar causas, valores e projectos.»
«O falso vazio que alguns preconizam apenas serve o poder instalado. Jerónimo de Sousa é o candidato das causas e valores mais justos e avançados da juventude, do combate que travamos no dia-a-dia», defendeu Vítor Rodrigues.
O jovem dirigente comunista referiu a maioria dos problemas que atingem os jovens: as barreiras no ensino; o desemprego, a precariedade e a exploração no trabalho; a especulação imobiliária que veda o acesso a uma habitação própria ou obriga ao endividamento por toda a vida; as grandes dificuldades no acesso à saúde, desporto e cultura; a guerra, a miséria e a fome.
São «caminhos impostos à humanidade por um imperialismo apavorado. Com o agravamento da sua crise colocam-se questões: para onde vamos e qual a alternativa? A alternativa começa com a imperiosa necessidade democrática e patriótica de ruptura com estas políticas e tem os seus caminhos projectados no exaltante desafio de construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária», respondeu.

As causas dos pro­blemas

Na iniciativa, Jerónimo de Sousa defendeu que «se há sector da sociedade portuguesa que precisa de ser ganha para a compreensão da importância das eleições presidenciais é sem dúvida o da juventude». «Não só porque milhares de jovens vão votar pela primeira vez para o órgão de soberania Presidente da República, mas também que ligação existe entre os problemas, anseios e sonhos da sua vida e a contribuição do Presidente da República para a sua resolução», explicitou.
O secretário-geral do PCP afirmou que os restantes candidatos fazem um esforço para, nas suas intervenções, «não irem às causas dos problemas falando da crise da descrença, da falta de esperança, da indiferença dos jovens pela política e pelos políticos, renegando esta pergunta tão simples: E porque é que isto acontece? Que fizeram? Que promessas não cumpriram? Que leis aprovaram?», questionou.
«Podiam ao menos fazer a autocrítica para credibilizar as suas promessas e propostas para o amanhã. Mas não! Procuram rasurar da memória colectiva e particularmente do saber dos jovens, as causas e as suas responsabilidades no passado e no presente, porque não mudaram nas suas opções», comentou.
Jerónimo de Sousa lançou um desafio à inteligência e à consciência dos jovens: «Porque será que aqueles que tomaram partido, como primeiro ministros ou deputados, no corte geracional de direitos sociais, procuram hoje, como candidatos presidenciais, fazer o corte da memória das últimas décadas, dos jovens estudantes, trabalhadores e desempregados? É que se os jovens souberem, se ligarem o seu voto à sua luta e aos seus anseios, não votam nesses candidatos!»

Rup­tura de es­querda

«Como candidato proponho um outro rumo. Proponho uma ruptura democrática e de esquerda com a actual política que já dura mais do que anos de vida vocês têm. Consideramos a juventude uma força social que age e luta no seu dia a dia, não como uma massa apática, antes uma massa interveniente e reivindicativa, capaz de alterar o rumo da política. É a luta que une a juventude em todos os seu vectores», declarou Jerónimo de Sousa.
Encarando a juventude como «uma verdadeira força social» e estimulando a sua força transformadora, o candidato defendeu uma política que defenda os interesses dos jovens, garanta o acesso universal à educação pública, integre os jovens no sistema produtivo com respeito pelos seus direitos e promova o emprego científico como aposta de futuro. «É possível um Portugal que promova a participação democrática da juventude e lhe devolva a confiança», garantiu.

Os pri­meiros 50 jo­vens apoi­antes

Os pri­meiros 50 jo­vens apoi­antes que cons­ti­tuem a Co­missão Na­ci­onal de Jo­vens Apoi­antes à Can­di­da­tura de Je­ró­nimo de Sousa a Pre­si­dente da Re­pú­blica:

• Ana Sesudo, membro da Direcção da Associação Portuguesa de Deficientes;

• André Costa, membro do Grupo de Teatro Ktenas e da Claque do Amora Futebol Clube;

• António Serra, membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Secundária Emídio Navarro, de Almada;

• Armindo Silva, membro da Associação de Músicos de Faro;

• Carlos (Ganda), baixista dos RGA (Santarém);

• Célia Gomes, dirigente Sindical (Porto);

• Célia Lopes, coordenadora Nacional da Interjovem/CGTP IN;

• Colman, writter (grafiter);

• Daniel e Nuno, membros da Banda ALK de Hip Hop (Aveiro);

• Daniel Nicolau (Defski), músico dos Factor Activo;

• Dário Carvalho, dirigente Sindical do Sindicato dos Ferroviários (Porto);

• Factos Reais e Almas Gémeas, bandas de Hip Hop da Península de Setúbal;

• Filipa Mota, vocalista dos Hyubris (Santarém);

• Filipe Neto, dirigente Sindical do CESP, membro da Interjovem e da Direcção Nacional da CGTP IN;

• Filipe Pascoal, membro da Tuna Versustuna;

• Hugo Raposo, dirigente Sindical da União de Sindicatos de Castelo Branco e da Interjovem/CGTP IN;

• Joana Fortio, membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Secundária Gabriel Pereira, de Évora;

• Joana Tadeu, membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Secundária Ginestal Machado, de Santarém;

• João Ferreira, presidente da Associação Nacional de Bolseiros de Investigação Científica;

• João Filipe Abrantes, membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão de Idanha a Nova do Instituto Politécnico de Castelo Branco e presidente da Associação Juvenil AJIdanha;

• João Pedro, membro da Direcção da Associação Académica de Coimbra;

• João Pires, actor, geógrafo e vice presidente da Associação Tertúlia;

• João Sampayo, músico dos Peste & Sida;

• Jorge Noites, membro da Associação Juve Bombeiro (Portel);

• José Araújo, músico e técnico de turismo (Castelo Branco);

• Liliana Pereira, membro do Rancho Folclórico da Boavista de Portalegre;

• Luís Varatojo, músico dos Naifa;

• Marta Matos, presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Psicologia Aplicada;

• Miguel Madeira, presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática e dirigente nacional da JCP;

• Mundo, músico dos Dealema;

• Nelson Hermesia, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior D. Manuel I, de Beja;

• Nuno Couto, baixista da Banda The Other Side;

• Nuno Mesquita (DJ Meskit), DJ e operário fabril na TOPAC (Viseu);

• Nuno Vieira, dirigente sindical da Interjovem;

• Patrícia Soares, presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Olhão;

• Paula Santos, vereadora da Câmara Municipal do Seixal e membro da Direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação;

• Pedro Bonifácio, membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco;

• Pedro Frias, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros e membro da Interjovem/CGTP IN;

• Rafael Alves, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem Ângelo da Fonseca (Coimbra);

• Rafaela Lacerda, membro do Grupo de Teatro FC Acto;

• Rita Morais, presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Abade Baçal, em Bragança, e do Clube de Jornalismo e Teatro da mesma escola;

• Rui Ferreira, músico e operador de Câmara (Évora);

• Rui Lopes, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Viseu;

• Rute Casaca, membro da Associação OCRE, da Associação ForviJovem de Fortios e representante dos alunos no Conselho Directivo da ESE Portalegre;

• Sandra Maricato, membro da Associação Académica de Aveiro;

• Sandro Freira, jogador de futebol;

• Sebastião Antunes, vocalista dos Quadrilha;

• Tiago D'Aguiar, membro do Conselho Nacional de Escutas (CNE) e membro da Direcção da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santo António, do Barreiro;

• Valter Loios, dirigente do STAL e membro da Interjovem/CGTP IN;

• Vasco Oliveira, presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Amélia Colaço, de Lisboa.


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