Schroeder renuncia
Os sociais-democratas alemães anunciaram pela primeira vez, na segunda-feira, dia 3, que estão dispostos a renunciar à chefia do governo para viabilizar de governo de coligação com os conservadores da CDU/CSU.
Schroeder prepara-se para apoiar um governo liderado pela CDU/CSU
À entrada para a reunião do conselho executivo do SPD, o presidente dos sociais-democratas, Franz Müntefering, admitiu que a exigência de manter Gerhard Schroeder como chanceler da Alemanha poderá ser objecto de discussão no quadro dos contactos iniciados com os cristãos-democratas e os seus aliados da Baviera da CSU.
«Somos favoráveis a que Gerhard Schroeder se mantenha no cargo de chanceler mas este ponto será discutido no quadro de um acordo global», declarou Müntefering.
Os resultados das eleições de 18 de Setembro constituíram uma derrota para os dois maiores partidos alemães, ambos registando perda de mandatos, votos e percentagem.
Com uma pequena vantagem de apenas três deputados em relação ao SPD, os conservadores da CDU/CSU reclamavam a liderança do novo governo, condição que, até ao momento, Schroeder considerava inegociável.
Contudo, no domingo, dia 2, o SPD sofreu novo revés eleitoral no escrutínio organizado com duas semanas de atraso no distrito de Dresden. A eleição do único deputado em disputa era fundamental para reduzir o SPD reduzir a diferença no Bundestag para apenas três deputados em relação aos 226 dos cristãos-democratas.
Com base nestas contas, a União Cristã-Democrata lançou, na passada semana, a suspeita de que o SPD estaria a planear a constituição de uma maioria parlamentar atraindo para a sua bancada eleitos do partido «A Esquerda.PSD». «Temos razões concretas para acreditar que o SPD, embora acene para a direita, quer virar à esquerda», afirmou fonte da direcção da CDU à revista «Wirtschaftwochwe». Segundo esta publicação, o SPD estaria mesmo disposto a abdicar de algumas reformas previstas na Agenda 2010 para facilitar a decisão de potenciais transfugas.
Contudo, os resultados de Dresden deitaram por terra tais cálculos, caso realmente tenham sido feitos. Os conservadores conquistaram o único deputado elegível, com 37 por cento, contra 32,1 por cento recolhidos pelo candidato do SPD.
Na votação por partidos, o SPD venceu com 27,9 por cento; a CDU/CSU obteve 24,4 por cento; a Esquerda.PDS alcançou 19,7 por cento; os liberais do FDP 16,6 por cento e os Verdes 7,1 por cento.
Este sufrágio parcial em nada alterou a distribuição de mandatos dos partidos uma vez que os 219 mil eleitores de Dresden têm proporcionalmente um peso mínimo no conjunto do eleitorado. Assim, nenhum dos grandes partidos, apoiado nos seus aliados tradicionais está em condições de formar governo.
Empenhado em prosseguir o seu programa de reformas anti-sociais, o SPD excluiu à partida qualquer hipótese de entendimento com o partido Esquerda.PDS, preferindo a «grande coligação» com a CDU/CSU, seguramente mais consentânea com as orientações neoliberais que os sociais-democratas há muito perfilham.
«Somos favoráveis a que Gerhard Schroeder se mantenha no cargo de chanceler mas este ponto será discutido no quadro de um acordo global», declarou Müntefering.
Os resultados das eleições de 18 de Setembro constituíram uma derrota para os dois maiores partidos alemães, ambos registando perda de mandatos, votos e percentagem.
Com uma pequena vantagem de apenas três deputados em relação ao SPD, os conservadores da CDU/CSU reclamavam a liderança do novo governo, condição que, até ao momento, Schroeder considerava inegociável.
Contudo, no domingo, dia 2, o SPD sofreu novo revés eleitoral no escrutínio organizado com duas semanas de atraso no distrito de Dresden. A eleição do único deputado em disputa era fundamental para reduzir o SPD reduzir a diferença no Bundestag para apenas três deputados em relação aos 226 dos cristãos-democratas.
Com base nestas contas, a União Cristã-Democrata lançou, na passada semana, a suspeita de que o SPD estaria a planear a constituição de uma maioria parlamentar atraindo para a sua bancada eleitos do partido «A Esquerda.PSD». «Temos razões concretas para acreditar que o SPD, embora acene para a direita, quer virar à esquerda», afirmou fonte da direcção da CDU à revista «Wirtschaftwochwe». Segundo esta publicação, o SPD estaria mesmo disposto a abdicar de algumas reformas previstas na Agenda 2010 para facilitar a decisão de potenciais transfugas.
Contudo, os resultados de Dresden deitaram por terra tais cálculos, caso realmente tenham sido feitos. Os conservadores conquistaram o único deputado elegível, com 37 por cento, contra 32,1 por cento recolhidos pelo candidato do SPD.
Na votação por partidos, o SPD venceu com 27,9 por cento; a CDU/CSU obteve 24,4 por cento; a Esquerda.PDS alcançou 19,7 por cento; os liberais do FDP 16,6 por cento e os Verdes 7,1 por cento.
Este sufrágio parcial em nada alterou a distribuição de mandatos dos partidos uma vez que os 219 mil eleitores de Dresden têm proporcionalmente um peso mínimo no conjunto do eleitorado. Assim, nenhum dos grandes partidos, apoiado nos seus aliados tradicionais está em condições de formar governo.
Empenhado em prosseguir o seu programa de reformas anti-sociais, o SPD excluiu à partida qualquer hipótese de entendimento com o partido Esquerda.PDS, preferindo a «grande coligação» com a CDU/CSU, seguramente mais consentânea com as orientações neoliberais que os sociais-democratas há muito perfilham.